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Mirandinha

6 / outubro / 2018

O ARTILHEIRO DA SUPERAÇão

entrevista: Paulo Escobar e Sergio Pugliese | texto: Paulo Escobar | fotos e vídeo: Daniel Planel, Johnyy Jamaica e Ruth Bessa

Parecia que as coisas não estavam se dando nesse dia frio, até Sérgio marcou um gol aos 45 do segundo tempo. Foi assim, na agonia dos acréscimos, que a equipe do Museu da Pelada conseguiu como que por um milagre esta resenha maravilhosa com Mirandinha.


A descida rumo a Santos, cheia de aventuras pelo caminho, além das boas conversas e risadas nos levou a esta grande figura do futebol brasileiro. O que dizer deste que foi sem dúvida um atacante rápido e raçudo, que dentro de campo deixava tudo de si. Ao chegar no local da resenha, encontramos Mirandinha sentado na porta de casa esperando por nós, e com um sorriso e um abraço em cada um dos que estávamos ali aconteceu este bate papo bacana e de muito aprendizado.

A marca daquele dia trágico na sua carreira, quando numa divida com o zagueiro Baldini aconteceu uma das cenas que talvez seja uma das mais fortes do futebol brasileiro, ainda é visível. Mirandinha, que saiu com a perna quebrada desse lance, ainda tem aquela mesma humildade do dia em que Baldini foi ao seu quarto lhe pedir desculpas, e o atacante disse que o culpado foi ele e não Baldini, pois ele ia em todas as bolas e nunca era de tirar o pé.

Nesta resenha a equipe do Museu da Pelada juntou a galera do Rio e de Sampa num formato descontraído e livre, no qual o entrevistado se sente à vontade para contar sobre sua carreira, a descoberta do pai que o incentiva a jogar no ataque, a volta por cima depois da contusão e sua carreira goleadora. Mirandinha é o tipo de jogador que está em extinção nos dias atuais. Era considerado um dos atacantes mais rápidos e de uma explosão de velocidade misturada à sua raça, que atormentava a vida dos zagueiros.


Sem palavras para descrever o encontro com esta lenda, que também jogou a Copa de 74, naquele fatídico dia do Brasil e Holanda. Gostaríamos de agradecer mais uma vez ao Mirandinha e deixar o registro que, além da extinção deste tipo de atacante no futebol brasileiro, possui uma humildade características de muitos dos ídolos do passado e tão ausente nos ídolos do presente.

Muito obrigado, craque Mirandinha, por nos brindar histórias e aprendizados, e nos aquecer com sua receptividade e humildade naquela tarde fria de Santos.

 

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