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A TARDE DOS VENCEDORES

15 / março / 2021

por Zé Roberto Padilha


Tem tardes, raras na vida da gente que é treinador de futebol, em que vamos para casa feliz toda vida independente do resultado. Como no Fla x Flu de ontem, no Maracanã.

Um, Roger, porque venceu a partida, outro, Mauricio Souza, porque venceu no futebol.

Há muito não assistia, durante os 90 minutos, uma aplicação tática, cheia de entrega e qualidade técnica para trocar passes e penetrar pelos flancos, como a do Flamengo. Talvez tenha faltado o Nunes, Gaúcho, Romário, Fio, Silva, Obina, Vinicius e Claudio Adão para confirmar a superioridade.

Há tempos, desde que era jogador do Fluminense, já sabia que a nossa camisa detém uma cumplicidade com títulos e vitórias que transcende a imaginação.

Quantas vezes levei uma faixa para casa que não era destinada a nossa casa. Jogamos menos, mas jogávamos no Fluminense. E ganhamos 71, 73, 75…

Tita, meu amigo e comentarista da partida, quanto maior era a posse de bola do Flamengo, recebeu um Zap meu que dizia: Fluminense 1×0.

Ele devolveu: “Caramba. Vai ser uma surpresa!”.

Sobrenatural de Almeida, o personagem de Nelson Rodrigues, adora surpresas. Incorporou em Lula, 1971, Manfrine, 1973, Assis duas vezes nos anos 80, Renato Gaúcho, em 1995, e ontem levou Igor Julião a acertar um lindo chute de fora da área.

Sabemos que no esporte, como na vida, só sobrevivem os vencedores. Ontem, foi uma exceção. Um Fla x Flu, na sua mais pura concepção, em que os dois venceram.

Mais do que eles, o futebol.

Parabéns aos dois treinadores.

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