por Israel Cayo Campos

No mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Junho que é considerado o “Natal do Nordestino”, imaginei a Seleção nordestina de todos os tempos! Inclusive com o treinador ideal.
Com um atual elenco em mundiais que vão do número um ao vinte e seis, pretendo montar uma equipe que independentemente do resto do país, seria campeão do mundo fácil, fácil. Como objetivo, busco mostrar o quão importante é nossa região para a história do futebol nacional.
Qualquer discordância, desde que exista o respeito, aceito sugestões ou trocas! Viva a democracia!
Goleiros:
Três goleiros seriam os meus escolhidos. O titular, eles que mostrassem nos treinos.
Manga: Maior goleiro da história do Botafogo, Nascido no Recife, tem no seu dia de nascimento, dia 26 de abril, a comemoração do dia do goleiro.

Dida: Um dos maiores goleiros do mundo. Campeão de todos os torneios existentes, o baiano de jeito calado é o sinônimo de frieza debaixo das traves. O Rei das defesas de pênaltis, a princípio, seria o meu goleiro titular.

Santos: Após brilhar no Athletico do Paraná e boa passagem pelo Flamengo, o goleiro paraibano chegou a seleção brasileira. Provavelmente seria o meu terceiro goleiro.

Zagueiros:
Ricardo Rocha: Campeão do mundo com a Seleção brasileira em 1994 e um dos melhores zagueiros do meio da década de 1980 até meados de 1990, teve ótima passagem no Real Madrid e foi campeão pelo São Paulo e Vasco da Gama no mesmo período.

Aldair: O baiano extremamente técnico, talvez o melhor zagueiro da história do futebol brasileiro, Aldair, também campeão do Mundo em 1994 e vice campeão em 1998, passou praticamente toda a sua carreira na Roma no futebol italiano, onde é reconhecido como uma lenda do clube.

Luís Pereira: Ídolo do Palmeiras e do Atlético de Madrid, o baiano disputou a Copa de 1974. Luís “Chevrolet” sempre foi o exemplo de classe e técnica atuando na defesa do futebol brasileiro. Nem a expulsão no jogo contra os Países Baixos no mundial diminuiu sua reputação por anos de maior zagueiro brasileiro.

Zózimo: Mais um baiano na defesa, o bicampeão do mundo com a Seleção brasileira (1958 e 1962), sendo titular na Copa de 1962 no Chile ao lado de Mauro Ramos. Apesar de acusações de suborno no livro “Subterrâneos do Futebol”, onde nada foi provado, o beque ídolo do Bangu entra na minha seleção.

Laterais: *
Zé Maria: Nascido em Oeiras no Piauí, no caso específico estou a citar o mais jovem, que atuou na Portuguesa em suas fases áureas, Flamengo e futebol italiano. Não confundir com o “Super Zé Corintiano”. Jogador rápido e habilidoso, várias vezes ficou no quase de grandes campeonatos pela seleção numa posição que foi dominada pelo Cafú por mais de uma década.

Marinho Chagas: O potiguar Marinho apesar de atuar pela esquerda, era um destro de total qualidade. Melhor lateral esquerdo da Copa de 1974, o ídolo do Botafogo e campeão pelo São Paulo foi um dos maiores jogadores do mundo na década de 1970.

Júnior “Capacete”: Também destro extremamente bem adaptado a lateral esquerda, o paraibano e ídolo do Flamengo, o Maestro Júnior poderia atuar em ambas as “alas”, bem como no meio campo! Júnior esteve na Seleção de 1982 e 1986, mas poderia ter jogado também 1978 e 1990.

Júnior Nagata: Campeão do mundo com a Seleção de 2002 como reserva de Roberto Carlos, fez uma excelente partida contra a Seleção da Costa Rica dando duas assistências e marcando um gol. Foi multicampeão no Palmeiras e São Paulo. O baiano formado no Vitória também fez muito sucesso no futebol italiano ganhando títulos com o Parma.

