Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

O BRASIL NA COPA DO MUNDO DE 1938 – A BATALHA NA LAMA E O GOL DESCALÇO

3 / março / 2024

por Victor Kingma

França, 1938. O Brasil fazia a sua estreia na terceira Copa do Mundo contra a Polônia com enorme expectativa da torcida.

Até porque o time era formado por uma constelação de craques da época, com destaques para os lendários Domingos da Guia e Leônidas da Silva. A seleção era uma das favoritas ao título.

Ao entrar em campo no dia 5 de junho daquele ano, o otimismo da torcida parecia se confirmar: a seleção começa dominando totalmente o jogo e vai para o intervalo vencendo por 3 x 1, com gols de Leônidas, Romeu e Perácio. Szerfke descontou para os poloneses, num pênalti cometido por Domingos da Guia.

No segundo tempo, entretanto, uma forte chuva tornaria dramática a partida. Com o gramado totalmente enlameado, o avante Willimowski marca duas vezes e empata a partida: 3 x 3!

O Brasil reage e novamente Perácio, aos 26 minutos, volta a marcar: 4 x 3. Resultado que classificaria o time para as quartas de final. Naquela época todos os jogos eram eliminatórios.

Tudo parecia controlado quando, aos 44 minutos, Willimowski, um dos maiores artilheiros da história da seleção da Polônia, empata novamente: 4 x 4. E o dramático jogo vai para a prorrogação. Se persistisse o empate seria necessária a realização de outra partida, dois dias depois.

Mas aí, logo no primeiro tempo da prorrogação, brilhou de vez a estrela de Leônidas da Silva, o artilheiro com 7 gols e melhor jogador da Copa.

O astro maior da seleção marca duas vezes, tranquilizando seus companheiros. Com 6 x 4 no placar, o Brasil passa a tocar a bola e administrar o resultado.

No finalzinho, com os jogadores exaustos, Willimowski ainda fez o seu quarto gol na partida, que terminou 6 x 5. Até hoje foi o jogador que mais gols marcou contra a seleção brasileira numa Copa do Mundo.

Um fato, no entanto, só revelado pelo próprio Leônidas anos depois, poderia ter mudado o resultado da histórica partida e o destino do Brasil naquela Copa em que terminou em terceiro lugar:

Em meio ao lamaçal, sua chuteira tinha soltado a sola e ele não tinha outro par. Enquanto os membros da delegação tentavam a todo custo conseguir outra com o seu número, pois ele calçava apenas 36, continuou em campo só de meias. Devido à chuvarada o juiz não percebeu. Então, após o rebote de uma falta na barreira, emendou de primeira e marcou descalço, como nos tempos de pelada, um dos gols da vitória da seleção. Fato totalmente inusitado numa Copa do Mundo.

TAGS:

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *