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RONALDO É UM FENÔMENO

1 / agosto / 2019

por Serginho 5Bocas


Ronaldo era uma máquina programada para matar, o jogo. Dos jogadores brasileiros que vi jogar, foi possivelmente o que mais se aproximou do rei Pelé no cenário mundial, pois também foi a quatro Copas mas em vez de três, venceu duas, em contrapartida fez mais gols em Copas, conseguindo inclusive uma artilharia, é muita coisa para quem jogou em alto nível por um tempo bem menor, por conta dos problemas físicos. 

Mas por que Ronaldo era chamado de fenômeno? 

Porque em 1993, aos dezesseis anos, já era o principal jogador do time do Cruzeiro e foi o artilheiro da equipe no Campeonato Brasileiro, inclusive fazendo 5 gols em uma partida contra o Bahia do “goleirassu” uruguaio Rodolfo Rodrigues. Além disso, marcou 44 gols em 47 jogos pela equipe mineira.

Porque no ano seguinte chamou a atenção do técnico Parreira que acabou convocando-o, e logo em seguida estreou na seleção e marcou contra a Islândia, seu primeiro gol, credenciando-se para ir a Copa dos Estados Unidos como reserva de Romário, onde sagrou-se campeão do mundo pela primeira vez, apesar de não jogar um minuto sequer. 


Porque foi para o PSV da Holanda, fez 54 gols em 57 jogos e jogou tanta bola que chamou a atenção do Barcelona rapidamente e por isso foi comprado sem nem ter tempo de aumentar seus números e feitos na Holanda.

Porque foi rei na Espanha muito jovem, jogando pelo Barcelona, fazendo uma super temporada que o credenciou para receber seu primeiro título de melhor jogador do mundo ainda aos 20 anos, após ter feito inúmeros gols de placa, como o contra o Compostela, quando arrancou do meio de campo sem ninguém conseguir pará-lo, feito uma locomotiva a todo vapor. 

Porque ao chegar no duro campeonato italiano, logo em sua primeira temporada, foi o estrangeiro que fez mais gols na temporada de estreia até então, anotando 25 gols, superando o recordista anterior, que era ninguém menos que Zico que detinha a marca de 19 gols desde 1983. Aliás, foi por essa razão que recebeu a alcunha de “fenômeno”, muito merecida por sinal.

Porque foi considerado o principal culpado pela derrota do Brasil na Copa de 1998 na França, sendo chamado de amarelão, e mesmo após ter ficado quase dois anos sem jogar por motivo de contusões gravíssimas nos dois joelhos, quando ninguém mais acreditava, voltou em grande estilo, como uma ave fênix, sendo campeão do mundo de 2002 na Coréia/Japão, sendo o artilheiro da competição, além de ter abocanhado todos os prêmios de melhor jogador do ano de 2002, uma aula de superação. 

Porque mesmo quando visivelmente fora de forma em 2005, conseguiu dar suas arrancadas fulminantes e deixar sua marca com seu estilo inconfundível, nas eliminatórias da Copa de 2006 contra a Argentina, quando arrancou três vezes e sofreu três pênaltis, marcando os três gols e decidindo a partida. 

 Porque ainda teve fôlego de ir a sua última Copa, a de 2006 e lá fez três gols, com direito a pedalada no goleiro gânes, quebrando o recorde de gols em Copas naquela época, que depois foi superado pelo alemão Klose.


 Que com todo o excesso peso e já em seu ocaso, conseguiu fazer gol no São Paulo, ganhando na corrida desde o meio de campo do zagueiro Rodrigo e vencendo o goleiro Bosco.  

Porque apesar de todas as contusões que abreviaram sua carreira, tornou-se o segundo maior artilheiro da seleção brasileira com 67 gols, a frente de Zico e de Romário e atrás apenas do rei Pelé, além de ser o segundo maior artilheiro da história das Copas do Mundo com 15 gols em 3 copas jogadas. 

Ronaldo era diferente e se distinguia como centroavante, pois ninguém no mundo teve estilo parecido, ou fez jogadas rápidas e inteligentes com a qualidade que ele produziu. Ronaldo conseguia carregar a bola colada aos seus pés em altíssima velocidade, aliada a dribles curtos e muitos gols. Só mesmo um fenômeno poderia fazer coisas deste porte e ser tanto em tão pouco tempo.

Ô saudade boa da bola indo na direção da locomotiva e ela arrancando em direção ao gol ou alguém já se esqueceu da sua atuação contra a Holanda na semifinal da Copa de 1998? Impressionante como os zagueiros Stam e Frank De Boer ficaram loucos com o moleque de 21 anos.

 Sinceramente, não fossem os problemas nos joelhos nem sei aonde poderia ter chegado…queria muito saber!

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