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Ricardinho

VOZES DA BOLA: ENTREVISTA RICARDINHO

“Por mais que o Ricardinho tenha conquistado títulos importantes, feitos gols decisivos, honrado essa camisa pesada deste gigante do futebol, mas não dá para fazer tal comparação. O Rivellino está nesta seleção do Corinthians de todos os tempos, sem dúvidas, não só da qualidade como jogador, mas também por tudo que ele fez pelo clube”, disse ao telefone para o repórter Marcos Vinicius Cabral.

Humilde como pessoa e fã de uma geração que se expressava pelo futebol arte de Sócrates e Zico, Ricardo Luiz Pozzi Rodrigues, o Ricardinho, começou a pisar no chão de cimento do futebol de salão nas categorias de base no Paraná Clube e escrever a própria história.

Dono de um talento inquestionável, o craque da camisa 11 formou ao lado de Vampeta, Rincón e Marcelinho um dos melhores meio-campos da história do Corinthians e com a camisa do Timão conquistou os Brasileiros de 1998 e 1999, Paulistas de 1999 e 2001, o Mundial de Clubes em 2000, a Copa do Brasil e o Rio-São Paulo, ambos em 2002, além de ter sido um dos 23 filhos da Família Scolari do patriarca Luiz Felipe Scolari que conquistou o pentacampeonato para o futebol brasileiro.

Mesmo com tantos títulos importantes, o torcedor corintiano não esquece aquele 13 de maio de 2001, Dia das Mães, quando a equipe do Parque São Jorge enfrentou o Santos, em duelo decisivo pelas semifinais do Paulista daquele ano.

O Peixe precisava de apenas um empate para avançar à final. Igualdade que permaneceu até os 47 minutos do segundo tempo. Mas quando Gil levou a bola até a linha de fundo, cortando o zagueiro André Luiz, que ficou no chão, a torcida levantou da arquibancada e viu o jogador erguer a cabeça, rolar a bola para trás para Marcelinho que, de propósito, deixou passar, e o lance sobrou para Ricardinho bater de canhota e acertar um belo chute no canto direito do goleiro Fábio Costa.

A partida terminou 2 a 1, o Timão conquistou o título após bater o Botafogo-SP na final, mas aquele momento é lembrado até hoje pelos torcedores do Corinthians que estiveram no Morumbi. O Vozes da Bola teve a honra de entrevistar Ricardinho, pentacampeão Mundial pela Seleção Brasileira na Copa de 2002, disputada na Coreia do Sul e Japão e que é atualmente comentarista de futebol na TV Globo e dos canais por assinatura SporTV. O cérebro meio-campista vem a ser o 45º em uma seleta seleção de quem fez – e por méritos – merecer ser entrevistado por nós do Museu da Pelada.

Por Marcos Vinicius Cabral
Edição: Fabio Lacerda

Nascido na cidade de São Paulo, em 1976, você iniciou a carreira nas categorias de base do Paraná Clube, no início da década de 90. Como foi isso?

Meu começo foi no futsal no Paraná Clube, em 1993, e em seguida fui para o futebol de campo jogar no juvenil. Em 94, joguei nos juniores e no ano seguinte, fui profissionalizado e aí começa a minha trajetória futebolística.

Cobiçado por diversos times nacionais e internacionais, o Bordeaux-FRA acabou te contratando ainda em 97. Por que você ficou pouco tempo por lá?

Fui contratando pelo Bordeaux da França e joguei lá apenas uma temporada, a de 1997/98. Eu tinha mais três anos de contrato, mas a pedido do Vanderlei Luxemburgo, fui contratado pelo Corinthians, que ao lado do Santos, quis me contratar desde à época em que eu ainda jogava no Paraná. Por esse motivo, joguei esse pouco tempo no clube francês e voltei ao futebol brasileiro.

Como surgiu o Corinthians na sua vida?

O interesse do Corinthians na minha contratação veio por meio do Vanderlei Luxemburgo, que me conhecia e foi meu treinador no meu primeiro ano como profissional da equipe do Paraná, em 95, no Campeonato Brasileiro daquele ano. Pouco antes do início da Copa da França de 1998, cheguei no Parque São Jorge.

Ricardinho, você teve uma passagem vitoriosa pelo Timão. Foram dois títulos do Brasileirão, em 1998 e 1999, um Mundial de Clubes, em 2000, uma Copa do Brasil, em 2002, dois Campeonatos Paulistas, em 1999 e 2001, e um Torneio Rio-São Paulo, em 2002. O que significou ter vestido a camisa do Corinthians?

Significou muito vestir a camisa do Corinthians, pois tive uma grande identificação com o clube, pelas conquistas, pelo time que foi montado, em que a geração foi vitoriosa e formada por grandes jogadores. Mas é lógico que em um clube do tamanho do Corinthians, com uma torcida apaixonada como a Fiel e você conquistar títulos importantes, isso marca.

