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marcos eduardo neves

ESTREIA DE SUÁREZ FAZ LEMBRAR A DE RIVELLINO

por Marcos Eduardo Neves

A sensacional estreia de Luis Suárez pelo Grêmio – tudo bem que diante do modestíssimo São Luiz, do interior gaúcho, valendo pela não menos modesta Recopa Gaúcha – fez muita gente recordar a contratação de Rivellino por um outro tricolor nacional. Em baixa, após perder o título paulista de 1974 para o Palmeiras, o então ‘Reizinho do Parque’, ídolo de um Corinthians que, devido à existência de Pelé, não ganhava títulos, o meia trocou o ‘Timão’ pelo ‘timinho’, como era chamado, pejorativamente, o Fluminense da época, principalmente pelas torcidas rivais.

Rivellino, ídolo de Maradona, marcou três gols em seu ex-clube, naquele 8 de fevereiro de 1975. O Tricolor goleou por 4 a 1. Mesmo feito e mesmo placar do primeiro jogo de Suárez pelo novo clube, partida que levou 50 mil torcedores à Arena gremista. Detalhe: o uruguaio precisou de apenas 37 minutos para cravar seu primeiro hat-trick no Brasil.

Temos de parabenizar os times brasileiros que investem em astros estrangeiros. Afinal, nosso futebol é pentacampeão mundial, mas nossas torcidas têm como ídolos craques de diversas nacionalidades. Sem fazer pesquisas, acolhemos jogadores históricos por aqui. Como Gamarra, Figueroa, Darío Pereyra, Lugano, Reyes, Petkovic, Romerito, Asprilla, Rincón, Guerrero, Arrascaeta, Sorín, Seedorf, Loco Abreu, Forlán (pai e filho) e Carlitos Tévez, entre outros – se me estender, não vai caber neste texto a relação. Muitos não deram certo, é verdade. Como Borghi, Fillol e outros craques de renome internacional. Mas Suárez tem bola e coração suficientes para marcar História no Rio Grande do Sul.

De volta à elite do futebol nacional, o Grêmio, que festeja quatro décadas neste ano de seu Mundial Interclubes, abrilhantará os estádios país afora com a presença de Suárez, que tanto fez pelo Barcelona e pelo Uruguai, principalmente na Copa de 2010. Assim como um dos últimos biografados meus, Loco Abreu. Por isso, boa sorte, ‘pistolero’!

GRANDES AMIGOS

por Marcos Eduardo Neves

Neste dramático 8 de janeiro, quando o Brasil chora a perda de Roberto Dinamite, um dos maiores jogadores da História do futebol nacional, revelo em primeira mão um trecho que sairá no meu livro “O EFEITO ZICO”, que lanço ainda este ano.

Afinal, Zico e Roberto sempre foram grandes amigos. E continuarão sendo, porque amizade verdadeira é como o sentimento de um cruz-maltino: não morre jamais.

Eis o trecho:

“Essa coisa de rivalidade, sempre achei que deveria ficar apenas nas torcidas. Por exemplo, sempre me dei bem com o Roberto Dinamite. Não havia intriga, a gente só ‘rivalizava’ para promover nossos jogos. Deve ser por isso que sou respeitado até mesmo pela torcida do Vasco. Nunca zombei dela, sempre corri em direção à minha torcida para comemorar meus gols ou nossos triunfos.

Não à toa, quando o Roberto se despediu do futebol, diante do La Coruña do Bebeto, em 23 de março de 1993, vesti sem problemas a camisa cruz-maltina no Maracanã. Ainda distribuí centenas de autógrafos quando treinamos um dia antes, em São Januário. Foi estranho? Sim, foi. Mas fiz pelo Roberto, de quem sempre fui amigo. Antes e depois de pararmos de jogar.”

É isso. Descanse agora, Roberto. Um dia vocês vão se rever. Qualquer dia nos revemos também.

Força, Vasco!

PELÉ MORREU. MENTIRA. PELÉ NUNCA MORRERÁ

por Marcos Eduardo Neves

Se Elvis não morreu, Pelé… muito menos. Pelé é eterno.

Hoje o mundo se despede de um corpo. Um corpo de ET. Um corpo perfeito, esculpido pelos anjos do esporte e por deuses do Olimpo, criado para brilhar como o de nenhum outro humano na face da Terra.

Pelé não morreu. Nem jamais morrerá. Pelé sobrevive.

Edson, sim, morreu. O simplório Edson. Humilde como só ele, e que tentou por toda a vida, até o fim, absorver que dentro de si havia algo maior, imortal. Um espírito santificado que lhe tomara a alma, feito pacto de morte. E agora, de vida. Vida eterna.

Edson Arantes do Nascimento ficou exatos 30 dias em um mês no hospital lutando por sua vida, não pela de Pelé.

Covid, infecção respiratória, câncer no colón? Deuses não morrem disso. Deuses são entidades.

Edson se vai, deixando nos parentes a saudade dos momentos íntimos por que passaram nos bastidores.

Pelé fica. Deixando na memória lembranças de genialidade, toda ela pública, exposta aos olhos de todo o planeta por quem nunca teve e nem terá comparação. Quem é único. Quem é História.

Pelé, o futebol te venera. Mas agora o jogo acabou, Edson. E a eternidade apenas se inicia para você, Rei.

Você não foi o corpo que hoje se foi. Você é alma. É espírito. Você é pele. Pele é.

