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FALCÃO E O JOGO DO ANO EM 1979

28 / abril / 2020

por Luis Filipe Chateaubriand 


Era a semi final do Campeonato Brasileiro de 1979, Palmeiras x Internacional no Morumbi. 

O Palmeiras jogou com: Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão, Pollozi e Pedrinho; Pires, Mococca e Jorge Mendonça; Jorginho, Carlos Alberto Seixas e Baroninho. 

O Internacional foi de: Benitez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Batista, Falcão e Jair; Valdomiro, Bira (Adílson) e Mário Sérgio. 

Jogo extremamente equilibrado, as chances iam se sucedendo lado a lado. 

Tínhamos o duelo entre o estrategista Ênio Andrade e o estilista Telê Santana, colocando frente a frente os dois melhores times do país de então. 

Por volta de 35 minutos do primeiro tempo, depois de uma bola rebatida pela defesa colorada, Baroninho chuta de longe, rasteiro e por baixo de Benitez, para abrir o placar. 

Palmeiras 1 x 0. 

No final do primeiro tempo, Mário Sérgio cruza da esquerda, para linda e espetacular bicicleta de Falcão, que passa rente ao travessão. 

O segundo tempo se inicia como a mesma tônica do primeiro, chances de lado a lado. 

Já por volta dos cinco minutos da segunda etapa, o príncipe Jair chuta de longe para, em falha do goleiro Gilmar, empatar o jogo. 

Tem-se 1 x 1 no placar. 

A igualdade não dura muito, pois por volta de dez minutos do segundo tempo, Jorge Mendonça recebe a bola na entrada da área de costas, mata no peito girando o corpo e conclui para o barbante – um golaço! 

Palmeiras 2 x 1. 

O Internacional segue, obstinadamente, em busca do empate. E, por volta de 20 minutos da etapa final, um cruzamento da direita encontra a cabeça de Falcão, que sobe mais que o bem mais alto Beto Fuscão, e dali vai para as redes. 

Nova igualdade, 2 x 2. 

Cerca de cinco minutos depois, por volta de 25 minutos da etapa final, Falcão aproveita uma rebatida de Beto Fuscão para emendar um sem pulo sensacional, em gol antológico!

 Internacional 3 x 2. 

Continuam se sucedendo as oportunidades lado a lado, em jogo memorável, mas o placar não se altera mais. 

Ênio Andrade vence o duelo, vitória gaúcha em plena São Paulo. 

Em um jogo de tantos craques, sobressaiu aquele que fez gol improvável de cabeça, gol incrível de sem pulo, quase gol de bicicleta que seria inesquecível e comandou o time em campo: Paulo Roberto Falcão, o futuro Rei de Roma, a classe em forma de jogador de futebol!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada.    

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