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BRASILEIRÃO DE 1971, A DESCOBERTA DE UM GÊNIO CHAMADO ROBERTO DINAMITE

21 / maio / 2021

por Erismar Silva


No ano de 1971, iniciava a era Campeonato Brasileiro em nosso futebol. No ano em que o Clube Atlético Mineiro conquistou seu único título do Brasileirão até o momento, o que não faltam são histórias e curiosidades. Após 1 ano da conquista da Copa do Mundo de 1970, os olhos se voltava para o nosso futebol, a qual, tínhamos um “Brasileirão” se iniciando.

Nas temporadas anteriores a competição tinha nomes diferentes, e claro, o formato também eram outros. Vale lembrar também, que mesmo com esse novo nome, os formatos da competição dificilmente se repetiram. Nos gramados brazucas daquele ano, desfilava a maestria futebolística de um gênio da bola, chamado Dadá Maravilha, craque do Atlético Mineiro.

A famosa “subida no ar” de Dadá contra o Botafogo no jogo decisivo, calou mais de 84 mil torcedores no Maracanã. Dadá era um verdadeiro gênio. Naquele ano, ele foi o artilheiro da competição balançando as redes 15 vezes e, consequentemente, eleito o craque daquele ano. Com 20 clubes representando oito estados, o Brasileirão se consolidava com grandes disputas e rivalidades.

Nos embalos da canção mais tocada daquele ano, “Detalhes” do Rei Roberto Carlos, o nosso futebol também embalava a galera. Nas arquibancadas, 80 mil era o mínimo em vários estádios. O charme do Campeonato era a disputa, a rivalidade e a busca incessante da vitória. No Clube Atlético Mineiro, além de Dadá, a base do time mineiro era essa: Renato, Humberto, Grapete, Vantuir, Odair, Vanderlei, Humberto Ramos, Ronaldo, Beto, Dadá Maravilha e Romeu. Técnico: Telê Santana

O ano ficou marcado pela última partida do Rei Pelé com a camisa Seleção Brasileira. No Estádio do Maracanã, o Brasil encarava a antiga Iugoslávia, o jogo terminou empatado em 2×2. No momento em que o país ainda estava no regime militar, sob o comando do General Medici, amargava o mais terrível momento da nossa história, conhecido como os “Anos de Chumbo”, em que a repressão era pesada. Para muitos, o futebol e a música, eram o refúgio para fugir das tensões do Regime Militar.

Naquele ano, foram marcados 419 gols por 20 clubes, com uma média de público de aproximadamente 20.300 torcedores por jogo. No jogo entre a Portuguesa e o Palmeiras, válido pela primeira rodada do Brasileirão, ocorreu a primeira expulsão do campeonato, aos 47 do segundo tempo, Eurico do Palmeiras e Tatá da Portuguesa foram expulsos.

E as curiosidades não param por aí. Naquele ano, o futebol conhecia um dos maiores jogadores da história do nosso futebol, artilheiro vascaíno, Roberto Dinamite. Em um jogo entre Vasco da Gama e Internacional de Porto Alegre, o então garoto da base foi chamado para integrar o time principal do Cruzmaltino, assim, fazendo a sua estreia como profissional. Em uma entrevista ao Portal Uol, Dinamite relata como surgiu o apelido que o consagrou no futebol.

Na partida contra o Colorado, o garoto entra no segundo tempo, recebe a bola na entrada da área, dá um corte no zagueiro Ferretti, e solta um “foguete” para balançar a rede. No Jornal dos Sports no Rio de Janeiro, o jornalista Aparício Pires, destacava seguinte Manchete: “Garoto-Dinamite, explodiu no Maracanã”. De lá para cá, Dinamite veio fazendo história no futebol, artilheiro em praticamente todos os campeonatos que disputou, no Brasileirão, por exemplo, ninguém fez mais gols que ele até o momento, 190 gols. Depois dessa manchete, o apelido de “Dinamite” ficou eternizado na história do Vasco e do futebol brasileiro.

Voltando a falar do Club Atlético Mineiro, foram 27 jogos disputados com 39 gols marcados e 22 sofridos. 12 vitórias, 10 empates e 5 derrotas. Fatos curiosos desse emblemático campeonato de futebol, não deixaram de acontecer. No clássico entre Botafogo e Vasco da Gama, o zagueiro Brito cometeu um pênalti. Ofendeu o árbitro José Aldo Pereira e foi expulso, não contente, agrediu o juiz com um soco no estômago e foi parar na delegacia. Pegou um ano de suspensão, depois, teve sua pena reduzida, levando em conta seus serviços prestados à Seleção Brasileira. A confusão voltou a acontecer na rodada final da competição, no jogo entre Botafogo e Atlético-MG, Nilton Santos perdeu a cabeça e agrediu o árbitro Armando Marques.

O Brasileirão começava a ganhar forma, e a competição ficava cada vez mais acirrada. As rivalidades se intensificaram entre os clubes locais e também entre os estados. O mundo passava a conhecer ainda mais o nosso futebol, que naquele ano, já tínhamos três títulos de Copas do Mundo. O nosso Campeonato, até hoje é reconhecido como um dos mais disputados de todo o mundo.

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