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ROBERTO DINAMITE, MEU ÍDOLO EM LETRAS

por Luis Filipe Chateaubriand

Escrevi um livro.

Não um livro qualquer, mas um livro contando a história de meu ídolo.

Roberto Dinamite!

Foi uma experiência muito bacana.

Ver como o jovem Calu teve dificuldades para jogar na infância, devido a problemas médicos.

Ver como o jovem Calu superou esses problemas.

Mostrar como o “garoto dinamite” fez seu debut no Maracanã.

Ilustrar a trajetória do ídolo no Vasco da Gama, no Barcelona, na Portuguesa, no Campo Grande, na Seleção Brasileira.

Encantar-me com os momentos bons, consternar-me com os momentos ruins.

Que história bonita de vida, tem o ídolo!

Quero repartir com vocês, leitores, estas emoções.

Quem quiser ter acesso ao livro, por gentileza mande um email para luisfilipechateaubriand@gmail.com que, na resposta, eu envio o conteúdo, totalmente gratuito.

E aí, você compartilha comigo essa aventura?

Estou esperando por vocês!

OS ESCRITORES E A BOLA

por Paulo-Roberto Andel

Seis da tarde, outubro quente, e acabo de voltar do trabalho. Banho tomado, roupa trocada, cama feita, então me deito e, com o quarto silencioso e meio escuro, fecho meus olhos e paro para pensar em futebol.

Hoje é o Dia Mundial do Escritor. Consequentemente, tem tudo a ver com futebol. Quanto dessa paixão que carregamos pelo esporte não vem dos livros, revistas e jornais que um dia lemos? As histórias que decoramos, os lances que vimos de outro jeito. As crônicas, os contos. As grandes resenhas.

Minha carreira de leitor mirim começou com escritores da pesada: Achilles Chirol, João Saldanha, Nelson Rodrigues, Sandro Moreyra, William Prado, todos facilmente encontrados nos jornais do sofá. Depois veio a turma da Revista Placar e, com ela, Juca Kfouri e Marcelo Rezende – sim, ele mesmo.

Já adulto jovem, me deparo com Xico Sá, Peninha, Ruy Castro (fenomenal), o espetacular Tostão, o saudoso Paulo Júlio Clement, Fernando Calazans e pronto: a bola tem letras por todas as partes. Ah, não dá para esquecer que o mestre Ivan Lessa mandava seus pitacos futebolísticos na BBC de Londres, geralmente enaltecendo seus heróis botafoguenses dos anos 1940.

O Brasil tem um exército de escribas monumentais que já enalteceram nosso futebol. Basta lembrar nomes como os de Alcântara Machado, João Cabral de Melo Neto, Vinicius de Moraes e Mário de Andrade, por exemplo. E até quem odiava o esporte lhe dedicava linhas, caso de Lima Barreto. Gênios que deixaram suas marcas no jogo de bola.

Para fechar, que tal um grande lance de um dos maiores craques da escrita mundial? Eis o monumental Eduardo Galeano, falando do grande momento desse jogo que vivemos como paixão:

O GOL

_”O gol é o orgasmo do futebol. E, como o orgasmo, o gol é cada vez menos freqüente na vida moderna.

Há meio século, era raro que uma partida terminasse sem gols: 0 a 0, duas bocas abertas, dois bocejos. Agora, os onze jogadores passam toda a partida pendurados na trave, dedicados a evitar os gols e sem tempo para fazer nenhum.

O entusiasmo que se desencadeia cada vez que a bola sacode a rede pode parecer mistério ou loucura, mas é preciso levar em conta que o milagre é raro. O gol, mesmo que seja um golzinho, é sempre gooooooooool na garganta dos locutores de rádio, um dó de peito capaz de deixar Caruso mudo para sempre, e a multidão delira e o estádio se esquece que é de cimento, se solta da terra e vai para o espaço.”_

FAGNER 73

por Marcos Eduardo Neves

Deixo de lado meu FANATISMO para ajeitar o RETROVISOR e fazer uma REVELAÇÃO digna de um ROMANCE NO DESERTO. Hoje, 13 de outubro, é aniversário de Raimundo Fagner! São 73 anos de BORBULHAS DE AMOR e ESPUMAS AO VENTO nos CANTEIROS de todo o país.

