Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

FLAMENGO RECONQUISTA AS AMÉRICAS

24 / novembro / 2019

por Luis Filipe Chateaubriand


Ao vencer de forma dramática a Copa Libertadores da América depois de intermináveis 38 anos, e ser o virtual campeão brasileiro da temporada corrente, o Flamengo volta ao lugar que ocupava nos anos 1980 e que foi perdido ao longo do tempo.

A pergunta que não quer calar é: o que foi determinante para o rubro negro realcançar a glória?

Em primeiro lugar, um trabalho de gestão muito bem planejado e executado. Inicialmente conduzido pelo ex presidente Eduardo Bandeira de Mello, e tendo continuidade com o atual presidente Rodolfo Landim, um clube que se encontrava em situação pré-falimentar tornou-se uma potência financeira. Trabalhou-se tanto na dimensão de aumento significativo de receitas, mediante a implementação de modernas ferramentas de Marketing, como no equacionamento de dívidas colossais, com a recorrência a instrumentos contemporâneos de Gestão financeira. Tudo conduzido por experientes profissionais de mercado.

Em segundo lugar, na questão técnica, onde havia erros continuados, finalmente se conseguiu uma solução apropriada a partir da contratação do técnico português Jorge Jesus. Sem ser brilhante, Jesus é, no entanto, bem superior à maioria de seus pares brasileiros. Conseguiu estabelecer uma cultura de trabalho árduo e empenho, aliada a um jogo ofensivo (como pouco se vê nos trabalhos dos retranqueiros tupiniquins) traduzido em uma proposta tática voltada para isso.

Em terceiro lugar, um corpo de jogadores muito qualificado, desta vez muito bem contratados, “comprou a ideia” do clube e do técnico. Percebe-se que grandes jogadores, que obviamente têm seu ego, colocam o projeto coletivo à frente das necessidades individuais, o que contribui para a coesão do grupo.

Esse trabalho integrado entre gestores, equipe técnica e jogadores – todos caminhando na mesma direção – tem sido determinante para o sucesso rubro negro na temporada de 2019. 

Que a lição bem-feita possa servir de caminho para o próprio clube e para os demais clubes brasileiros é o que se deseja.

Luis Filipe Chateaubriand acompanha o futebol há mais de 40 anos e é autor de vários livros sobre o calendário do futebol brasileiro.

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *