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A PUREZA DO ARTILHEIRO DOS PAMPAS

entrevista: Gabriella Scott | vídeo: Freddy Paz | edição: Daniel Planel

Com um sorriso no rosto e muita simpatia, Amauri Vieira primeiro nos recebeu na escolinha de futebol que agora dá aulas aos sábados. O ex-meia atacante comanda turmas de jovens jogadores em um projeto social na Lomba do Pinheiro, bairro da periferia de Porto Alegre.

Depois de vê-lo em ação fora das quatro linhas, foi hora de conhecermos o trabalho semanal do qual ele tanto se orgulha: ajudante de cozinha e atendente em uma padaria da região. Não faltaram elogios dos colegas para a simpatia do craque.

– Ele adora contar as histórias da época que jogava! – foi uma frase que ouvimos tanto dos colegas, quanto de clientes do estabelecimento. E de fato, gosta mesmo!


O nosso papo aconteceu na sala da casa dele e foi longo! Falamos desde a infância no interior do RS, até a época de ouro, nos anos 80, jogando no Vasco e Fluminense. Ele nos contou causos de viagens para o exterior, explicou o porquê do apelido Pantera (spoiler: não tem nada a ver com o animal pantera, e sim com o personagem Pantera Cor-de-Rosa) e se emocionou ao lembrar do episódio da adoção do filho mais velho.

Histórias e risadas não faltaram nessa tarde que se encerrou – após insistência do Amauri e de sua esposa (que joga e treina com os meninos na escolinha também!) – com um belo bolo da padaria que havíamos conhecido mais cedo e que conta com o pantera no time.