* Em respeito ao povo Nordestino, Daniel Alves não será inserido embora seu futebol tenha nível para estar nessa lista!
Volantes:
Clodoaldo: Pra mim, o sergipano seria o meu efetivo nesse elenco. Um dos maiores craques da história do futebol brasileiro, onde se destacou pelo Santos de Pelé e conquistou o tricampeonato do mundo como jogador titular em 1970 é considerado um dos maiores volantes de todos os tempos do futebol mundial.

Vampeta: Tinha que ter mais um jogador da boa terra. Marcos André, vulgo “Vampeta”, campeão do mundo pela Seleção em 2002, fez uma eliminatórias onde atuou na maioria dos jogos e ajudou o Brasil a se classificar para a Copa da Coréia do Sul e do Japão. Ídolo do Corinthians, o Velho Vamp foi multicampeão com o time de Parque São Jorge. Também poderia atuar na lateral direita dessa minha Seleção.

Josué: Nascido em Vitória de Santo Antão, no estado do Pernambuco, Josué, ídolo do Goiás, São Paulo e Atlético Mineiro, clubes onde conquistou duas Libertadores e um mundial (pelo São Paulo), era um marcador incansável. Todo time ou Seleção precisa de um cão de guarda! Chegou a disputar a Copa de 2010 na Copa do Mundo da África do Sul.

Juninho Pernambucano: Ídolo do Sport, do Vasco com seu heróico gol contra o River Plate e principalmente do Lyon da França, que conseguiu tornar a época a principal potência francesa no futebol europeu, Juninho é um exímio maior batedor de faltas, octa campeão francês pelo Lyon, disputou a Copa de 2006 e dono de uma classe impecável, tem uma vaga para aquele volante que sabe mais sair para o jogo.

Meias:
Rivaldo: Para mim, o maior jogador nordestino dos últimos cinquenta anos, o pernambucano camisa dez da Seleção no vice mundial em 1998 e campeão mundial em 2002 sendo o melhor jogador tecnicamente do torneio, Rivaldo foi ídolo do Palmeiras, La Coruna e Barcelona. Desde Pelé, é o camisa dez mais vencedor com a camisa da Seleção nacional. Nada mais a declarar.

Hernanes: Mais um pernambucano, Hernanes jogou em 2014 e estava no trágico sete a um. Contudo, foi um ótimo jogador no São Paulo e na Seleção brasileira.

Mazinho: O polivalente jogador paraibano foi campeão mundial pela Seleção brasileira em 1994. Deixando no banco o camisa dez Raí a partir do terceiro jogo. Mazinho e sua capacidade de jogar de lateral (tanto direito como esquerdo) e meio campo e um craque em todas as posições que atuava, foi ídolo de um Palmeiras da geração Parmalat e que teve boas passagens pelo futebol espanhol e italiano. Apesar dos títulos, Mazinho tem muito pouco reconhecimento do torcedor brasileiro.

Bobô: O inteligente meio campo nascido em Senhor do Bonfim na Bahia, conseguiu ser destaque no Bahia, onde conquistou o último campeão brasileiro por um time nordestino e também com grandes passagens pelo São Paulo e Fluminense.

Marcelinho Paraíba: O sobrenome já permite que não se cite o estado a qual pertence. Marcelinho foi um craque sem sorte. Nasceu num período em que tínhamos meias – atacantes aos montes em nosso futebol. Ajudou a Seleção a classificar para a Copa de 2002, mas não estava na lista final. Marcelinho foi ídolo e estava no meio pra frente da carreira mais como atacante do que meia. Foi ídolo do São Paulo e do Herta Berlim, da Alemanha.

Atacantes:
Vavá: “O Leão de Estocolmo”, ídolo do Sport (mais um pernambucano) e do Vasco, Vavá foi o camisa nove da Seleção Brasileira nas Copas de 1958 e 1962. Além de ser campeão das duas Copas como titular marcando nove gols em ambas, Vavá, que é outro que deveria ter bem mais reconhecimento do que possui, é ao lado de Pelé o único brasileiro a marcar em duas finais. Sendo que em seu caso, as duas Copas seguidas que disputou e venceu respectivamente na Suécia e Chile.

