por Zé Roberto Padilha
Evaristo de Macedo, além do excepcional jogador que foi, deu a cada um atleta que treinou lições definitivas. E uma delas veio à tona quando um jogador uruguaio foi expulso. E o Brasil voltou para o segundo tempo com um jogador a mais.
No Santa Cruz FC, onde nos treinou no final dos anos 70, aconteceu algo parecido na Ilha do Retiro. Um jogador do Sport foi expulso e perdíamos por 1×0. A primeira coisa que fez foi me tirar do time. Era um ponta esquerda que armava as jogadas e ele colocou o Joãozinho, um ponta ofensivo, no meu lugar. E viramos o jogo.
Chateado, claro, com a substituição, na representação ele explicou sua atitude.
Evaristo disse que com um a mais você só leva vantagem se abrir o campo. Literalmente. E para isso ele precisava abrir os espaços com dois pontas ofensivos. Se colocasse mais um atacante, afunilaria as jogadas e facilitaria a marcação.
Uma pena que Dorival Jr não tenha assistido essa aula. Com espaços reduzidos, às vezes ter um a mais até atrapalha.
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