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KOCSIS, O CABECINHA DE OURO

por Péris Ribeiro


Depois de brilhar no Honved, Kocsis também foi campeão e Ídolo no poderoso Barcelona espanhol

A primeira vez que ouvi falar dele foi no Mundial de 1954, na Suíça. E de uma maneira, no mínimo, arrebatadora! Afinal, cabeceador de verdade para mim, até então, era o espetacular Baltazar – bicampeão e artilheiro,lá no Corinthians paulista. 

Por sinal, um mulato forte, dono de uma impulsão extraordinária. E que andava brilhando tanto na Seleção Brasileira, que merecera, até, uma música do compositor Alfredo Borba, que dizia: “Gol de Baltazar/ Gol de Baltazar/ Salta o Cabecinha/ 2 a 0 no placar…”

No entanto, com Baltazar fora daquele jogo com cara de decisão, passei a confiar mesmo foi na valentia de Índio. Um centroavante que marcara 18 gols recentemente, levando o Flamengo, inclusive, a se sagrar campeão carioca, acabando com um jejum de nove anos do clube da Gávea. E foi assim que, nem de longe, poderia imaginar que um branquelo grandalhão, que usava a camisa 8, fosse acabar com a festa logo de saída.

Na verdade, foram dois golaços. Mas o segundo impressionou ainda mais, como se fosse um verdadeiro tiro de cabeça. Pinheiro, o nosso beque de área, ficou praticamente no chão, enquanto o branquelo grandalhão testava lá do terceiro andar, quase furando as redes de Castilho.

Mesmo assim, dias depois, e para espanto geral, aquela Hungria arrasadora, que havia enfiado 4 a 2 no Brasil e estava invicta há quatro anos, acabou perdendo o Mundial para a Alemanha de Rahn e Fritz Walter. Um time que lhe era infinitamente inferior.

Apesar da surpresa, o que sei bem é que, a imagem que me ficou através de velhos filmes e fotos em preto e branco, foi a daquela Hungria maravilhosa. A Hungria,campeã olímpica de 1952. A Hungria de Puskas, Czibor, Boszik, Grocsis, Hidekguti e daquele grandalhão forte e branquelo – não por acaso, o artilheiro da Copa, com 11 gols. Seis deles de cabeça.

Tempo vai, tempo vem, e lá pelo verão de 1957, quase três anos depois, o fato histórico é que consigo vê-lo, finalmente, jogando ao vivo. E vi-o com o sensacional Honved de Budapeste, tetracampeão húngaro, em pleno cenário do Maracanã. Para só então tomar conhecimento de que o seu nome, por inteiro, era Sandor Kocsis Péter – o super temido artilheiro Kocsis. Pesadelo dos goleiros de todo o mundo.

Matador nato, o que logo percebi nele é que, como poucos, sabia se colocar em posição de chute dentro de uma área. E como chutava forte e colocado com os dois pés, o caminho das redes era a sequência natural para as suas finalizações. Além do mais, tinha grande habilidade no toque de bola – que executava com vertiginosa rapidez.

Quanto as cabeçadas… Bem, aí realmente era um espetáculo à parte. Ainda mais por possuírem a força de um chute. E variarem tanto de repertório, que ora eram desferidas de cima para baixo, rente ao chão. Outro tanto, preferiam ganhar o ângulo imprevisto. E, não raro, atiravam o goleiro para trás, com bola e tudo. Propositalmente.

Com a cruel invasão de Budapeste pelos tanques russos, em 1956, eis que lá se vai Puskas, após a excursão ao Brasil, rumo ao Real Madrid, onde iria formar dupla com Alfredo Di Stéfano. Já Kocsis, prefere o arqui-inimigo Barcelona. Não sem antes emitir uma frase sentida, porém definitiva:

– Amo muito o meu país. Mas quero, para sempre, a liberdade de jogar por puro prazer. Isso é tudo o que desejo!