Mesmo com tantos títulos importantes, podemos citar o Corinthians x Santos naquele 13 de maio de 2001, no Dia das Mães, quando o duelo decisivo pelas semifinais do Paulista foi marcado por um belo gol marcado por você?

Sem dúvida. Esse gol contra o Santos ficou marcado pelas circunstâncias do jogo, da importância e por ter sido em uma semifinal do Campeonato Paulista de 2001. Era um clássico decisivo, a equipe santista jogava pelo empate e no último minuto do confronto, consegui finalizar de fora da área e marcar o gol da vitória. Por todos esses motivos, acredito que esse gol tenha ficado definitivamente marcado na história do Campeonato Paulista entre esses dois grandes times do futebol brasileiro. Mas na minha história de atleta profissional, até hoje ele é lembrado e me deixa feliz em saber que ele foi marcante, não só para mim, mas também para muitos torcedores do Corinthians.

O Sport Club Corinthians Paulista vai fazer 112 anos no próximo dia 1° de setembro. Como você escalaria o Corinthians de todos os tempos? Na meia esquerda, o comentarista Ricardinho lançaria no time titular você ou Rivellino, levando em consideração o número de títulos de ambos os jogadores pelo Corinthians?

Sinceramente, eu não saberia escalar o Corinthians de todos os tempos. Porque eu seria injusto com muitos grandes jogadores que são ídolos nessa rica história do clube em 111 anos e que teriam que ficar de fora. Mas posso te garantir que como comentarista, o titular do meio-campo é o Rivellino. Por mais que o Ricardinho tenha conquistado títulos importantes, feitos gols decisivos, honrado essa camisa pesada deste gigante do futebol, mas não dá para fazer tal comparação. O Rivellino está nesta seleção do Corinthians de todos os tempos, sem dúvidas, não só pela qualidade como jogador, mas também por tudo que ele fez pelo clube.

Em 2002, com a lesão do volante Emerson, você em grande fase foi convocado por Felipão para integrar o grupo que conquistou o pentacampeonato mundial, na Coreia do Sul e Japão. Como foi participar da Família Scolari?

Infelizmente fui convocado por uma infelicidade do Emerson. Lembro que vínhamos de duas importantes conquistas pelo Corinthians, que foram a Copa do Brasil e o torneio Rio-São Paulo, e aquele time de 2002, me proporcionou, com boas atuações, ser lembrado pelo Felipão. Mas sei que fui premiado pela oportunidade em fazer parte daquele grupo que era chamado de Família Scolari e conquistar o Mundial. Mas fomos competentes e merecemos sim, em vencer aquela Copa do Mundo, pelo que mostramos em campo com jogadores de qualidade que estavam em boa fase nos clubes. Foi ótimo ter participado daquele grupo e até hoje mantemos contatos uns com os outros e aquela conquista, não só marcou o futebol brasileiro, mas também a nossa amizade dali por diante.

Você sempre foi um jogador que se envolveu em poucas polêmicas, no entanto, houve uma confusão na Turquia, no estacionamento no estádio do Fenerbahçe com o brasileiro naturalizado turco, Mehmet Aurélio, após a decisão da Copa da Turquia de 2007? O que aconteceu, de fato, é grave, para um problema que culminou com violência no estacionamento do estádio?

A confusão no campo e fora dele na partida contra o Fenerbahçe na Copa da Turquia em 2007, se deu porque nós, do Besiktas, acabamos eliminando o nosso adversário na casa deles. Ali existe uma rivalidade muito grande, como existe em qualquer lugar do mundo em um clássico envolvendo dois grandes clubes, e alguns jogadores do Fenerbahçe se exaltaram, entre eles esse brasileiro naturalizado turco, que acabou perdendo a cabeça no estacionamento. Mas a gente sempre fala que o que acontece dentro de campo fica dentro de campo e não foi esse o caso neste episódio. Mas foi superado e não tem mais problema nenhum entre nós. O importante é que o Besiktas passou adiante, eliminou um grande adversário que foi o Fenerbahçe e conquistou a Copa da Turquia.

Quem foi seu melhor treinador?

Meu melhor treinador foi Vanderlei Luxemburgo.

Quem foi o jogador que mais te inspirou desde o começo da carreira no Paraná, em 1997, até você pendurar das chuteiras em 2012?

Eu sou da geração que viu Sócrates e Zico em campo, né? Então, o Zico acabou se tornando uma das referências, seja pela condição técnica, pelo poder de decisão e pelo poder do improviso. Agora, a inspiração vem de vários jogadores, mas não tem como você ser igual a ninguém, pois cada um tem a sua característica, mas é importante você ter uma postura profissional e ser dedicado. E o Zico resumiu muito bem isso.

