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PARABÉNS, AMIGO

4 / abril / 2022

por Zé Roberto Padilha


Sobre você, Abel, posso escrever um livro. Chegamos juntos ao Fluminense, aos 16 anos, e saímos formados cidadãos e atletas profissionais sete anos depois. Você foi pro Vasco, eu para o Flamengo.

Oito anos depois, nos reencontramos em Campos, e disputamos, ao lado do nosso mestre, João Batista Pinheiro, e do Rubens Galaxe, o estadual de 84 pelo Goytacaz.

Histórias suas tenho aos montes para contar, mas, hoje, vou apenas lhe dedicar uma crônica pela vitória do nosso tricolor. E ela é mais do que merecida.

Sei do que você passou, há dois anos, quando saiu pelas portas dos fundos do Ninho do Urubu enquanto, pela da frente, entrava Jesus.

Nunca foi fácil, que o digam os imperadores romanos, questionar Jesus.

Na ocasião, escrevi o quanto foi injusto o Flamengo ao não lhe conceder as faixas e medalhas de campeão estadual, brasileiro e das Américas porque foi você que montou a base daquele time.

Carro de F1 e time de futebol se montam na pré ‘temporada. Seja em Jerez de la Frontera ou uma estâncias climática, dos campos e túneis de vento saem a a suspensão, os chassis e a aerodinâmica. Foi quando você indicou Bruno Henrique, Rodrigo Caio e Gabigol.

Depois, nas pistas e nos gramados, bastou ajustar os pneus, durante os milagres ocorridos no reino de Fátima, quando Rafinha chegou para o lugar do Pará, e o Filipe Luis para o do Renê.

Inegáveis foram os méritos de Jesus. Lamentável, na ocasião, foi a diretoria rubro-negra subestimar sua valiosa contribuição em meio a tantas conquistas. Mas esse é o mundo do futebol, cruel e imediatista, e você que sabe dele mais do que eu.

Sábado, no Maracanã, você não deu o troco. Nem se vingou.

Não faz parte da Escola das Laranjeiras tomar atitudes arrogantes quando a Roda Gigante nos coloca acima. Mas já que o Flamengo não lhe concedeu as medalhas, você foi lá e além de pegar a sua, mostrou que quando lhe deixam montar um time e conduzi-lo ao mesmo tempo nas pistas, o Fluminense levará a campo, durante o Campeonato Brasileiro, mais do que uma grande equipe de futebol.

Será uma Mercedes.

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