por Luis Filipe Chateaubriand
Pois que os últimos dias estão sendo muito tristes no futebol, especialmente para a Imprensa Futebolística.
Antero Greco, my friend, acaba de falecer, vítima de um insidioso câncer no cérebro.
Sílvio Luiz, o irreverente locutor, sofreu um derrame e também nos deixou.
E Washington Rodrigues, o Apolinho, também acaba de falecer, vítima de um câncer agressivo, desta vez no intestino.
Ah, Apolinho, por que foste nos deixar?
Como é que a gente fica sem as expressões deliciosas, como “batom na cueca”, “briga de cachorro grande” e “mais feliz do que pinto no lixo”?
Como é que a gente fica sem os comentários pertinazes sobre os jogos de futebol – capaz de enxergar, na maioria das vezes, o cenário do jogo com poucos minutos de bola rolando?
Como é que a gente fica sem a linguagem popular, sem frescuras, nos dando aulas sobre futebol de forma simples e direta?
Como é que a gente fica sem a dobradinha com o Garotinho José Carlos de Araújo, uma formação clássica no futebol carioca e, porque não dizer, brasileiro?
Como é que a gente fica sem seus programas diários, que informavam e divertiam ao mesmo tempo?
Ah, Velho Apolo, você não podia ter feito isso com a gente!
Mas, se você escolheu assim, vai em paz.
Um dia, a gente se encontra.
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