QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ
por Zé Roberto Padilha

Em 1981, o Flamengo, com Leandro, Júnior e Zico, venceu a equipe do Cobreloa, do Chile, na final da Taça Libertadores da América, com dois gols do Zico. Um ano depois, os três jogadores fizeram parte de uma das maiores seleções brasileiras de todos os tempos. A Espanha e o mundo se renderam à magia do nosso time.
Todos os jogadores atuavam no país.
Ontem, na semifinal da Libertadores, o Flamengo enfrentou o Racing, da Argentina, com uma seleção Mercosul. Apenas os Léos, Ortiz e Pereira, o lateral Alex Sandro e o ponta Luiz Araújo são brasileiros.
Rossi é argentino, Pulgar é chileno, Arrascaeta e Varella são uruguaios, Carrascal colombiano, Gustavo Plata é equatoriano e até o Jorginho é naturalizado italiano.
Quem te viu, futebol brasileiro, quem te vê
Quem não o conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer.
Ano que vem tem Copa do Mundo. E nunca jogadores e pátria mãe-gentil estiveram tão distantes.
A SAUDÁVEL RENOVAÇÃO
por Zé Roberto Padilha

Ontem, o Entrerriense FC não comemorou apenas seu centenário. Ele renasceu. E tudo porque seus associados promoveram uma renovação em sua diretoria. E, além de estarem antenados ao seu tempo, conseguiram colocar pessoas certas no lugar certo.
Como diretor de futebol, o clube empossou um dos seu maiores atletas, que começou nas divisões de base, foi jogar no Flamengo e passou 10 temporadas no futebol português honrando a vocação maior do nosso país: Vinicius Righi.
Além de craque de bola, é filho de Remo Righi, um dirigente além do seu tempo, que nos deixou antes do tempo. E, pra completar o legado, neto de João Pereira Lopes, seu presidente de honra eterno. Como o futebol do clube pode cometer equivocos comuns aos cartolas, estranhos ao ninho, com Vinícius comandando algo que sempre fez parte de sua vida?
E fora de campo, elegeram como presidente, Gustavo Coca, um representante da nova geração, um empreendedor nato, antenado e criativo que cresceu aprimorando suas receitas de como atrair publico, e renda, para suas realizações.
Coca, que se notabilizou como um promoter de sucesso da Boate de Natal do CAER, um marco em nosso calendário, fez do centenário do clube um espetáculo de otimismo e esperança sobre os próximos passos do Entrerriense FC.
Ao seu lado, empresários conceituados, como Roselito, Romildo, entre outros, como avalistas de um novo e grandioso progresso.
Por todos os lados, encontramos craques, como Nando, Mazinho, Moninho e Denilson, que construíram a sua grandiosa história. Massagistas, como Neca, treinadores, na figura de Ricardo Barreto e Márcio Fernandes.
E nos telões, imponentes, audaciosas, foram exibidas as imagens dos novos capítulos dos primeiros anos do seu próximo centenário.
Parabéns a todos.
HERÓI DO TRI
por Elso Venâncio

