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UMA COISA JOGADA COM MÚSICA – CAPÍTULO 35

9 / novembro / 2023

por Eduardo Lamas Neiva

Rio de Janeiro (RJ) 29/03/1960 – Futebol – Brasil – Taça Brasil – 1959 – Esporte Clube Bahia 3 x 1 Santos – Jogo no Maracanã – Os primeiros campeões brasileiros de clubes fazem a volta olímpica – Foto Arquivo / Agência O Globo – Negativo: 20682

A alegria dos baianos presentes foi ainda maior, principalmente dos torcedores do Bahia. Idiota da Objetividade toma à frente e começa a contar como foi a campanha do Tricolor de Aço na Taça Brasil de 1959.

Idiota da Objetividade: – Para chegar à final, em 59, o Bahia eliminou CSA e Ceará, no Grupo do Nordeste. Nas quartas de final, venceu o Sport Recife, na Fonte Nova, por 3 a 2, depois levou de 6 a 0, na Ilha do Retiro. Como não se considerava o saldo de gols como critério de desempate, foi disputado um jogo extra, também no estádio do clube pernambucano, e o tricolor baiano saiu vencedor por 2 a 0.

Sobrenatural de Almeida: – Assombroso!

Idiota da Objetividade: – Nas semifinais entraram os campeões de 58 do Rio, o Vasco, e de São Paulo, o Santos. O Bahia primeiro eliminou a equipe carioca também em três partidas. Na primeira derrotou os vascaínos no Maracanã, por 1 a 0; perdeu em casa, por 2 a 1, e venceu por 1 a 0, na Fonte Nova. Na final, passou pelo Santos, na Vila Belmiro, por 3 a 2, mas perdeu por 2 a 0, em casa.

Ceguinho Tricolor: – Este segundo jogo foi disputado no dia 30 de dezembro e na Bahia todo mundo já se preparava para o maior Reveillón da História desde que Adão foi expulso do Paraíso.

João Sem Medo: – É verdade, Ceguinho, mas o Santos foi excursionar no início de 1960 ao Peru e à Colômbia e não tinha data para fazer o terceiro jogo. Naquela época, os grandes times brasileiros e também alguns pequenos, como o Madureira, por exemplo, que esteve em Cuba e foi recebido pelo Che Guevara, passavam boa parte do ano jogando no exterior.

Idiota da Objetividade: – O jogo extra acabou sendo disputado somente no dia 29 de março de 1960, em campo neutro, no Maracanã.

João Sem Medo: – O Santos não pôde contar com Pelé, que tinha feito uma operação de amígdalas, e o Bahia passou 45 dias concentrado na Ilha de Itaparica se preparando para a final.

Idiota da Objetividade: – O Tricolor baiano se sagraria campeão com uma vitória de 3 a 1, de virada. Coutinho abriu o marcador para os santistas, aos 27 minutos de jogo, mas dez minutos depois, Vicente empataria. Léo, a um minuto da etapa final, e Alencar aos 31, fizeram os outros gols do Bahia.

João Sem Medo: – Os santistas reclamaram muito do árbitro…

Idiota da Objetividade: – Frederico Lopes.

João Sem Medo: – Ele expulsou três jogadores do Santos.

Idiota da Objetividade: – Getúlio, Formiga e Dorval.

João Sem Medo: – Mas o título foi merecido, o Bahia foi melhor que o Santos.

Sobrenatural de Almeida: – Eu me lembro do time campeão até hoje: Nadinho, Beto, Henrique, Flávio e Neizinho; Vicente e Mário; Marito, Alencar, Léo e Biriba. Ainda tinha Leone e Ary, que não jogaram no Maracanã.

Ceguinho Torcedor: – O técnico do esquadrão era Geninho.

Garçom: – Muitos deles estão aqui e merecem todos os nossos aplausos.

Ceguinho Torcedor: – Claro que merecem!

Todos aplaudem os campeões de 59 presentes ao bar Além da Imaginação.

Idiota da Objetividade: – Ceguinho, Geninho não era mais o técnico do Bahia. Naquela final ele já tinha sido substituído pelo argentino Carlos Volante.

Ceguinho Torcedor: – Ah, mas o Geninho é que armou o esquadrão tricolor, foi o mentor intelectual do título.

João Sem Medo: – Ele esteve no vestiário comemorando com todo o time depois do jogo. O Volante foi bastante digno ao dividir os méritos com o Geninho.

Garçom: – Um grande feito do Bahia, time de coração do meu colega aqui do bar, Charles Nonato. Ele está de folga, mas veio nos prestigiar. Ele está ali naquela cadeira.

Ele se levanta e recebe aplausos.

Garçom: – Com toda esta força de sua torcida, inclusive a aqui presente, vou pôr no telão um vídeo de 2013 do Globo Esporte em homenagem ao Bahia e os seus torcedores, com a cantora Ju Moraes interpretando algumas músicas entoadas pela torcida tricolor principalmente na Fonte Nova.

Depois que todos curtiram a música, João Sem Medo pega a bola e lança.

João Sem Medo: – O Bahia voltaria a conquistar um título nacional em 1988.

Idiota da Objetividade: – Sim, em um campeonato que também só terminou no ano seguinte.

Ceguinho Tricolor: – O Bahia de Bobô e Charles, grande time.

João Sem Medo: – E o ótimo Paulo Rodrigues no meio do campo.

Idiota da Objetividade: – O Bahia eliminou o Fluminense nas semifinais e foi campeão em cima do Internacional, com uma vitória de 2 a 1, na Fonte Nova, e empate sem gols no Beira-Rio.

Garçom: – Então, em mais uma homenagem ao Tricolor baiano, vamos botar todo mundo pra dançar de novo aqui no bar. Na caixa de som: “Campeão dos campeões”, do Gilberto Gil, com os Novos Baianos, grupo que todos aqui sabem teve Moraes Moreira, que ali está e já veio ao nosso palco, como um de seus principais integrantes. Vamos lá, gente!

Fim do capítulo 35

Quer acompanhar a série “Uma coisa jogada com música” desde o início? O link de cada episódio já publicado você encontra aqui (é só clicar).

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