E unindo a ação às palavras, forma com o brasileiro Evaristo de  Macedo, os espanhóis  Luisito Suarez, Basorae Rammalets e os compatriotas Czibor e Kubala, um dos maiores  Barcelonas da história. Um esquadrão tão poderoso, que ousou ser bicampeão nacional logo em cima do Real Madrid de Puskas, Di Stefano, Santamaria, Didi eGento.

Com a vida finalmente em paz, eis que, certo dia, o destino se interpõe mais uma vez na trilha de Kocsis. E, tal como em 1956/57, cruelmente. Um câncer amputa-lhe a perna direita. E o velho goleador , tomado pelo mais profundo desalento, joga-se do sétimo andar do seu apartamento, em plena capital da Catalunha.

Na época, fez-se uma comoção e tanto em Barcelona. Enlutou-se o universo da bola. Porém, desde aqueles tempos ficou em mim uma espécie de cisma. E, ainda hoje, acredito que onde houver um artilheiro a estufar as redes, lá estará a imagem onipresente de Kocsis. Com toda a certeza, a abençoar- lhe a festa épica do gol.

SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO

por Zé Roberto Padilha


Esqueça o futebol. E pense na sua profissão. Seja ela qual for.

Você chegando em uma empresa fora da sua cidade, contratado e saudado com todas as suas referências e, com 21 dias de trabalho, morando ainda num hotel porque nem deu tempo de arrumar um apartamento, com as crianças ainda não matriculadas e a esposa perdidinha com a mudança, você é sumariamente demitido.

Nenhum de nós gostaria de estar, hoje, na pele de um profissional respeitado como Fabio Carille. Como alguém deixa de ser a solução e passa a ser o problema em apenas três semanas?

Será que os dirigentes do Athletico-PR não sabiam que não foi ele que montou seu time? Que não teve tempo para treinar porque estreou em plena Copa Sul-Americana e com Brasileirão e Copa do Brasil em andamento?

Eles, dirigentes, sabiam disso. Nao queriam um técnico. Queriam um mágico.

Por isso são frios, calculistas e covardes. Incompetentes, usam a desunião de uma classe, a de treinadores de futebol, que aceitam um companheiro de profissão ser humilhado desse jeito, para justificar seus atos absurdos e desleais.

Em três semanas, um cidadão do bem, que estudou para exercer sua profissão, sem parentes importantes para viver de indicação, deixa seu novo clube cabisbaixo pela porta dos fundos, levando consigo um caminhão de culpas que ninguém mais por lá vai precisar assumir.

Por que não, a obrigatoriedade de todo treinador permanecer, no mínimo, por seis meses no cargo em que for convidado?

Por que temos que conviver com tais injustiças apenas porque não foi com o trabalho da gente?

Torço pelo Fluminense e, temporariamente, contra o Athletico-PR. Merece cair. Não apenas de divisão, mas pro quintos do inferno.

1995 – A ÚLTIMA GRANDE DECISÃO DO CAMPEONATO CARIOCA

por Elso Venâncio


A última grande final do Carioca se deu em 1995, no jogo que ficou marcado pelo gol de barriga do Renato Gaúcho. Aquela competição foi disputada em todo o primeiro semestre, com direito a um octogonal final disputadíssimo, que pegou fogo.

No ano do seu Centenário, o Flamengo era o favorito ao título – principalmente após a espetacular contratação de Romário, o melhor jogador do mundo. No entanto, na véspera da decisão, durante o último treino, realizado na cidade de Friburgo, os desentendimentos eram mais que visíveis.

Vanderlei Luxemburgo, técnico que levara o Palmeiras ao bicampeonato paulista e brasileiro, havia sido contratado por Kleber Leite. O treinador, contudo, não aceitava as regalias de Romário. Por dentro, ardia de ciúmes. A verdade é que, em todos times pelos quais o Baixinho jogou no Brasil após a Copa do Mundo dos Estados Unidos, o camisa 11 deixava bem claro aos presidentes:

– Gosto da noite, mas não bebo. Por isso, só treino de manhã se eu quiser.