Deus salve o Edson. Porque o Rei está mais do que salvo.

Por tudo o que fez. Tudo que representou. Tudo que te fez o humano mais próximo de Deus.

Deus que agora recebe com todas as honrarias o Edson. Mas não você. Porque você também é um deus.

Louvado seja teu nome, Pelé.

Mil gols farão ao teu lado, outros mil à sua direita, mas você sobreviverá.

Por ter nascido Edson, mas se tornar infinito. Potência máxima, imortalidade plena. Pelé, o eterno.

MESSI “MERESSI”

por Marcos Eduardo Neves

Maestro maduro, majestoso mito mundial. Migrou menino, maltrapilho. Melindroso, meigo, moveu moinhos, mares, modificou montanhas. Mentalizou metas minuciosamente.

Massacravam-no moralmente. Metódico, mitigou molestando mesquinhos, menosprezando motins. Meio mais mórbido… Moleques!

Martizado, militou manifestando mudanças. Munido, maltratou marcadores malvados, machões metidos, modelos marrentos, medianos malandros midiáticos. Malditos mercenários, meninos medíocres. Mesmo magoado, mostrou misericórdia.

Mediador moderado, macambúzio, mártir multifacetado, mobilizou marcante missão. Menosprezou medos, mensurou melindres, meditou. Metaforicamente, manipulou mentalmente miseráveis mazelas, missionários maus. Marginalizado, monitorou malefícios mundanos. Mediou maldições, mentiras malévolas. Merecia museu, memoriais, menos morrer maldito.

Momento metamorfose merecido, motivo massa, maravilhou multidões. Manifestação metafísica, manejou mídias maldizentes, maquiavélicas. Melindrou marionetes, minou meros manés.

Minha maior mácula morreu. Maradona maior? Mandato mudou… Majoritariamente! Meritocracia máxima, memorável, Messi manifestou-se musicalmente milagreiro. Massacrou México, Modric, Mbappe, majestosamente.

Manteve-se monossilábico, meio marginal, moldando movimentações místicas. Mentor mutável, mas moderno, manifestou malícia, modificou má-fés, mesmices, marketing. Magnético, moldou mosaicos, mobilizou muçulmanos, manobrou milhares monopolizando múltiplos mundos.

Multidimensional, mentalmente metrificou matemáticas menores, monetizando milhões. Matutando minimamente milímetros mortais, margeou motivação maior. Mordiscou-a.

Muito mérito. Moção máxima.

Mutação mordaz, miragem, mesclou memória mais melodia. Máquina mortífera magistral, mandachuva mediúnico, materializou mágicas malucas, magnas maravilhas. Merece moedas, mirra, manchetes magistrais. Mostrou-se mega, muitíssimo maior. Mudo, manteve-se messiânico: metade magnífico, mas monumental.

Marcou milênio.

Mandou muito, monstro. Mesmo!

NEYMAR NO BANCO? ÓTIMO!

por Marcos Eduardo Neves

Neymar e Danilo estão fora do restante da primeira fase. Uma boa e outra péssima notícia. Ambas, porém, em nada mudam o cenário da seleção brasileira que luta rumo ao hexa na Copa do Mundo do Catar.

Ruim é perder Danilo, visto que seu reserva, Daniel Alves, é, como diz o brilhante comentarista Paulo Cesar Vasconcellos, não passa de um “ex-jogador em atividade”, alguém que só está no grupo para injetar ânimo, experiência e confiança no jovem e talentoso elenco.

Se não contar com Danilo é ruim, bom, aliás, bom demais é saber que Neymar pode ter todo o tempo necessário para se recuperar, até porque não somos mais dependentes dele. Talentos não faltam ao time de Tite. Até no banco.

Danilo vai se recuperar e voltar, talvez já nas oitavas de final, retomando com propriedade a sua posição de titular. Quanto a Neymar tenho minhas dúvidas. Apesar de sua alta capacidade técnica, seria maravilhoso vê-lo no banco. Mostraria a todo o planeta o gigantismo da nossa força. E, vem cá, qual o problema em ser banco? Pelé e Garrincha foram em 1958, até entrarem bem contra a União Soviética. PC Caju ficou na reserva durante a Copa de 70 e mesmo assim foi eleito um dos melhores do Mundial.

Em 1982 Roberto Dinamite e Edinho, só para citar estes dois, sequer entraram em campo. Na Copa seguinte, Zico, à lá Roger Milla, de Camarões, entrava no decorrer do jogo, e nisso, deu passe de calcanhar para Careca marcar, sofreu pênalti diante da Polônia e ainda colocou Branco na cara do gol, contra a França, apenas dois minutos depois de Telê sacá-lo do banco.

Em 1994 Ronaldo, que seria o astro das duas Copas seguintes, nem jogou nos Estados Unidos. Em 1998 Edmundo só entrou nos minutos finais da decisão. Em 2002 Alex sequer foi convocado e o Brasil trouxe o penta. Então, qual o problema de Neymar sentar no banco? Ele é apenas mais um entre os 26 convocados. Mais um dentre os mais de 200 milhões de brasileiros que torcem pelo sucesso da seleção.

Que entre e nos ajude assim que puder. Ou nem entre, como não entraria Daniel Alves não fosse a lesão de Danilo. Com ou sem eles, a verdade é que hoje temos time. Temos Tite. E teremos título.