por Zé Roberto Padilha
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Em nome da profissão que abraçamos, de atleta profissional de futebol, gostaria de lhe agradecer pelo seu exemplo. As novas gerações precisavam ter em quem se espelhar.
Você e o Nenê, com sua postura, não apenas elevaram a expectativa de vida alcançada por um atleta profissional, como subiram o conceito do jogador de futebol junto a nossa sociedade.
Lembro bem, nos anos 70/80 em que joguei, de entrar no avião junto a delegação e as aeromoças se contorcerem: “Lá vem aquela cambada!”. Era constrangedor. E era merecido pela bagunça que fazíamos.
Aos 17 anos, você e Robinho iniciaram a saga dos Garotos da Vila. Uma fábrica de craques que seguiu revelando Ganso, Neymar, Gabigol, Gustavo Henrique, Thiago Maia. E daquele time mágico, campeão brasileiro de 2002 , só você permaneceu em cena.
Elano ja virou treinador e Robinho seguiu o roteiro da maioria dos que ficam pelo caminho: anexar os prazeres que rondam a profissão, como a caça às Marias Chuteiras, baladas, pagodes e bebidas ao seus deveres profissionais.
Não é fácil resistir aos encantos que se apresentam aos que passam, aos 20 anos, de uma ajuda de custo amadora para um alto salário profissional. Vem o carro, o apartamento, os “novos amigos” e.. lá se foi uma promessa perdida em meio à farra.
Ao assistir seu desempenho contra o Coritiba, o jogo que precedeu sua última partida, contra o Avaí, percebi o quanto de seriedade, garra e sabedoria você tem passado para essa saga de Matheuszinhos.
É bom eles saberem que sob o manto sagrado em que Bruno foi condenado, Adriano viu seu império vir abaixo e Ronaldinho ser aprisionado, também vestiu a camisa do Flamengo jogadores do seu nível.
Que a dignificaram do começo ao fim.
OTIMO TEXTO CARO PADILHA,JOGADORES COMO O DIEGO E O DIEGO GOLEIRO DIGNIFICAM O TRABALHO DESTES ARTISTAS.