por Rafytuz Santos
Caro Gaúcho,
Aqui vai uma confissão de quem vive o futebol como ninguém…
Por tempos eu fui tratada de qualquer forma, anos e anos sendo chutada por jogadores pernas de pau ou até mesmo acima da média em Copas do Mundo, Libertadores, Brasileirões, Liga dos Campeões… anos se passavam e eu sempre era tratada sem o mínimo respeito, com o único objetivo de marcar o gol.
Mas em 1997 isso mudou! Um menino franzino, rápido e sorridente me fez feliz, como eu não era desde as épocas “Pelésticas”! Me dominava com maestria, me passava pelos vão das pernas mais envergonhadas, me fatiava por cima dos mais inúmeros penteados, me jogava por baixo das mais amontoadas formações de barreiras, me balançava nos seus encantadores elásticos…
Como esquecer os momentos com você? Quando sambou comigo na Inglaterra (e eu nunca tinha feito isso hahaha). Quando me fez viajar pelos céus na cobrança de falta na Copa do Mundo de 2002. Quando te vi sendo aplaudido pelo rival… E até quando ia me chutar, você olhava para o outro lado, para não me ver sofrer! Com você eu me sentia uma varinha mágica nas mãos de um bruxo!
Ronaldinho Gaúcho, meu filho! Ninguém me tratou como você, e sentirei saudades das suas bruxarias.
Hoje por você eu paro de rolar… E jamais rolarei como você fazia.
0 comentários