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NOVO FRACASSO DA SELEÇÃO

27 / março / 2023

por Elso Venâncio

Ao longo dos últimos anos, os adversários vêm perdendo o respeito pela antes temida e poderosa Seleção Brasileira. Cheguei a ouvir que Marrocos era favorito, que deu a lógica. Como assim? É a primeira derrota sofrida em toda a História para essa escola africana.

O resultado não pode ser recebido com naturalidade. Ou o jejum superior a 20 anos sem conquistar Copa do Mundo alguma passou também a ser um fato normal?

Flávio Costa disse que o futebol brasileiro cresceu da boca do túnel para dentro do campo. Hoje, a fragilidade é dentro e fora de campo.

Péris Ribeiro, o biógrafo do Didi, acaba de me presentear com o livro “Paulo Machado de Carvalho – ‘O Marechal da Vitória’”. Confesso a falta que faz um ‘Marechal da Vitória’. Um dirigente que, depois de ouvir Didi e Nilton Santos, falou com Feola para escalar Pelé e Garrincha na Copa de 1958, a da Suécia, da nossa primeira conquista mundial.

Tite não deveria ter dirigido a Seleção após o fracasso na Rússia. A derrota nas quartas de final estava anunciada. O técnico convocou veteranos, como Daniel Alves, amigo do Neymar, sem nenhum questionamento. Apenas Telê Santana, o nosso grande comandante, perdeu uma Copa e foi mantido na seguinte.

Mestre Telê foi afastado por Giulite Coutinho, mesmo tendo formado um time que encantou o mundo, em 1982, na Espanha. Passaram pelo cargo Carlos Alberto Parreira, Edu, Evaristo de Macedo, até que, bem próximo à Copa do México, Telê foi reconduzido ao cargo, por Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid.

Antes do Mundial no Catar, todos sabiam que Tite não continuaria. A CBF decidiu esperar por Carlo Ancelotti, apostando no italiano, velho conhecido de alguns jogadores e ex-jogadores. A hora seria de Fernando Diniz, pelo que vem realizando, pela idade e pela forma ousada de jogar. Nós deixamos de ser protagonistas quando abandonamos o vitorioso futebol-arte.

Essa onda de técnicos europeus faz o Flamengo sonhar com Jorge Jesus, que se um dia voltar, certamente melhorará o time, sim. Disso não há dúvidas. Só que ele não repetirá o trabalho espetacular, mas atípico, que fez em 2019.

Que também não haja dúvidas em relação a isso.

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