O tricampeão do mundo Marco Antônio foi um dos grandes laterais do futebol brasileiro. Carlos Alberto Torres jogava no Santos e viu Marco Antônio treinando na Portuguesa Santista. Imediatamente, o indicou ao Fluminense, onde o promissor atleta chegou com 17 anos, em 1968, e não demorou para assumir a posição de titular. Logo viriam os títulos da Taça Guanabara e do Campeonato Estadual de 1969, sendo o Carioca conquistado em um histórico Fla-Flu.
Telê Santana, o técnico tricolor, tinha o time base com Félix; Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Denilson e Lulinha (Samarone); Wilton, Flávio, Cláudio Garcia e Lula (Gilson Nunes). O goleador gaúcho Flávio Minuano, artilheiro do Estadual com 15 gols, foi o autor do gol do título. Flávio afirma ter marcado mais de 1.000 gols em sua carreira, mas não há registro oficial dessa marca, sempre por ele lembrada.
Marco Antônio tinha 1m85 de altura e jogava com a cabeça erguida. Hoje, seria um ala, já que atacava sempre e fazia gols. Ótimo cobrador de faltas, embarcou como titular da Seleção Brasileira para disputar a Copa do Mundial de 1970. Antes do Mundial, uma contusão o afastou momentaneamente da equipe. Só que Everaldo, seu substituto, também se contundiu durante a Copa. Marco Antônio entrou na vitória por 3 a 2 diante da Romênia e foi mantido nos 4 a 2 sobre o Peru. Zagallo, então, revelou que Everaldo voltaria, porque Carlos Alberto apoiava muito pela direita, como Marco Antônio em seu setor. Já Everaldo se preocupava com a marcação.
De volta às Laranjeiras, o jovem lateral-esquerdo ajudou o Fluminense a conquistar o Campeonato Brasileiro de 1970, considerado o maior da história, com a presença do Rei Pelé e dos demais campeões no México. No ano seguinte, voltou a ser campeão da Taça Guanabara e conquistou novamente o Carioca, na decisão com o Botafogo, dos astros Jairzinho e Paulo Cezar Caju. A Selefogo, como era conhecida, disputou a final desfalcada de Jairzinho, que ficou de fora da final devido a uma fratura na perna direita.
Entre outros títulos, Marco Antônio ainda deu a volta olímpica nos títulos cariocas de 1973 e 1975, se transferindo em seguida para o Vasco. Era a época do “troca-troca” criado pelo então presidente do Fluminense, Francisco Horta. O “presidente do vencer ou vencer” liberou o goleiro Roberto, Toninho Baiano e o ponta Zé Roberto para o Flamengo, recebendo Renato (para substituir Félix), Rodrigues Neto e Doval. Ao Vasco, cedeu Abel, Marco Antônio e Zé Mário, recebendo Miguel, além de uma quantia em dinheiro. Com o Botafogo, o negócio foi Manfrini e Mário Sérgio por Dirceu.
Pelo Vasco, Marco Antônio sagrou-se campeão da Taça Guanabara, em 1976 e 1977, e do Estadual, em 1977. Jogou ainda no Bangu e no Botafogo. Nos tempos de Moça Bonita, era comum o bicheiro Castor de Andrade abrir uma pasta e distribuir dinheiro para os jogadores, sem permitir deslizes. Antes de um treino pela manhã, Marco Antônio dormia dentro do carro, no estacionamento da sede banguense, quando foi acordado aos gritos pelo supervisor Neco, avisando que o Dr. Castor tinha chegado. Rapidamente, trocou de roupa e sentou ao lado da trave, onde tirou novo cochilo. Ao ver a cena, o patrono do Bangu sacou um Taurus calibre 38, com cabo de madrepérola, e deu um tiro no travessão. Um susto e tanto para o lateral…
Pela Seleção Brasileira, Marco Antônio disputou 52 partidas, de 1970 a 1979, tendo participado também da Copa do Mundo na Alemanha, em 1974, quando o Brasil foi quarto colocado. Hoje, Marco Antônio Feliciano tem 74 anos e mora na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro.
EVOLUÇÃO DISCRETA E EFICIENTE
por Fabio Lacerda

Ao longo dos últimos 25 anos, o futebol equatoriano vem sendo coadjuvante com picos de protagonismo no continente sul-americano. Mesmo assim, pouco se fala da ascensão de um dos dois países que não fazem fronteira com o Brasil. O Equador participará da quinta Copa do Mundo, e não é ironia do destino que todas elas são a partir da primeira Copa do século XXI.
Muito se fala da Venezuela, que foi vice campeã mundial sub-20 em 2017, o Uruguai que voltou a revelar jogadores em profusão, embora, o certame nacional ainda não apresenta tantas novidades quanto aos campeões nacionais, da Argentina, que por mais que a crise econômica que assola o país desde a virada do século, segue sua veia exportadora de grandes jogadores. Mas falar da seleção equatoriana e dos clubes, ainda há uma lacuna.
Segunda colocada das Eliminatórias para a Copa do Mundo em 2016, o Equador chegará à América do Norte muito mais experiente, e com possibilidades de uma performance melhor que na Copa do Mundo do Catar quando somou quatro pontos no grupo A e não classificou para as oitavas-de-finais. Apesar da eliminação, o Equador não foi passear no Oriente Médio e conhecer um dos países mais prósperos do planeta. Foi adquirir experiência para jogar a primeira Copa do Mundo que terá três países-sedes.
A seleção La Tri dirigida pelo argentino Sebastián Beccacece, que assumiu o cargo em 1º de agosto de 2024, além da fazer a melhor campanha da história nas Eliminatórias, conta com jogadores exponenciais no Velho Continente. O volante Caicedo, apontado como um dos melhores do mundo, é campeão mundial de clubes com o Chelsea. Jogador insubstituível, hoje em dia, na equipe londrina. Outro é Pacho, quarto-zagueiro do Paris Saint-Germain, campeão da Liga dos Campeões. Piero Hincapié é outra pérola da nova geração. O zagueiro, que foi campeã da Bundesliga com o Bayer Leverkusen, despertou o interesse do Arsenal, atual clube do jogador eleito para a seleção do mundial sub-20 em 2022, e da centenária Copa América em 2024. Há também Gonzalo Plata, jovem promessa do futebol equatoriano que é uma realidade no Flamengo.
Quanto aos clubes, alguns atingiram as glórias sul-americanas desbancando os argentinos, brasileiros, uruguaios e paraguaios. Na final da Libertadores de 1998, o Barcelona de Guayaquil foi o primeiro insight do início da evolução. E passados 27 anos, o gigante equatoriano ainda é desdenhado nas conversas informais. Ninguém lembra que o Barcelona de Guayaquil teve a melhor defesa da fase de grupos da 39ª edição da Libertadores da América. Ninguém quer lembrar que aquele time dirigido por Ruben Darío Insúa, o “El Poeta” do futebol argentino.
Passaram-se os anos, e em 2018, o início da consolidação do futebol equatoriano entre os clubes da América do Sul. A LDU conquista a Libertadores da América sobre o Fluminense gerando mais um histórico “Maracanazo”. A mesma LDU, após colocar as mãos na “Glória Eterna”, conquistou duas Copas Sul-Americanas(2009 e 2013) e duas Recopas (2009 e 2010). E a LDU na altura dos seus 95 anos, está prestes a jogar mais uma final de Libertadores este ano. O Palmeiras vai precisar reverter um placar que aconteceu somente cinco vezes na história da competição.

