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SELO MUSEU DA PELADA

Saiu o primeiro lançamento do selo Museu da Pelada, da Editora Approach, e não há palavras para descrever esse momento tão especial! Escrito pelo jornalista Marcos Eduardo Neves “Marilene Dabus: A Moça do Flamengo” conta a história da primeira mulher a cobrir futebol no Brasil.

O lançamento ocorreu na Gávea, sede do Clube do Flamengo, e reuniu uma rapaziada da melhor qualidade. O ápice, no entanto, foi quando o lendário Ruy Castro chegou de surpresa e abrilhantou a resenha!

Assista ao vídeo acima e confira os detalhes do lançamento!

Que seja o primeiro de muitos e os interessados podem adquirir o livro acessando o link abaixo:

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LIVERPOOL

por Rubens Lemos


O Liverpool tem nos pés aceleradores. É um time objetivo e sem afobação. Sua habilidade empolga o torcedor sem paixões babacas. É um Liverpool muito melhor que o de 1981, quando tomou 3×0 do Flamengo, goleada que poderia ter chegado ao dobro.

Em 1981, o Flamengo contava com uma estrela luzindo ao sol: Arthur Antunes de Coimbra. Zico chamou a responsabilidade de maior craque brasileiro, driblou ingleses até a quinta geração e brindou o público com lançamentos de longínquas jardas, sem erro, todos caíram nos pés do barroco centroavante Nunes.

Quem também comeu a bola naquela madrugada (no Brasil), foi o neguinho Adílio. O Liverpool tentou marcar Zico e liberou Adílio para criar e procriar em suas relações sexuais com a bola. Ele fez o segundo gol aproveitando um rebote. Em 1981, o título foi decidido em 45 minutos: 3×0.

O Liverpool de hoje dispõe do melhor goleiro do mundo, o brasileiro Alisson, fantástico nos reflexos, arrojado na saída aos pés dos atacantes, estupendo debaixo da trave exibindo defesas de cinema. O goleiro do Liverpool em 1981 era o frangueiro sul-africano Bruce Gobrelar.

Acabou a lenda prática de um futebol inglês cintura dura e baseado em chuveirinhos, pequenos cruzamentos sobre a área procurando atacantes enormes e desengonçados. Esqueça essa fase. O futebol inglês evoluiu.

No fim de semana, olhos para Liverpool x Watford, clube criado pelo artista Elton John, apaixonado por futebol. O Watford caiu na gaiola de domínio do Liverpool. A diferença técnica correspondia a uma viagem de Natal a Florianópolis de carro a 80 quilômetros horários. O Liverpool, um time. O Watford, um bando.

Partiu para cima e o gigante inglês forjou retranca e saiu em contra-ataques letais. No átimo, Sadio Mané (foto), o segundo melhor camisa 10 do mundo, só perde para Messi, arrancou e deu um passe perfeito a Salah, que bateu de chapa.

Não é fácil ganhar do Liverpool. É preciso dizer mais sobre Sadio Manè, assim, e craseado, encantador. É um negro banto puro de talento. Conduz a bola como se dela fosse proprietário. Seu repertório de fintas é infinito. Deixou de ganhar a Bola de Ouro porque com Messi não existe disputa.

Manè reúne em si, o brasileirismo do samba, da irreverência, da malícia, da improvisação criativa. Mané seduz. Parte para cima do zagueiro, freia e joga a bola para o canto livre, parecido com seu quase homônimo, Garrincha.

Os dribles paralisantes e o jeito de correr de Manè lembram Marinho Apolônio, um dos principais meias brasileiros da década de 1980 e ídolo no Bahia, no ABC e no América. Marinho jogava parecido com Manè e nós achávamos tão comum as exibições que fazia. Castigo. Em 200 anos, Jesus Cristo não nos enviará um novo Marinho que nos contentamos vendo Manè.

O Liverpool de Manè entra na galeria dos timaços europeus: Real Madrid de Puskas, depois de Cristiano Ronaldo, Barcelona de Messi e Iniesta, Ajax de Cruijjf, Bayern de Munique de Maier, Beckenbauer e Rummenige. Além da Juventus de Cabrini, Marco Tardelli e Paolo Rossi. O Liverpool pode até perder, mas já é história.

Mas

Olho no que diz o blog Betaway.com sobre o futebol inglês: “Alguns nem sabem que competição é essa (mundial). A história dos times ingleses em mundiais (tanto da “era moderna, reconhecidos pela Fifa, quando da “era Copa Toyota) tem muitas provas de que eles não levam a competição muito a sério”.

Bêbados

Hoje não é segredo para ninguém que os Reds (Liverpool) chegaram completamente despreparados para a partida. Alguns jogadores até já admitiram ter bebido na viagem de 24 horas para o Japão, e nenhum deles fazia a menor ideia de quem iam enfrentar.

