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HERÓIS IMORTAIS

13 / maio / 2024

por Elso Venâncio

O Brasil apresentou ao mundo, em 1958, três gênios da bola: Pelé, Garrincha e Didi. Isso, não citando Nilton Santos, o maior lateral da história do futebol.

Mestre Didi, o homem da ‘Folha Seca’, foi o primeiro craque a ser eleito pela FIFA, após a Copa da Suécia, como o ‘Maior Jogador do Mundo”.

O trauma do ‘Maracanazzo’ ainda incomodava. O ‘esquadrão’ do técnico Vicente Feola era fortíssimo e os heróis, simplesmente ‘Imortais’: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo.

Na final, uma cena impressionante. O então desconhecido camisa 10, um garoto magricela de 17 anos, ergue o braço direito pedindo a bola dentro da área.

“Aqui em mim” – gritou, com voz grave.

Nilton Santos, ‘A enciclopédia do futebol’, que apesar de ser lateral-esquerdo era destro, olhou para a área e lançou de longa distância, de canhota. Pelé matou no peito, deu um chapéu no zagueiro sueco e, da marca do pênalti, fuzilou de direita.

Um ano antes, em julho de 1957, Pelé vestiu a camisa amarela pela primeira vez, enfrentando a Argentina, pela extinta Copa Roca, diante de 80 mil pagantes no Maracanã. O prodígio de craque substituiu Del Vecchio e fez o gol de empate, mas os argentinos acabariam vencendo por 2 a 1.

Por pouco Pelé não jogou a Copa da Suécia. Numa quarta-feira chuvosa, no Pacaembu, a seleção se despediu dos torcedores disputando um amistoso contra o Corinthians. O lateral-esquerdo Ari Clemente atingiu Pelé com um forte pontapé no joelho. O médico Hilton Gosling bancou a manutenção do jovem atacante, mas ninguém poderia prever quanto tempo levaria a recuperação.

Didi, caminhando com Paulo Machado de Carvalho, o chefe da delegação, pelos jardins da concentração, fez um pedido:

“Dr… Fale com Feola. Pelé e Garrincha têm que jogar”.

“Pelé? Mas ele não está machucado?” – retrucou o ‘Marechal da Vitória’.

O dirigente paulista procurou Pelé:

“Meu craque, você está bem?”

“Sim, quero jogar e ser campeão.”

Pelé e Garrincha foram escalados na terceira partida, contra a União Soviética do incrível goleiro Lev Yashin, o temível ‘Aranha Negra’. Brasil 2 a 0, gols de Vavá. Na sequência, 1 a 0, gol de Pelé conta o País de Gales. Logo, 5 a 2, três gols de Pelé, na França. A imprensa francesa não demorou a intitular Pelé como o ‘Rei do Futebol’.

Na finalíssima, enfrentando os donos da casa, nova goleada, 5 a 2 na Suécia.

Outra seleção Inesquecível foi a comandada por Zagallo em 1970, no tricampeonato que o Brasil alcançou no México. Félix, Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gerson e Rivellino; Jairzinho, Tostão e Pelé. Contudo, os responsáveis por espantar o ‘Complexo de Vira-Latas’, teoria criada pelo jornalista tricolor Nelson Rodrigues na década de 50, foram os eternos campeões de 1958 que, não satisfeitos, quatro anos depois ainda conquistariam novamente a taça, trazendo do Chile o bicampeonato mundial.

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