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SEM ANDRÉ, MELHOR DESCANSCAR EM CAXAMBU

14 / maio / 2024

por Zé Roberto Padilha

Era uma vez um cientista esportivo, chamado Fernando Diniz, que sonhava acabar com uma das mais antigas práticas dos goleiros e zagueiros que jogavam futebol: o tiro de meta.

Achava que era uma bola jogada a esmo, que concedia vantagem aos zagueiros adversários que estavam de frente pra jogada. E logo o tiro de meta se tornava um perigoso contra-ataque.

Ele proibiu sua prática e pegou seu camundongos, em laboratórios no interior de São Paulo, no Audax, e treinou à exaustão uma saída de bola que plasticamente encantava. Mas que na prática foi se revelando um convite ao suicídio.

Ao contrário do Guardiola, que encantou o mundo com seu Tic-Tac iniciado na intermediária com Busquet, Rakitic, Xavier e Iniesta, hábeis meio-campistas, seu Tic-Tac se iniciava dentro do próprio gol. Era lindo, mas pra lá de perigoso.

Porque no lugar de ir até as divisões de base e preparar tecnicamente goleiros e zagueiros, pegou camundongos cascudos, com pouca habilidade, como Fábio, Marlon e Manoel e saiu a matar seus torcedores de susto.

Foi corajosamente implantando seu sistema por vários clubes, como São Paulo, Vasco, e sendo merecidamente demitido por alcançar mais infartos nos seus torcedores do que títulos.

Até o dia em que conheceu, no Fluminense, um camundongo chamado André. Um hábil jogador de meio-campo que realizava a função de sair jogando como ninguém. Poderia receber um passe de canela, na dividida, que consertava e colocava o sistema no lugar.

E juntos, André e Fernando Diniz, conquistaram a Libertadores e chegaram à seleção brasileira. Foram mesmo feitos um para o outro.

Até que um dia André se machucou. E o que era lindo de se ver, tornou-se uma temeridade nos pés do Lima, Martinelli e quem mais tentasse sair jogando sem os seus ilimitados recursos. O time foi caindo de produção e acabou, de campeão da libertadores, a ocupar um lugar na zona de rebaixamento.

Até que André se recupere, o Fluminense resolveu, após a derrota para o São Paulo, liberar seu treinador para ir descansar em Caxambu.

Longe do Daronco, do Luciano, da agonia de ver o Fábio sair jogando, Fernando Diniz vai ter direito a cinco refeições, piscinas aquecidas, massagens e chás de camomila.

Quem sabe seu sonho continue na volta com o André de volta? Até lá, Marcão, o eterno interino, estará no comando dos tiros de meta e com bolas pro alto que estamos muito mal no campeonato.

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2 Comentários

  1. Tadeu cunha

    Caro Padilha sou seu fã, porém quanto ao Diniz discordo,ele é um pouco sonhador neste nosso futebol atual onde o antigo e sem qualidade predomina,porém não haverá saída ou se agrega fundamentos a nossa habilidade inata,ou só ganharemos copas do mundo no dia de São Nunca.abs

    Responder
  2. Flavio Brasa

    Prezados! Faltou um detalhe, guardiola saia no tic-tac pois o adversário ficava depois do meio de campo e não na área de seu time. Ele foi obrigado a inventar este modo de sair joga, que hj infesta até o futebol feminino…abs

    Responder

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