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Volta Redonda

VOLTA REDONDA: A GRANDE DECEPÇÃO DO CAMPEONATO ESTADUAL

por André Luiz Pereira Nunes


Único representante do Rio de Janeiro na Série C do Campeonato Brasileiro, o Clube da Cidade do Aço, promove no momento pífia campanha no Campeonato Estadual.

Após goleada de 5 a 0 sofrida pelo Botafogo, mantém o péssimo retrospecto de 5 pontos, 1 vitória, 2 empates e 7 derrotas. O Voltaço, desse modo, segura a lanterna da tábua de classificação, empatado com outra equipe que geralmente costuma surpreender mas competições, o Boavista, de Saquarema.

Em relação ao Clube da Cidade do Aço, as coisas já pareciam ir de mal a pior desde o começo do certame. O então treinador, Neto Colucci, ao constatar a impaciência da torcida com as más atuações do time, explicava que os melhores jogadores haviam se transferido e que a situação financeira não era nada boa. Em contrapartida, pedia o apoio dos torcedores, moral este que não foi suficiente para livrar o time da, cada vez mais próxima, possibilidade de degola.

Neto Colucci era o terceiro técnico mais longevo do país ao dirigir o Volta Redonda desde o fim de 2020. Chegou, em 2014, para atuar como gerente da base. Passou, em seguida, a treinador do sub-20, auxiliar-técnico e comandante do profissional. Acabaria demitido no final de fevereiro e substituído por Wilson Leite, ex-goleiro do próprio clube, na década de 80, e posterior treinador com várias passagens pelo times do sul do estado. A sua primeira pelo Tricolor de Aço foi em 1988. De lá pra cá, voltaria a dirigir o Volta Redonda em 91, 94, 98 e 2003, além de ter assumido o timão provisoriamente em 2017, 2019 e 2021. Apesar de conhecer intimamente o ambiente, constata-se que não há muito o que fazer se o elenco é fraco.

Vale ressaltar que há décadas o Volta Redonda não disputa uma segunda divisão. A equipe, não só se sedimentou na elite do estadual, como passou a integrar competições de nível nacional como a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro da Série C.

Mas se nada for feito a curto prazo, o ano será realmente desastroso. O nível da Série C nacional é muito mais forte. Periga, assim, ocorrer um novo descenso e, consequentemente, todo um ótimo trabalho desenvolvido por anos será perdido para a tristeza de uma grande legião de torcedores e admiradores de um clube que tem em seu rico pavilhão a conquista do Brasileirão, Série D, em 2016 e o vice-campeonato estadual em 2005.