Por fim, o Independiente Del Valle. O clube vem se tornando uma fábrica de talentos no Equador. A seleção, que teve a melhor performance da história das Eliminatórias, possui sete jogadores formados em Sangolquí, uma das cidades mais desenvolvidas do país na província de Pichincha.
Apesar da diferença etária para a LDU, o Independiente Del Valle segue sua saga de revelar jogadores com potencial de comercialização com os principais centros mundiais, e caminha pela mesma vereda de títulos do rival. O Independiente Del Valle é bicampeão da Copa Sul-Americana (2019 e 2022) e campeão da Recopa (2023) silenciando o Maracanã. Assim como fez o rival, Los Rayados Del Valle, também foi protagonista de um Maracanazo ao vencer o Flamengo nos pênaltis.
Ambos os clubes decidem suas sortes na temporada continental. A LDU, com a faca e o porco na mão, enfrenta o Palmeiras na próxima quinta-feira, 30, podendo calar o Allianz Parque. Já o Independiente Del Valle joga a sorte na Arena MRV para chegar a mais uma decisão de Sul-Americana. Grandes sensações estão por vir.

Ronaldinho Gaúcho acelera com a MotoChefe e assina o novo modelo elétrico, o R-10

Ronaldinho Gaúcho é anunciado como novo embaixador da MotoChefe. A chegada do camisa 10 promete alavancar a marca com o carisma, jovialidade e uma série de novidades. Dentre elas, o lançamento do novo modelo elétrico R-10, assinado por ele, que será lançado em janeiro do ano que vem.
O anúncio foi feito na 1• Convenção MotoChefe Experience, que aconteceu na tarde dessa sexta-feira (17), no auditório do Rialle Brisa Hotel, na Barra da Tijuca reunindo centenas de pessoas, incluindo diretores, franqueados e jornalistas.
Para o diretor da marca, Igor Bastos, a chegada do novo embaixador está ligada a um marco significativo na potência sustentável que mais cresce no país.
“Ronaldinho foi escolhido a dedo pela nossa direção. Ele é uma pessoa extremamente alto astral, carismático e que temos certeza que vai representar bem a marca trazendo uma alavancagem exponencial nas vendas dos modelos”, disse.
No último mês, o ex capitão do Flamengo, Diego Ribas já havia recebido o título de embaixador da marca, fruto de uma longa parceria, assim como os nomes de Léo Macaé, Negrette e Xurrasco, já fazem parte do time MotoChefe.
De jeito leve e descontraído, Ronaldinho Gaúcho, falou das suas expectativas junto a marca: “A MotoChefe vem nesse cenário como uma solução de mobilidade urbana e sustentável, que é um conceito que não dá para deixar de falar nos dias de hoje. Estou ansioso pela chegada do modelo em janeiro. Espero que seja um dos campeões em venda, e depois, é só aproveitar para dar aquele rolé desviando dos buracos e do trânsito da cidade”, brincou Ronaldinho.
Em entrevista coletiva, o craque fez as saudações aos amigos motociclistas de longa data da comunidade da Rocinha e ainda confirmou que, nomes como os de Lionel Messi, Luís Felipe Escolari e Rivaldo estariam entre um dos seus “selecionados” para um primeiro teste drive do R-10 na orla carioca.