Evidenciando o mal-estar, Romário, até por não falar com Luxemburgo, voltou ao Rio no sábado à tarde, de carro, junto aos amigos que o cercavam, seus “parças”. Ou seja, o ônibus rubro-negro desceu a serra, direto para a concentração de São Conrado, sem o seu principal jogador.

Do lado do Fluminense, Renato Gaúcho chegara às Laranjeiras contra a vontade do técnico Joel Santana. Nosso amigo Pierri Carvalho havia sido fundamental na contratação. Ele era o setorista da Rádio Globo nas Laranjeiras e viajou a Búzios com o dirigente Alcides Antunes para contatar o atacante, que estava curtindo férias forçadas, após o rompimento do contrato do atacante com o Atlético Mineiro, um dos raros fracassos do camisa 7, que sempre foi carro-chefe nos clubes que defendeu. A recepção, após um longo chá de cadeira, não foi nada boa:

– Vocês estão de sacanagem… Esse treinador não me quer! – vociferou Renato, apontando para uma manchete de jornal.

Alcides avisou que contratar era responsabilidade dele. A fera gaúcha sentiu firmeza:

– Vocês querem ser campeões? Eu dou o título a vocês! – bradou Renato, com uma bola de futevôlei à mão.

Nem o Campeonato Carioca de 2001, que terminou com aquele indefectível gol de falta de Petkovic contra o Vasco, foi mais emocionante do que a disputa que estamos falando. Teve o lance decisivo, sim, mas no todo, o “Fla-Flu do Século” foi imbatível.

Sem falar que, de quebra, estava em jogo a coroa de “Rei do Rio”. Romário, Túlio Maravilha, Renato Portaluppi e Valdir Bigode estavam no páreo. Os craques “vendiam” o jogo e, nisso, lotavam o Maracanã. Como de costume, Túlio provocava. Sem papas na língua, Romário respondia ao vivo, pelas rádios e TVs. Detalhe: não havia ainda Internet. Muito menos redes sociais.

O Flamengo jogava muito na Gávea, sempre contra os times de menor investimento. Naquele ano, o estádio do Mais Querido contava com arquibancadas tubulares no entorno do gramado. Numa partida contra o Madureira, me avisaram que o cantor Nelson Gonçalves estava atrás do gol que ficava à direita da velha arquibancada. Para os mais jovens, vale dizer que, até hoje, no Brasil, apenas Roberto Carlos vendeu mais discos do que ele. Foram 79 milhões de cópias consumidas entre os anos 40 e 90.

Assim que fui entrevistá-lo, o velho boêmio pegou meu microfone e cantou:

– Ô-lê-lê, ô-lá-lá… Romário vem aí…. o bicho vai pegar!

De repente, com vários rádios ligados, surge o coro que viraria símbolo da “Era Romário”:

– Ô-lê-lê, ô-lá-lá… Romário vem aí…. o bicho vai pegar!

Pois bem; vamos para a histórica decisão do dia 25 de junho de 1995. Astuto, Alcides Antunes, sem avisar a ninguém, tirou no sábado a delegação tricolor do antigo Leme Palace após o jantar, levando a equipe para o Sheraton. A torcida do Flamengo, com direito a intensos foguetórios, não deixou nenhum hóspede dormir no Leme naquela madrugada, sem saber que os tricolores roncavam tranquilíssimos na Avenida Niemeyer.

Leo Feldman no apito. Um temporal forte surge do nada, dificultando a bola rolar. Até a visão do campo se torna turva. O jogo se equipara e os tricolores demonstram uma garra, uma gana, incomum. Ouso dizer que ali surgiu o “Time de Guerreiros”.

Mais de 100 mil torcedores viram Renato Gaúcho e Leonardo marcarem, calando a massa rubro-negra no primeiro tempo. Aos 26 da etapa final, Romário, que nunca havia vazado redes tricolores em toda a carreira, desencantou. Seis minutos depois, Fabinho empatou. Resultado que dava o título ao Flamengo.

Pandemônio no estádio, vários jogadores foram expulsos em sequência: um pelo Flamengo e três pelo Fluminense, que se viu com apenas oito atletas em campo. Até então contida, a nação rubro-negra explodiu:

– É campeão!!! É campeão!!!

