por Paulo-Roberto Andel
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Há pouco mais de uma semana, 128 equipes dos quatro cantos do país se digladiaram em 32 chaves de quatro times cada, pelo torneio de base mais importante do Brasil: a Copinha, Copa São Paulo de Futebol Júnior. Cada grupo numa cidade e num campo, geralmente com o gramado machucado.
Copinha, não: um Copão. Quase 2.600 jogadores em busca de um sonho. Garotos que jogam em grandes clubes. Outros em médios e muitos em times pequenos. Garotos que viajaram por dias em ônibus para disputar a competição. Salvo as naturais exceções, todos cronicamente pobres, moradores de regiões precárias, loucos pelo sonho de seguir no futebol e conseguir uma fortuna. Ser um craque. Ter o nome gritado no Maracanã ou no Morumbi. Ou no Beira-Rio.
Num estalar de dedos, caem 64 equipes e tchau. Adeus. As outras 64 seguem no emocionante mata-mata até a grande decisão no dia 25 de janeiro, dia do aniversário de 470 anos de São Paulo.
Até lá, não vai faltar sangue, suor e lágrimas. Ainda temos muitos garotos na briga. Alguns vão chegar ao sonho. A maioria não, mas a Copinha segue enfeitiçando e apaixonando torcedores enquanto a temporada brasileira comercial não começa.
Será que na Copinha estão os craques que vão redimir o futebol brasileiro? Será que está acontecendo algo maravilhoso e ainda não sabemos? Será? A confirmar.
@p.r.andel
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