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GARRINCHA E EU

6 / junho / 2023

por Zé Roberto Padilha

Ele estava encerrando sua carreira. Defendia nosso saudoso Olaria. E o direito de ficar com sua amada, Elza Soares. Eu, começando a minha. Não fiquei diante de um ponta direita. Me posicionei em frente a uma lenda. Depois de Pelé, o maior jogador de futebol brasileiro de todos os tempos.

O que fazer?

O árbitro chegou a tirar o apito da boca. Já não era mais o juiz ocular da história. Era testemunha.

Se o futebol se tornou uma profissão, deixou de ser visto como um oficio de desocupados, dos marginais e não instruídos, e eu me agarrei a ela, foi porque ele e outros heróis, ao alcançarem a posse e guarda da Taça Jules Rimet, tornaram nosso país o templo do futebol.

De excluídos, evitados, passamos a ser respeitados. Valorizados, admirados e bem pagos. O maior redistribuídor de rendas e oportunidades aos jovens carentes e excluídos.

O fotógrafo, tal a arte prestes a ser pintada por pincéis das pernas tortas, teve tempo de registrar esse momento vivido no maior estádio do mundo. De estar ali, vestindo a camisa 5 do Flamengo, paralisado diante de Mané Garrincha.

O que aconteceu?

No lance, nem sei, provavelmente me driblou e procurou chegar à linha de fundo. Mas depois, me lembro direitinho: fui até a Igreja mais próxima agradecer a Deus. Pelo privilégio de estar ali, defendendo uma nação diante do seu principe. Vivendo esse momento lindo.

Foram tantas as emoções em uma só jogada que valeram por toda a minha história.

Ze Mário

*psicografado por quem jogou ao lado.

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