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ROMÁRIO & BEBETO

7 / abril / 2017

por Serginho5Bocas


(Foto: Agência Getty Images)

♫♫♫

“Eu não existo longe de você

E a solidão é o meu pior castigo

Eu conto as horas pra poder te ver

Mas o relógio tá de mal comigo”

♫♫♫

Não, hoje eu não vou falar de música, vou falar de dois monstros sagrados que entraram para a história do futebol brasileiro quando formaram uma dupla pra lá de infernal, mas sempre respeitando suas individualidades, e quanto talento quando somavam suas forças.


(Foto: Reprodução)

Bebeto, garoto mirrado esquelético da Bahia, que vi pela primeira vez na seleção de juniores na conquista de nossa primeira Copa do Mundo da categoria em 1983.

Ele era reserva do desconhecido Marinho Rã, mas sempre que entrava melhorava a qualidade do futebol da seleção. Tanto fez que durante a competição, ganhou a vaga de titular.

Saiu do Vitoria da Bahia e desembarcou no Flamengo, com a fama de craque do futuro. Em pouco tempo mostrou seu futebol e teve seu melhor momento com a camisa rubro-negra na Copa União de 1987, quando marcou gols nos quatro últimos jogos que garantiram a conquista da competição.

Seu divisor de águas na carreira foi a Copa América de 1989 quando sagrou-se campeão e artilheiro, mostrando todo seu valor, seu amadurecimento e que era um predestinado, o tempo confirmaria, ali aconteceu o primeiro encontro de monstros.


(Foto: Reprodução)

♫♫♫ 

“Avião sem asa

Fogueira sem brasa

Sou eu assim, sem você

Futebol sem bola

Piu-Piu sem Frajola

Sou eu assim, sem você”

♫♫♫ 

Passou momentos difíceis com a amarelinha, sendo barrado na Copa de 1990 por Lazaroni e depois pelo treinador Falcão, mas deu a volta por cima e retornou a seleção de Parreira a tempo de ser campeão do mundo.


(Foto: Reprodução)

Romário foi diferente, já o conheci arrumando encrenca, pois após ter sido artilheiro do Sul-Americano de juniores de 1985, foi cortado do mundial do mesmo ano por Gilson Nunes, por supostamente ter urinado da janela do hotel nos pedestres que passavam na calçada e perdeu o bonde do bi mundial.

Depois fez “chover” no Rio e foi vendido para o PSV da Holanda. Antes disso, no entanto, ainda ganhou a Copa América de 1989 com o parceiro Bebeto.

♫♫♫ 

Amor sem beijinho

Buchecha sem Claudinho

Sou eu assim sem você

Circo sem palhaço

Namoro sem abraço

Sou eu assim sem você

♫♫♫ 

Na Copa de 1990 teve que conviver com a reserva, muito por estar se recuperando de uma lesão gravíssima e assistiu ao fracasso dos companheiros na companhia de Bebeto no banco de reservas de luxo, bota luxo nisso.

Romário fez chover no Barcelona na mesma época que Bebeto arrasava no La Coruña. Nesta época, dividiram as atenções e tiveram uma luta digna e limpa pelo título espanhol até a última rodada, quando Romário sagrou-se campeão e Bebeto teve uma grande decepção com a perda do título.


(Foto: Reprodução)

No ano seguinte os dois arrebentariam na Copa do Mundo dos Estados Unidos e entrariam para a história como uma das mais completas (se não a mais) duplas de atacantes que o futebol brasileiro e mundial já produziu.

Fizeram oito dos 11 gols da equipe na Copa e deram show de entrosamento em várias partidas. A dupla salvou aquela seleção do fracasso e da mediocridade, pois foi sem sombra de dúvida, uma Copa do Mundo das mais feias e cautelosas de todas as Copas que o Brasil já participou e ganhou.

Romário foi o craque da Copa e Bebeto, injustamente, não foi relacionado na seleção da competição, recebendo apenas uma menção honrosa da FIFA, que deixou o baianinho muito insatisfeito.

Nunca mais puderam mostrar o seu valor juntos na seleção em Copas do Mundo.

♫♫♫ 

Neném sem chupeta

Romeu sem Julieta

Sou eu assim, sem você

Carro sem estrada

Queijo sem goiabada

Sou eu assim, sem você

♫♫♫ 

Estiveram poucas vezes juntos, mas quando o fizeram, foi com uma perfeição dos deuses. Juntos, tudo o que faltava em um tinha no outro, eram complementares e exemplares na eficiência do conjunto.

Um futebol rápido, inteligente, bonito e ótimo de assistir. Tenho na minha lembrança a ótima atuação dos dois no jogo das eliminatórias da Copa de 1994 contra o Uruguai, foi um primor, uma aula de futebol.

Dá muita saudade, não vê-los mais em campo em sua plenitude e juntos.

Bebeto era o passe de primeira, a jogada simples e aparentemente econômica, mas bem executada, o taco de sinuca, sem mais nem menos. Romário era a execução sem piedade, com rapidez, frieza e simplificação, sem abrir mão da qualidade e do talento raro e único da finalização perfeita, o matador.


“Feijão com arroz

carne seca com abobora

queijo com goiabada

Romeu e Julieta…”

Romário e Bebeto as paralelas que se encontraram antes do infinito.

 

 

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