por Claudio Lovato Filho
Foi bonito ver o time no Couto Pereira como mandante.
Foi bonito, mesmo que tenha sido por um motivo triste.
Um mês sem ir a campo.
A comoção do reencontro no exílio forçado.
O azul-preto-e-branco vivendo o desterro.
Representando um estado.
Um estado de espírito.
Para nós, torcedores, apaixonados, foi puro alento.
A retomada de um naco de normalidade, no futebol e na vida.
Um raio de sol peleador.
O time no Couto Pereira foi uma mensagem clara: “Não desistiremos”.
Mensagem não apenas de um clube, mas de um estado (incluindo o nosso arquirrival, no dia anterior, em Barueri).
A mensagem de um estado.
Um estado que é puro espírito.
Espírito de luta.
Sim, foi bonito ver o time em Curitiba (e ainda aplicando goleada).
Um afago na alma.
Um instante de conforto no meio do horror implacável.
A breve interrupção de um pesadelo que insiste em não terminar.
Mas que vai passar.
A esperança transgressora que desafia o cenário.
Um jogo de futebol.
Com tudo o que ele pode significar – e significou.
Um jogo do time amado, depois de um mês.
Longe de casa (mas num estádio, vejam só, que lembra o Velho Casarão da Azenha).
Uma noite para reiterar a certeza de que a superação virá.
E que a vida seguirá.
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