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A NOVA COVARDIA DE RENATO

23 / setembro / 2021

por Marcos Eduardo Neves


Renato está com números espetaculares. É o treinador com mais vitórias na Libertadores. É o treinador brasileiro que mais disputou partidas na competição. E pelo Flamengo, em 18 apresentações, venceu 15 vezes, empatou uma e perdeu apenas dois jogos.

Só que Renato está também com jogadores espetaculares. E apesar das ausências de Filipe Luís e Arrascaeta na partida de ontem, o time sobra na América do Sul.

Por isso soa inadmissível o que se viu no segundo tempo. Aliás, no primeiro também. Não fosse Diego Alves, com intervenções incríveis ao longo dos 90 minutos, o Flamengo sofreria, em casa, gols de um adversário que está longe de competir com o Rubro-Negro de igual para igual.

Pior do que isso foi receber um presente no apagar das luzes da etapa inicial, a expulsão de um jogador do Barcelona de Guayaquil, e entrar indiferente a esse fato nos 45 minutos finais. Era para ter sacramentado a classificação para a final já na partida de ida. Na volta, quarta-feira que vem, tudo agora pode acontecer. Não se pode afirmar que o caixão do time equatoriano está fechado.

Ao ver a covardia de Renato, que só colocou Michael e Pedro no finzinho do jogo, lembrei de 2008. No comando do Fluminense, Portaluppi conseguiu reverter a desvantagem da LDU, que saltou à frente do placar no Maracanã, fazendo os três gols que garantiam ao tricolor carioca a loteria das penalidades. Ora, pois pois. Quem faz três faz quatro, faz cinco, seis… Thiago Neves empatou o jogo, em seguida virou, depois ampliou, e nisso Renato se deu por satisfeito, que nem ontem, e paralisou a equipe. Se acovardou. Preferiu garantir os penais. E perdeu a Libertadores em casa.

Claro que o Flamengo tem time até para golear o Barcelona no Equador. Mas levou sufoco no Maracanã. Isso não pode ser esquecido. Atenção total e está tudo muito bem caminhado para Renato Gaúcho disputar sua quinta final na competição mais cobiçada do continente.

Ele, que já foi campeão e vice como jogador e como técnico, tem tudo para cravar de vez seu nome na história do Flamengo. Melhor jogador de um time que tinha Zico, Renato ganhou o Brasileirão de 1987 e só não é unanimidade entre os ídolos eternos da Gávea por ter marcado de barriga um gol que estragou o centenário rubro-negro, oito anos depois. Todavia, agora, se levar o time à conquista de sua terceira Libertadores, voltará ao panteão da Gávea. E ainda poderá sonhar com o bicampeonato mundial. Tanto o seu, particular, porque ganhou com o Grêmio em 1983, quanto do Flamengo, que mandou no planeta bola em 1981.

Está nas mãos dele. E, principalmente, na sua coragem.

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