Ademir de Menezes: Com uma carreira similar a de Vavá, só que anos antes, Ademir tem um início no Sport do Recife, seu estado natal, e em seguida partiu para uma carreira vitoriosa com o Vasco. Até em Copas, ambos possuem a mesma quantidade de gols, nove! Contudo, Ademir fez seus nove tentos em apenas um mundial, jogando seis partidas apenas! A diferença entre os dois vem a partir do momento em que o Ademir não conseguiu o tão almejado título mundial, sendo vice-campeão na Copa de 1950, a primeira disputada no Brasil. Mesmo assim, até hoje é o brasileiro que marcou mais gols em apenas uma Copa do Mundo. Total respeito a esse gênio da primeira metade do Século no futebol brasileiro. Se o Brasil vencesse esse mundial, Ademir estaria sendo comparado a Careca, Ronaldo e Romário.

Bebeto: Talvez meu trio de ataque titular da Seleção nordestina fechasse com o bom baiano Bebeto. Campeão brasileiro no Flamengo e Vasco, além de levar ao vice campeonato espanhol o La Coruña, no ano que Romário levou o Barcelona ao título. E foi por pouco. Na Seleção, poderia ter ido a Copa de 1986, mas disputou de fato três Copas. Em 1990, onde foi pessimamente aproveitado por Sebastião Lazaroni, 1994 onde com três gols importantíssimos ajudou na conquista do tetracampeonato mundial. Em 1998, mais uma final, agora fazendo dupla com Ronaldo Fenômeno! Novamente três gols, mas o Brasil ficou com o vice mundial. Bebeto sempre foi um craque tratado como coadjuvante.

Edilson: “Não discordo craque!” Edilson apareceu como grande promessa no Guarani de Campinas, foi campeão no Palmeiras, no Corinthians e Flamengo, debochou e cumpriu de humilhar com seus dribles gringos campeões do mundo e foi chamado ao mundial de 2002. Apesar de não ser titular e não marcar nenhum gol, era ao lado de Denilson o principal jogador a entrar na equipe de Luís Felipe Scolari que trouxe o pentacampeonato para o Brasil. O baiano Edilson foi um craque do nosso futebol.

França: O maranhense de Codó, França fez o último gol brasileiro no estádio de Wembley. Era um centroavante de dribles curtos e tabelas certeiras. Com 182 gols com a camisa do São Paulo, é um dos maiores goleadores da história do clube. Esteve cotado para a Copa do Mundo do Japão e da Coréia do Sul. Para esse que vos escreve, tinha mais talento e disposição física para atuar no lugar do Luizão, mas a escolha de Felipão deu certo.

Jardel: Para encerrar, um cearense que virou chuteira de ouro por três vezes na Europa. Um dos maiores ídolos do Porto e Sporting de Portugal, além é claro do Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense. Um dos maiores, se não o maior cabeceador da história do nosso futebol, Jardel serviria e muito em um jogo onde cruzamentos na área fossem necessários, Jardel seria a grande opção.

Técnico:
Mário Jorge “Lobo” Zagallo: Um homem que construiu sua história defendendo como jogador e treinador a camisa amarela da Seleção. Um dos maiores treinadores da história, a vaga desse timaço só poderia cair na mão de um gênio do futebol como Zagallo. Dois títulos como jogador, um como treinador na dita maior Seleção de todos os tempos e um como coordenador técnico em 1994, onde muitos dizem que ele comandava mais que o Carlos Alberto Parreira. Zagallo, alagoano de nascimento, é o exemplo de um brasileiro vencedor e que amava o futebol de seu país. O que dirá de sua região.

Tenho certeza que se conseguisse juntar todos esses craques numa mesma época como 2025 para a Copa de 2026 que seríamos favoritos ao título. Mas e você? Qual mudança faria?
Viva ao Nordeste! Viva ao povo nordestino! Viva nossos craques! Muita gente ficou de fora mesmo com 26 convocados, contudo, esses seriam meus escolhidos! E os seus?
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