PSG

O PSG Natal Sub-15 de Natal ganhou o título inédito do Pro Experience, torneio realizado no Centro de Futebol Zico (CFZ) para jovens entre 14 e 16 anos. A competição reuniu cerca de 120 participantes de outras cidades como São Paulo, Brasília, Recife, Salvador, além do Rio de Janeiro, sede do campeonato. Destaque para Duda, autor dos principais gols. Wendell Melo e Ewerton Cortez estão de parabéns junto com os companheiros de equipe.

Wallyson

Falta de aviso não foi. Wallyson está noutra biosfera. Como profissional não pode jogar amistoso, avisando ou não à diretoria, corrijo-me, confraria de CDFs do ABC.

Desmotivado

Para Wallyson, é desanimador jogar uma Quarta Divisão, tendo participado de Libertadores. Natural.

César

Um dos melhores volantes do país foi César Sampaio, do Santos e Palmeiras. O América trouxe um homônimo, da mesma posição. Que já tinha passado por lá e não deu certo.

Entrevista

A do presidente ABC aqui na Tribuna gerou fisgada do Frasquerino da Parada de Ônibus Metropolitana: “Não se comenta o nada.”

FIM DE ANO MEXE COM O CORAÇÃO

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Se eu começar a coluna dizendo que não gosto de Natal muita gente vai dizer “caramba negão, mas nem de Natal você gosta?”, Kkkkk, mas a verdade é essa. Acho Natal uma data muito comercial e grande parte das crianças não ganham os presentes sonhados.

Minha infância foi muito pobre, não conheci meu pai, minha mãe não contava histórias de Papai Noel, não tenho fotos de meu batismo e meu único brinquedo, não poderia ser diferente, era uma bola, que jogava nas ruas Aníbal Reis e Diniz Cordeiro, em Botafogo, com os meus amigos Naninho, Luisinho Salada, Jairo, Lozinho, Paulinho da Viola e Roberto Beiçola, pai do zagueiro Juan. Também jogava na casa do Alvinho, com os irmãos Rubem e Roberto Medina. Cresci vendo injustiças sociais, raciais e não gosto dessas datas comemorativas, mas confesso que esse fim de ano vem mexendo com o meu coração.

Foram muitos reencontros, homenagens, lembranças, novos amigos e lições de vida. A produtora Iafa Britz é um desses grandes presentes. Na minha época de doidão me desfiz de muitas coisas, dentre elas uma edição histórica da revista Manchete em comemoração ao tricampeonato no México, com autógrafos de todos os jogadores para mim. Por anos ela guardou essa relíquia. Tinha certeza que sairia desse mundo das drogas e me devolveria. Devolveu! Jamais esquecerei disso!

Aí abro jornal e vejo meu nome citado no livro lançado pelo genial Nei Lopes, “Afro-Brasil reluzente – 100 personalidades notáveis do século XX”. Não há nada mais gratificante, afinal Nei Lopes é uma referência nessa incansável luta contra o preconceito.

Nesse fim de semana, para completar, revi vários amigos tricolores, na festa de confraternização, nas Laranjeiras, quando Búfalo Gil assumiu a presidência do Masters e Erivelto, a vice. Haja champanhe, Kkkkk!!!! Toquei tamborim acompanhando Noca da Portela e reencontrei Romeu Evaristo, nosso eterno Saci. Momentos maravilhosos que deixam nossa vida mais suave.

Sobre futebol, não gostei da postura de Vanderlei Luxemburgo, afinal desde o início ele sabia qual era o projeto do Vasco, mas a vaidade e os cifrões sempre nos fazem desviar o rumo. Se for comentar como os especialistas, diria que Luxa fez uma leitura do jogo, pegou a beirinha do campo, flutuou, pegou a segunda bola e foi parar no último terço do campo, Kkkk!!! O que isso quer dizer, não faço a menor ideia, Kkkkk!!!!

Sinceramente, minha maior preocupação é com o próximo Sulrioca, que dizer Carioca. Se nem os gaúchos estão suportando tanta retranca, o que os dirigentes do clubes cariocas estão pensando da vida?

Odair Hellman, no Flu, Abelão, no Vasco, e Espinoza, no Botafogo. Será o campeonato com menos gols da história do Cariocão? Não dá mais para seguirmos nessa linha do Paizão, gerenciador de egos, Família Scolari, família disso, daquilo. O futebol precisa fluir, ser reinventado. Vamos voar como águias e desapegar definitivamente desse caranguejo que só emperra o nosso futebol.

DIA HISTÓRICO

por Wendell Pivetta


Dia 17 de dezembro é só o Sport Club Internacional que faz história.

Há 13 anos um clube gaúcho, vestido de branco, pintou o mundo de vermelho. Samurais gaudérios desbancaram o favorito clube catalão de Ronaldinho Gaúcho e uma esquadra multi campeã que menosprezou o olhar do capitão do clube gaúcho que, em um piscar de olho destemido ao apertar a mão de Ronaldinho, preparou seus colegas de equipe para a partida da vida deles.