Sem DESLIZES, muito menos ASA PARTIDA, minha JURA SECRETA é rezar por mais e mais anos junto a esse verdadeiro GUERREIRO MENINO. Vou até rezar uma AVE MARIA e fazer a ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO por esse amigo que sempre me dá CARTAZ. A mim e à MADALENA, aos PÁSSAROS URBANOS, às velas do MUCURIPE que saem hoje para pescar milhões de parabéns para este ícone da Cultura nacional.

ME LEVE, Fagner, TANTO FAZ se ao ÚLTIMO PAU-DE-ARARA ou ao JARDIM DOS ANIMAIS. O que quero é um lugar, diurno ou NOTURNO, no qual É PROBIDO COCHILAR. O que me importa é poder ouvir suas letras potentes e canções maravilhosas. SE O AMOR VIER, ótimo. Se não, TANTO FAZ. Porque graças à sua voz até as PEDRAS QUE CANTAM vibram por TRADUZIR-SE feito uma mulher linda, tipo a DONA DA MINHA CABEÇA e do meu coração.

ESPERE POR MIM MORENA, pois hoje é dia de FESTA DA NATUREZA! E digo mais: QUEM ME LEVARÁ SOU EU à alegria que tenho quando ouço meu ídolo de SANGUE NORDESTINO mostrando toda sua FORTALEZA nos palcos do Brasil, seja para os magnatas que o amam ou a GENTE HUMILDE que escuta seus VERSOS ARDENTES seja aqui ou NUMA SALA DE REBOCO, quem sabe em QUIXERAMOBIM.

SÓ VOCÊ é capaz disso, amigo, de fazer com que eu tenha um SORRISO NOVO a cada dia que se passa.

Faço, portanto, uma SÚPLICA CEARENSE, melhor, um TIRO CERTEIRO para te provar que, do que escrevi aqui, TUDO É VERDADE. Te amo, CANHOTEIRO rei do futebol e da música popular brasileira. Vida longa ao mestre da música!

FLÁVIO MINUANO: “SÓ PELÉ ME SUPERA EM GOLS”

por Elso Venâncio

O gaúcho Flávio Minuano era uma verdadeira máquina de fazer gols. Somente depois que Pelé marcou o seu milésimo gol, contra o Vasco, em 1969, no Maracanã, é que alguns dos nossos maiores goleadores começaram a se preocupar com a contagem de seus gols. Teve artilheiro forçando a barra para chegar lá…

Flávio, no entanto, afirma:

– Fiz mais de mil gols. Só Pelé me supera.

Titular do Internacional desde os 17 anos, o centroavante não demorou a ser contratado pelo Corinthians. Isso, em 1964. Um ano antes, com apenas 18 anos, já vestia a camisa da seleção brasileira.

No Campeonato Paulista de 1967, um feito histórico. Pelo Corinthians, Flávio ultrapassou Pelé e, com 21 gols marcados, tornou-se o artilheiro máximo da competição. Fez ainda um dos gols que quebraram o incrível jejum de 11 anos que o “Timão” não derrotava o Santos.

Pausa agora para falar de Fla-Flu, o grande clássico do nosso futebol. Eurico Miranda certa vez me disse:

– Esses irmãos Rodrigues inventaram essa mística… Mas bato no peito que o principal clássico é Flamengo X Vasco.

Independentemente do que pensava o ex-dirigente cruz-maltino, vou listar aqui três inesquecíveis Fla-Flus, sendo que em um deles o destaque foi justamente o nosso personagem da semana.

O primeiro remete ao ano de 1963. Com mais de 200 mil presentes no Maracanã, 0 a 0 teimoso, com direito a bola, no final da partida, nas mãos do goleiro Marcial, numa conclusão errada do atacante Escurinho. Flamengo campeão!