Eis que, aos 41 minutos, Ailton, outro ex-rubro-negro, driblou duas vezes Charles Guerreiro e bateu cruzado, marcando o terceiro. Na súmula, gol dele, Ailton. O grande José Carlos Araújo, o “Garotinho”, narrou gol de Ailton. Na mesa redonda da CNT, graças aos exaustivos replays, notamos que a bola, antes de estufar as redes do goleiro Roger, tocou a barriga de Renato.

Na tribuna de honra, incrédulo, o presidente Arnaldo Santiago comentou com Juber Pereira, seu vice de finanças:

  • – Do coração eu não morro mais!

Pois então…. Médico, Arnaldo Santiago faleceu cinco anos depois após um infarto fulminante enquanto jogava basquete com amigos, no Clube Caiçaras, na Lagoa.

Valorizado, Joel Santana assinou com o Flamengo poucos dias após o “Fla-Flu do Século”. Porém, só desembarcou na Gávea em janeiro do ano seguinte. Essa notícia estou revelando somente agora. Na época, não vazou porque “Papai Joel” pediu a seu procurador para guardar todas as vias daquele contrato.

Em 1996, Joel levou o Flamengo ao título carioca. Roubando de Renato a coroa de Rei do Rio.

FASCINAÇÃO DE REI

por Rubens Lemos


Ponha a sinonímia na reserva e a imagem acima dispensa variações: é fascinação, aquele encanto fulminante que penetra a alma em forma de paixão amorosa, atração física, tesão selvagem. Pelé, menino de 17 anos está simplesmente hipnotizado pelo tesouro que quase todos lhe garantiram impossível de ser conquistado.

É a Taça Jules Rimet ganha pelo Brasil em 1958, quando deixamos de ser vira-latas para latir em forma de sedução boleira nos campos da Suécia, onde caíram, castelo de cartas, Áustria, União Soviética, País de Gales, França e Suécia. Empatamos com os ingleses porque o teimoso, dorminhoco e bonachão técnico Vicente Feola demorou uma rodada para por um general de cinco estrelas, Zito e duas maravilhas da natureza em campo: Pelé e Garrincha que destruíram a União Soviética.

Fascinação é eclética. Criança, saía do bairro do Tirol, na provinciana Natal dos anos 1970, sem um tostão no bolso, nem para o refrigerante, apenas para usufruir de um prazer juvenil: subir e descer as escadas rolantes das Lojas Brasileiras, na Avenida Rio Branco, hoje fantasma do que um dia foi, a maior casa de departamentos da cidade.

Como poderia uma escada ir e vir, mecanicamente, transportando consumidores ou pobres iguais a mim, satisfeitíssimos em receber a dádiva de passar a tarde indo e voltando pela geringonça, uma modernidade no tempo da calça boca de sino e do sapato Cavalo de Aço.

Minha fascinação era modesta, porque meus caminhos sempre foram de espinhos em lugar das pedras. Os impedimentos moldaram minhas dificuldades a ponto de, até hoje, ser um conformista automático. Tudo bem, não deu, ok, a resposta é não, tudo certo, vamos adiante. Minha fascinação duelava com a estima baixa.

Fosse eu um garoto negro e humilde, de canelas de sabiá e um talento de Deus, passaria semestres sentado olhando a taça. Pelé começou resgatando a memória do pai, que viu chorando ao escutar a decisão de 1950, o Maracanazzo, a vitória do Uruguai sobre 200 mil pessoas comprimidas e prontas para celebrar a Copa no maior estádio do mundo. Seu Dondinho ficou perplexo quando ouviu a frase, que não transcrevo literalmente: “Pai, eu vou te dar um titulo de campeão do mundo.”

Pelé tinha contas a acertas com seu irmão imediatamente mais novo, Zoca, que o surrava nas mesas de futebol de botão e voltava para casa humilhado, com os dribles e lances paranormais do outro em revanche. Pele ganhou a Copa do Mundo e disse a Zoca: “Ganhei para nós dois. Você não conseguiu ir, eu fui e a medalha é dos dois”.