Após concluir o curso de treinadores da CBF na PUC de Minas Gerais em 2013, você dirigiu algumas equipes como a do Paraná por duas vezes, Ceará, Avaí, Santa Cruz, Portuguesa, Tupi-MG e Londrina sem alcançar resultados expressivos. Por que desistiu de ser técnico de futebol?

Realmente eu fiz todos os cursos, ou melhor, todas as licenças exigidas pela CBF, sendo aluno da primeira turma da licença A e do Pró, ambas concluídas. Quando terminei o Pró, curiosamente, não era mais treinador, enquanto cursava, tive a oportunidade de dirigir várias equipes e conquistei a série B do Campeonato Paranaense com o Paraná, o Pernambucano pela Santa Cruz e passei por outras equipes. Mas quando saí do clube Londrina, recebi o convite do Grupo Globo para ser comentarista e ouve uma reflexão minha, junto com minha família, e optei em seguir esse caminho. Posso te assegurar que estou feliz por estar onde estou, faço aquilo que gosto, ou seja, me envolvo com o futebol, não no dia a dia de um clube, mas comentando os jogos do futebol brasileiro. Tomei essa decisão por dois aspectos: o primeiro, ficar perto dos meus familiares e o segundo, como técnico, não ficar dependente de resultados para se manter treinador de uma equipe, correndo o risco iminente de uma demissão por alguns maus resultados, isso pesou muito. Mas tenho a certeza que a escolha foi acertada e estou feliz aqui no Grupo Globo.

Como enfrentou essa questão de isolamento social do coronavírus?

Continua sendo uma questão muito difícil para todos nós. Na verdade, mudou a vida de todo mundo, independente da profissão, da classe social e todos tivemos que nos adequar a esse vírus. Mas é preciso respeitar as orientações médicas e sanitárias que estão atuando em prol do bem-estar da população e mesmo assim, isso tem afetado a todos. Eu com a minha família, a gente procurou seguir orientações para voltar à vida e conviver com as pessoas. Mas vale dizer que se vacinar foi importantíssimo assim como seguir as orientações, o isolamento social, álcool em gel e máscara contra a Covid-19, medidas fundamentais.

Como definiria Ricardinho em uma única palavra?

Amigo. Essa é a palavra que me define.

O CRAQUE DO BRASIL EM 2004

por Luis Filipe Chateaubriand


Em 2004, o campeão brasileiro foi o Santos.

Dá-lhe, Peixão!

No comando das ações, o meia Ricardinho, não à toa apelidado de “o patrão da bola”.

Com efeito, todas as ações do time da Vila Belmiro – sejam defensivas, sejam ofensivas – passavam por Ricardinho.

Jogador cerebral, sabia conduzir a bola para um lado, para lançá-la para o lado oposto, desnorteando a marcação adversária.

 Lançamentos de 30, 40, 50 metros eram feitos com precisão impressionante.

Quando a bola estava com o adversário, orientava o posicionamento do time, com o intuito de retomá-la.

Chutava bem em gol, batia faltas.

Enfim, um jogador que fazia a diferença para os clubes que defendeu, particularmente em 2004 estava inspirado, jogando com Diego e Robinho, se sobressaiu ainda em relação a estes.

E, assim, o “patrão da bola” comandou a esta, a bola, e ao time rumo ao título!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada

RICARDINHO: TRÊS GOLS E O PAGAMENTO DE UMA DÍVIDA

por Ivan Gomes


Há 15 anos, em 19 de dezembro de 2004, um domingo, o Santos vencia o Vasco por 2 a 1 em São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo, e conquistava pela segunda vez o Campeonato Brasileiro, o primeiro em pontos corridos. A conquista ocorreu somente na última rodada, a 46ª, após um duelo de muitas rodadas de tirar o fôlego, contra o Atlético-PR. 

Àquela época o campeonato era disputado por 24 equipes. Ricardinho, ídolo do Corinthians, que em 2002 havia ido para o São Paulo e por desavenças se transferiu para o Santos neste ano, foi um dos principais nomes desta conquista. 

Ricardinho tornou-se um dos grandes nomes da conquista não somente pelos gols importantes que fez, mas sim por um que ele fez contra o Santos, em 2001, mais especificamente em 13 de maio. Ricardinho era um ídolo corintiano, camisa 10 e na data mencionada, jogava contra o Santos a segunda partida da semifinal do Campeonato Paulista daquele ano, no Morumbi. No primeiro jogo, empate em 1 a 1. Nova igualdade tornaria o Santos finalista e enfrentaria o Botafogo de Ribeirão Preto na decisão. 

Segundo a mídia, o Santos não vencia um “campeonato de expressão” desde 1984. Simplesmente ignoravam o Rio-São Paulo de 1997 e a Copa Conmebol de 1998. Todavia, com a gozação dos adversários, víamos naquela semifinal, a possibilidade de, enfim, voltar a sermos campeões.