Em 1969 o Fluminense venceu por 3 a 2 em uma tarde iluminada de Flávio. Por duas vezes o placar esteve empatado, mas o artilheiro marcou o gol do título.

Em 1995, Romário repatriado pelo Flamengo com status de melhor jogador do mundo, o time da Gávea perdeu o Carioca, em pleno centenário, para o tricolor liderado por Renato Gaúcho, que de barriga fechou a vitória marcante por 3 a 2.

Ídolo, goleador, Flávio conquistava títulos por onde passava: Internacional, Corinthians, Fluminense, Porto… Porém, havia aqui uma fartura de craques. A forte concorrência fez com que Flávio não disputasse sequer uma Copa do Mundo. Convocado para os treinamentos da seleção em 1966, acabou cortado por Vicente Feola antes do embarque para a Inglaterra.

O jogador recebeu o apelido de Minuano graças à frieza na grande área, ou seja, lembrava o gelado vento minuano, tradicional na região Sul do Brasil. Aos 78 anos, o ídolo mora em Tiradentes, interior de São Paulo, onde trabalha dando aulas de futebol para a garotada em um projeto organizado por Badeco, ex-jogador do América e da Portuguesa e que hoje é delegado da Polícia Federal.

POR MAIS JUSTIÇA NO FUTEBOL

::::::: por Paulo Cézar Caju :::::::

Com o Campeonato Brasileiro nas últimas rodadas, vi muita gente falando que o esquema de pontos corridos era sem graça. Na minha opinião, sem graça é a injustiça que um mata-mata pode proporcionar, como ocorreu em 75 e 76, quando defendia a Máquina Tricolor, e fomos eliminados por Internacional e Corinthians, respectivamente. Nas ocasiões, tínhamos feito uma campanha muito superior aos rivais e fomos eliminados pelo acaso. Qual seria o sentido do líder Palmeiras enfrentar o América-MG, atual oitavo colocado, com mais de 20 pontos a menos? Pois é, é essa “emoção” que o mata-mata proporciona.

Por falar em América-MG e injustiça, estive ontem no Maracanã para acompanhar o duelo contra o Fluminense e achei um absurdo a torcida tricolor vaiar o Fernando Diniz. Se hoje o clube está entre os cinco primeiros, diria que 80% do mérito é do comandante, que literalmente ensina os fundamentos básicos aos jogadores e faz os times jogarem um futebol coletivo. Tenho certeza que se todos os técnicos brasileiros tivessem essa mentalidade, não estaríamos há 20 anos sem levantar a taça da Copa do Mundo!

Sobre a final da Copa do Brasil, vejo um grande equilíbrio entre Flamengo e Corinthians, sem um grande favorito. Embora o rubro-negro tenha um plantel melhor, o alvinegro evoluiu desde a eliminação na Libertadores e promete fazer um grande jogo na quarta-feira. Vamos aguardar! E é bom o Flamengo abrir o olho, porque o Athletico do Felipão pode surpreender na decisão da Libertadores. Não digo surpreender por um futebol bonito, mas jogar naquele estilo horrível e achar um gol na bola parada, por exemplo.

Por fim, gostaria de elogiar o Botafogo e, mais uma vez, a torcida do Vasco, grande destaque do clube na Série B. Enquanto o meu time conseguiu uma vitória importantíssima contra o São Paulo no encharcado gramado do Morumbi, milhares de pessoas lotaram São Januário e garantiram mais três pontos! Vai ser muito bom para o futebol carioca ter os quatro grandes na elite novamente!

Pérolas da Semana:

“No contexto de um novo milagre, o time sentou em cima da vantagem e, sem consistência, parou de atacar ou negociar os espaços diagonais, espalhando combustível pelas beirinhas”.

“Através de um mecanismo desconectado do encaixe de jogo, sustenta-se pela diagonal para morder por dentro e o falso 9 conectar com intensidade e dar posse de bola para o adversário”.

UFA! Até quando?