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DANÇA DAS CADEIRAS

18 / abril / 2022

:::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::


Os professores passam anos nas mesmas escolas e faculdades, criam raízes, formam milhares de alunos, se reciclam, orientam e viram referências. No futebol, isso não acontece mais e vem piorando a cada ano. Já tratei esse assunto aqui diversas vezes, mas é uma tecla que precisa ser batida incansavelmente. A dança das cadeiras entre os treinadores brasileiros vem sendo danosa demais ao futebol e à formação dos jogadores. Em alguns casos são demitidos, mesmo com os dirigentes do clube atestando que faziam um bom trabalho, em outros pedem demissão e largam o trabalho pelo caminho.

Vi que Claudinei Oliveira era o novo treinador do Operário Ferroviário após sua demissão do Avaí. Em 2018, Claudinei foi contratado pelo Avaí, mas saiu logo depois para o Sport, Paraná e Chapecoense. Em 2019, começou no Goiás, foi para o Botafogo, de Ribeirão Preto, e voltou para o Avaí. Onde está o critério? Pelo que li, comandou o clube em 176 partidas, com 79 vitórias, número que o coloca como terceiro técnico que mais treinou o time. Se estava indo bem por que foi demitido? O que os dirigentes querem? Milagre? Vinha acompanhando o Cuiabá, do técnico Jorginho, e achava bem equilibrado, mas vi que agora é o Pintado.

Não sei se saiu ou foi saído, mas sem sequência é impossível os jogadores assimilarem qualquer tipo de filosofia. Marcelo Cabo agora está no CRB, Hélio dos Anjos já mudou de clube, Dorival Júnior no Ceará, Carille no Athletico-PR e meu amigo Jair Ventura assumiu o Goiás. Conversei com um técnico que está bem empregado e ele me revelou que a maioria das comissões técnicas dos times não faz um trabalho conjunto da base com os profissionais, primeiro porque não sabem o tempo que ficarão empregados e segundo por pura falta de interesse. Disse que os jovens passam mais tempo assistindo vídeos e estratégias em quadros negros do que treinando fundamentos, como chutes, cruzamentos e dribles. É preciso dar uma freada para resolver isso ou seguiremos mergulhados nessa área movediça.

Pérolas da semana:

“Jogador que vai para o X1, no mano a mano, chama o adversário para dançar e ganha no pé de ferro ao dividir a bola viva”.

“O time tem que ter identidade para se localizar em campo”. Será que tem RG e FP (Félix Pacheco)?kkkkk

“Busca penetrar as linhas por dentro, na vertical ou na diagonal, para encontrar o atacante agudo no último terço do campo”.

TAGS: PC Caju

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