A partida estava empatada, jogo equilibrado. Tudo nos fazia crer que avançaríamos para decisão, quando no último lance do jogo, Ricardinho recebe uma bola na entrada da área e aos 47 minutos e 45 segundos, do segundo tempo, com o árbitro tendo determinado três minutos de acréscimo, dispara um chute no canto, indefensável para Fábio Costa, e faz 2 a 1. Estávamos eliminados do Paulista.


Esse gol doeu demais! Em 2002, enfrentamos o Corinthians na decisão do brasileiro e vencemos, em um jogo histórico, com um time só de jovens. Em 2003, o Santos foi vice da Libertadores e vice do Brasileiro. No início de 2004 o Santos conseguiu manter Robinho e Diego. Leão seguia no comando da equipe desde 2002. Fracassamos no Paulista, não fomos tão bem na Libertadores, perdemos jogadores importantes, Leão foi demitido.

Após queda de nosso grande comandante, o Santos contratou Luxemburgo, trouxe Basílio, Deivid e uma das pessoas mais odiadas por nós, Ricardinho, nosso carrasco e algoz de 2001. Ricardinho, acredito eu, só não era mais odiado que Márcio Rezende de Freitas, árbitro, que em 1995 tirou nosso título de campeão Brasileiro.

Após início turbulento, o Santos se encontrou e com boa sequência de vitórias, cinco ao todo, brigava para chegar à liderança. Em busca de sua sexta vitória consecutiva, o peixe enfrentou o São Paulo na Vila. O Tricolor abriu o marcador. Deivid empatou ainda no primeiro tempo. O jogo arrastava-se para o empate, quando uma falta próxima à grande área, aos 46 minutos da etapa final, foi anotada. Ricardinho ajeitou a bola, ele, logo ele, que tanto odiávamos. Ajeitou a bola e com perfeição acertou o ângulo, a bola triscou na trave e entrou. Vencemos por 2 a 1. Com aquele tento, o ódio deu uma leve recuada.

Esse não foi um gol qualquer, foi o primeiro gol dele com nossa camisa. Após esse tento, vieram outros e o Santos terminou o primeiro turno como campeão. O segundo turno começou animador. Com alguns tropeços considerados normais para um campeonato tão longo. Em primeiro de setembro, pela quinta rodada do returno, o Santos vai a Caxias do Sul defender a liderança contra o Juventude. No segundo tempo, partida truncada, empatada em 1 a 1. 

Até que em uma bola foi lançada para Basílio, nosso atacante divide com o goleiro na entrada da área, o arqueiro consegue afastar e, mais próximo do meio campo do que da grande área, a bola cai no pé esquerdo de Ricardinho, que, de primeira, toca por cobertura e marca um golaço, 2 a 1.


O gol genial fez o ódio ficar ainda mais contido. Ricardinho fez outros gols, mas o que acabaria definitivamente com nosso ódio veio em 19 de dezembro. Mas antes disso, o Santos havia perdido a liderança para o Furacão, a mãe de Robinho havia sido sequestrada e o craque ficou fora por alguns jogos. 

Com quatro rodadas para o final, com o Atlético/PR um ponto à frente, o Santos somente empatou em 1 a 1 com o Paysandu, em Belém e o Furacão enfrentaria o já rebaixado Grêmio. O rubro negro abriu 3 a 0, era o nosso fim. Mas não sabemos de onde o tricolor gaúcho tirou forças e empatou a partida em 3 a 3.

Na penúltima rodada, o Santos enfrentaria o São Caetano, no Anacleto Campanella e o Furacão iria até São Januário para encarar o Vasco, que precisava vencer para fugir do rebaixamento. Nem um roteirista de Hollywood escreveria uma história tão incrível. O Santos fez sua parte e venceu, 3 a 0. O Atlético sucumbiu diante do Vasco, 1 a 0. O Santos era o novo líder e faria o último jogo em seu mando.

Dias antes da partida, após mais de um mês, a mãe de Robinho voltava para casa. O Santos, punido com perda de mando, faria o jogo em São José do Rio Preto. O Atlético do Paraná enfrentava o Botafogo, em Curitiba.

A rodada começava com o Santos campeão. Mas como só dependíamos de nós, o time foi para cima. Chances foram criadas e desperdiçadas. Mas com quase cinco minutos, Ricardinho, o algoz, o carrasco de 2001, cobra uma falta perfeita e joga no canto do goleiro, 1 a 0. A partir dali sabíamos que o título era nosso. Elano fez o segundo. O Vasco diminuiu no segundo tempo, mas ficou nisso. 

Ricardinho, de carrasco a herói em três gols. E que três belos e importantíssimos gols. Não esqueceremos 2001, mas não te odiaremos nunca mais. Obrigado.