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RECEITA PARA SE FAZER UM HERÓI EM VILA BELMIRO

14 / janeiro / 2021

por Marcelo Mendez


“Torna-se um homem

Feito de nada como nós…”

Em São Paulo, durante um tempo, a banda de rock IRA perpetuou clássicos que cantaram a realidade de toda uma geração sedenta por muitas coisas ali naquele princípio de anos 80, um tempo em que o Brasil começava a se abrir para viver todas as coisas que o mundo estava propondo naquela época.

“Receita para se fazer um herói”, de onde vem os versos dessa música citada, é um desses clássicos. Nela estão propostas algumas das formas de onde pode-se surgir um herói improvável e de onde vem nossos heróis de hoje. O Santos é bem assim.

Não se sabe de onde começou a fazer dos seus meninos, homens candidatos a heróis de um título que nem no maior dos delírios lisérgicos, dos mais apaixonados torcedores, poderia se imaginar que o Santos poderia disputar. Mas vai disputar. O Alvinegro da Vila Belmiro chega para decisão da Libertadores da América em pé de igualdade com o Palmeiras e tem muita coisa para comemorar nesse resultado.

O Santos viveu de tudo nesse último ano. Teve um Presidente afastado, punição da Fifa, falência quase decretada, técnico demitido, técnico doente, surto de Covid e o diabo a quatro. Em detrimento a isso tudo, foi até as suas origens e buscou na base seus Meninos em mais uma reinvenção de elenco e eis que surgem Kaio Jorge, Lucas Braga, Jobson, Pituca, Jon, João Paulo e tudo mais. De maneira quase que comovente, esses meninos assumiram a responsabilidade e carregaram na boa o peso de representar a história de um dos maiores times do futebol mundial.

Resultado:


A molecada do Santos passou o trator no Boca Juniors. Boca, esse que não se sabe por que ainda carrega a fama de “papão”, mesmo tendo vencido seu último título no continente em 2007, tomando sapecos sequentes nesses últimos 14 anos, como essa jantada de ontem na Vila. Foi um 3×0 porque a molecada quis fazer apenas esses três. Senão poderia ser cinco, seis ou quantos quisessem. Uma vitória parruda de uma molecada grande, que são os mais belos e improváveis heróis que se possa ter.

São muitos os símbolos desse feito do Santos. Mas ver Lucas Veríssimo de testa rachada, colorindo de sangue a camisa do Santos tem a cara da Libertadores da América. Taí a receita, caros amigos.

Na Vila Belmiro, herói se faz assim.

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