Sangue foi derramado, literalmente pelo zagueiro Índio, começando ali a pintar o globo. No sul do Brasil era calor, Rio Grande do Sul estava paralisado naquela manhã de domingo, torcedores ansiosos mal podiam esperar pelo apito inicial de uma partida legendária para o futebol mundial. O clube do sul não tinha o estrelismo, tecnicamente era raçudo, porém jamais superior se compararmos os nomes, mas guardava na manga a sua experiencia de atletas como Iarley, anteriormente campeão do mundo com o Boca Juniors, fazendo a linha de frente com um jovem rapaz com um futuro promissor pela frente chamado de Alexandre Pato.

Ceará, lateral de máximo empenho físico, Edinho e Fernandão retornavam ao Brasil após passagem pelo futebol da França e demonstravam um conhecimento maior também. Era fácil naquele ano menosprezar o clube gaúcho, pouca informação se passava pelo passado de um clube roubado em 2005 no campeonato nacional, e que conquistara sua Libertadores em cima do atual campeão do mundo, o São Paulo. Os gremistas, rivais do colorado, falavam em massacre. Ficaram ainda mais fervorosos ao ver o clube gaúcho classificar na semifinal em um placar apertado, enquanto o todo poderoso Barcelona aplicava uma sonora goleada.

A cancha japonesa recebia em seu gramado o time iluminado, destemido e peleador, aonde numa boa roda de chimarrão quem conta sua versão da história só não é desmentido pois era um jogo televisivo. Galvão Bueno, Haroldo de Souza, Pedro Ernesto Denardini e demais comentaristas brasileiros que narravam aquele jogo não conseguiam esconder a magia maior do futebol, em que o atleta menosprezado pela torcida, mas protegido pelo seu treinador, entra no lugar de seu capitão e marca um gol que tem placa, tatuagem, quadro e a icônica frase: “me perdoa Gabiru”.

É, da tensão do início da partida, até o esplendor e alívio do apito final, um jogo de futebol se tornara o maior ato de fé, colocando nos incrédulos que o impossível é sim possível, e baldes de refrigerante dos colorados que apostaram sem medo na vitória contra os torcedores do rival.

DISTRIBUIÇÃO OU DESCONHECIMENTO?

por Idel Halfen


A cada mudança de fornecedor de material esportivo ocorrida nos clubes de futebol costuma-se escutar os mesmos discursos exaltando o novo e “espetando” os antigos.

Ainda que ignoremos os aspectos éticos que são desprezados quando as críticas públicas atingem alguma relação do passado, não podemos ficar cegos quanto à fragilidade de tais discursos no que tange ao embasamento sobre o assunto.

Dentre as “frases prontas e sem nexo” que recheiam tais falas está a que promete uma distribuição de produtos melhor que a realizada outrora.

Ao prometerem tal façanha certamente acreditam que o fornecimento de material esportivo é similar ao de bens de consumo com giro rápido e prazos de validade curtos, onde a logística é essencial para que o produto chegue aos canais de vendas através de melhores rotas, de veículos com as capacidades adequadas e pontos de armazenagem estrategicamente bem localizados e dimensionados. Devem crer ainda que o varejo só não tem o produto em sua área de vendas porque o fornecedor não entregou.

Como já foi escrito outras vezes, as marcas esportivas baseiam sua produção nos pedidos que são feitos previamente pelos varejistas, além das estimativas dos gestores de suas lojas e e-commerce próprios, portanto, eventuais rupturas têm como causa principal o aspecto comercial e, se fôssemos elencar uma causa secundária poderíamos citar o lead time (período que compreende o tempo decorrido do pedido de um cliente até a efetiva chegada), o que nesse caso tem muito mais a ver com o tempo da produção. Para ficar mais claro usaremos o case do Fluminense, que acaba de anunciar a Umbro como sua nova fornecedora de material esportivo, acontecimento que criou uma enorme expectativa quanto a uma maior disponibilidade de produtos em comparação ao que era no passado. Esse anseio pode até fazer algum sentido em função de a Umbro possuir operação fabril, ao contrário das marcas anteriores que terceirizavam essa etapa, o que, consequentemente, proporciona em tese capacidade superior para produzir mais rapidamente os pedidos extras – aqueles que “corrigirão” as estimativas de demanda pessimistas feitas na ocasião da pré-venda.


Todavia, essa suposta vantagem não garante que as rupturas não acontecerão, até porque a expectativa do varejo é ainda a principal variável para se deixar o produto disponível ao consumidor, ou seja, se esse canal for muito conservador na gestão do seu capital de giro, as chances de ruptura continuarão a existir, e por favor não responsabilizem a Umbro por isso, mesmo porque a marca não possui lojas próprias. O ponto negativo que vejo na parceria diz respeito ao fato de a marca inglesa ter um portfólio restrito basicamente ao futebol, o que pode vir a ser um fator de fragilidade nas negociações com as key accounts.

Por outro lado, é de se esperar que haja uma maior flexibilidade em relação ao desenho dos materiais. No cômputo geral achei a decisão excelente, principalmente diante da atual conjuntura desse mercado.

Com esse parceiro, o único clube brasileiro detentor da Taça Olímpica continua a ter como fornecedor uma marca de relevado reconhecimento e importância, assim como são Adidas e Under Armour, o que fortalece o conceito de co-branding e dá visibilidade ao clube.