por Fabio Lacerda
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O Campeonato Brasileiro inicia este fim de semana, e a expectativa é que os leitores do Museu da Pelada estejam preparados para uma possível novidade no início de dezembro. Até porque o jogador que é o protagonista do texto joga pelo clube mais vezes campeão e entra como favorito.
Ele já é um dos quatro maiores campeões do Brasileiro. Aos 31 anos, mineiro de Carangola, Zona da Mata Mineira, cidade com 33 mil habitantes, Mayke inicia a temporada cada vez mais profícuo para Abel Ferreira. Zinho, ex-Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio, Andrade, ex-Flamengo e Vasco, e Dagoberto, ex-Athletico-PR, ex-São Paulo, ex-Cruzeiro e ex-Vasco, podem ficar para trás caso Mayke conquiste seu sexto Brasileiro – sem levar em conta o Brasileiro sub-20 quando foi campeão duas vezes em 2010 e 2012.
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Mayke chegou ao juniores do Cruzeiro após se destacar na Taça Belo Horizonte atuando como meia no Siderúrgica, time amador da histórica cidade de Sabará. Ascensão foi meteórica. Entre 2010 e 2012 foram dois títulos nacionais chegando ao profissional ganhando o Brasileiro de 2013. No ano seguinte, bicampeão brasileiro profissional. À época, eleito o melhor jogador do Brasileirão na sua posição pela Revista Placar.
Quando tudo parecia um mar de flores para Mayke, uma contusão grave em 2015 o afastou dos gramados por muito tempo. Retornou no final do ano, e em 2016, outras lesões atrapalharam a sequência de regularidade e títulos.
Sempre com olhar de águia no mercado, o Palmeiras abriu as portas da casa para o jogador, em 2017, após ficar o segundo semestre inativo no ano das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Em 2018, o Palmeiras contratou, em definitivo, e sua trajetória de títulos o coloca entre os mais vencedores da história do futebol brasileiro.
Maior campeão do Brasileiro na Era dos Pontos Corridos, Mayke, tentará ser o recordista de títulos em 2024, além de superar o feito realizado há dez anos quando foi bicampeão consecutivo do Brasileiro pelo Cruzeiro. Agora, pode ser tricampeão pelo Palmeiras.
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Um jogador do quilate do Mayke, com toda sua trajetória de títulos, e voltas por cima de contusões que poderiam ter comprometido sua carreira, continua sendo invisível para a seleção brasileira. O lateral-direito titular da seleção brasileira está a um palmo do nariz dos técnicos. Tite não enxergou. Cabe ao Dorival perceber. Um jogador que desempenha várias funções em campo permitindo muitas vezes que o técnico mais vencedor da história do Palmeiras possa ter um coringa que atua explorando os flancos do campo e os espaços dados pelo meio-de-campo adversário.
A seleção brasileira “queima” mais um jogador visando a disputa de uma Copa do Mundo. Até 2026, Mayke estará com 33 anos. Isso quer dizer que o passaporte para jogar a mais importante disputa de seleções estará invalidado para os Estados Unidos, Canadá e México.
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