Acertado com violência pelo zagueiro do Corinthians Ari Clemente, antes da viagem para os jogos preparatórios à Copa da Suécia, Pelé por muito pouco não ficou no Brasil. O médico Hilton Gosling e a Velha Guarda em campo: Nilton Santos, Didi e Zito bancaram a ida do neguinho à terra das loiras, que por ele se encantavam nos passeios durante o intervalo do Mundial.

Pelé olha para a taça e deve estar imaginando quando foi mais espetacular. Se contra a União Soviética, contra o País de Gales, a França ou a Suécia. Fico com o gol abençoado sobre País de Gales(1×0). Ali, foi o jogo decisivo. Se o Brasil empata, tem prorrogação, se perde, teria voltado com as lágrimas covardes outra vez.

Pelé olha a Taça que ele ganharia – jogando uma partida e meia em 1962 e assombrando o planeta do tricampeonato de 1970, a perfeição do atleta e do homem decidido a trazer a Jules Rimet de uma vez ao Brasil. Fascinação da humidade sobre o seu soberano que causava impacto, perplexidade, incredulidade em quem o assistia.

Eis a diferença dele para Garrincha que fazia o público rir, se deliciar. Pelé, arregalava os olhos da assistência. A Jules Rimet foi roubada 25 anos depois da epopeia sueca e derretida. A fascinação de Pelé, nem o fogo feroz mancharia o ato que vem da felicidade indescritível. Como na canção de Elis Regina.

FLAMENGO 6X0 BOTAFOGO, O JOGO DA VINGANÇA

por Luis Filipe Chateaubriand


Em 1981, um Flamengo x Botafogo entrou para a história do futebol!

Em 1972, o Botafogo havia “sapecado” sonoros 6 x 0 no Flamengo.

Pois, em 1981, o Flamengo “devolveu a gentileza” ao “Glorioso”, com também sonoros 6 x 0.

Aos sete minutos do primeiro tempo, Adílio e Lico trocaram passes pelo lado direito do campo, até que Lico fez o cruzamento, muito bem aproveitado por Nunes, ao lado da baliza esquerda botafoguense.

Flamengo 1 x 0 Botafogo.

Aos 27 minutos do primeiro tempo, Nunes e Adílio tabelaram pela esquerda e a bola sobrou para Zico na meia lua; o “Galinho” chutou, a bola bateu no zagueiro Jorge Luiz e voltou para Zico, que bateu firme para o gol… a bola ainda bateu na trave direita antes de chegar ao seu destino.

Flamengo 2 x 0 Botafogo.

Aos 34 minutos do primeiro tempo, Zico, Júnior e Nunes tabelaram na entrada da área, coube a Nunes passar a bola a Lico, que chutou “cruzado”, forte, sem chances de defesa para Paulo Sérgio.

Flamengo 3 x 0 Botafogo.

Aos 39 minutos do primeiro tempo, falta na esquerda da área, cobrada por Zico, encontrou a cabeça de Adílio com perfeição, o “Garoto da Cruzada” procedeu a cabeçada por cima do goleiro Paulo Sérgio.

Flamengo 4 x 0 Botafogo.

Aos 30 minutos do segundo tempo, Adílio investiu pela esquerda, mas foi abalroado por Rocha, em pênalti, batido por Zico com extrema categoria, a de sempre.

Flamengo 5 x 0 Botafogo.

Aos 40 minutos do segundo tempo, um ataque do Flamengo fez com que a bola chegasse a Adílio, na esquerda.

 

Adílio cruzou na área e o beque Jorge Luiz afastou.

Mas a bola chegou aos pés de Andrade que, da entrada da área, proferiu um “foguete” que chegou ao seu destino.

Flamengo 6 x 0 Botafogo.

E, ali, estava vingada a goleada botafoguense de 1972.

Naqueles dias, os rubro negros só sabiam dizer: “chora, cachorrada!”.