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PC Caju

MACACO TIÃO

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Olha, posso estar enganado, mas pelas últimas conversas que tenho ouvido não estou mais sozinho nessa história de “não estar nem aí para essa Copa”. Sinto que outros ranzinzas juntaram-se a mim. Não sei se chegaram a usar uma camisa da Suíça, como venho usando, mas juntaram-se.

Usar uma camisa da Suíça é mais ou menos como votar no Macaco Tião, uma forma de protesto. Me perdoem os torcedores fanáticos, mas essa seleção não me representa. A CBF, FIFA, dirigentes, empresários, o técnico, nada me representa.

Qual o sentido de o filho do Neymar descer de helicóptero no campo? Para que essa ostentação desnecessária em um momento como esse?

A seleção virou um produto de marketing exagerado, pernas de pau super valorizados, discursos para boi dormir e blábláblá. O Felipe Luís, em uma coletiva, disse que, hoje, a relação entre torcedores e jogadores é bem mais próxima por conta das redes sociais. Isso só pode ser piada.

Antigamente se eu jogasse mal o torcedor reclamava comigo, direto, olho no olho, na rua, na praia ou no “Noites Cariocas”, evento no Morro da Urca, onde eu sempre marcava presença.

Como eu posso ligar para essa Copa depois de tudo o que fizeram com o Maracanã? E os elefantes brancos que espalharam pelo país? Ficou tudo por isso mesmo!


Qualquer pesquisa aponta o torcedor se afastando dos estádios. É preço, é horário, é violência e é a péssima qualidade do espetáculo. Quem resiste? O que mudou na vida do torcedor após termos vencido a Olimpíada? Ele ficou mais confiante? Zero!!! E se vencermos a Copa? Zero!!!

O que discuto é esse distanciamento, a perda de identidade e como conduziram de forma tão desleixada a maior paixão do brasileiro.

Por isso, reforço, que Macaco Tião é a salvação!!!

MÚSICA E FUTEBOL

por Mateus Ribeiro


Um dia desses, estava conversando com meu parceiro Sergio Pugliese sobre duas das melhores coisas da vida: futebol e música. Só faltou um copo de cerveja para completar a trinca das três maiores invenções do homem (ou dos deuses, vai saber).

No meio da conversa, o grande Sergio enviou uma foto fantástica, onde estavam duas lendas, uma do mundo da bola e outra do universo da música: Paulo César Caju e Peter Frampton, lado a lado. Demorei um tempo para me recuperar, depois de sofrer um choque ao ver um registro desse encontro gigantesco.

Logo após me recuperar, comecei a refletir sobre a forte ligação que o futebol sempre teve com a música. Dessa forma, nasceu a ideia de fazer uma lista de artistas (e bandas) que escreveram músicas sobre o nosso amado esporte bretão. Tem desde MPB até Heavy metal, passando por vários outros estilos. Divirta se!

1 – “Fio Maravilha” (ou “Filho Maravilha”) – Jorge Ben Jor: Gravada em 1972 pelo grande Jorge Ben Jor, em homenagem ao atacante folclórico do Flamengo, muito querido pela torcida.

O jogador ganhou a música de maneira inusitada. Conhecido por não ser exatamente um primor de técnica, era xodó da torcida do Flamengo. Em um amistoso contra o Benfica, no Maracanã, os torcedores começaram a pedir pela entrada de Fio. Zagallo, então treinador do Flamengo, colocou o centroavante, que fez um golaço aos 33 minutos do segundo tempo.

Ganhou a música em sua homenagem, mas tempos depois entrou em uma batalha judicial contra Jorge Ben Jor, pedindo direitos autorais. Perdeu a ação, se arrependeu e pediu desculpas pelo mal entendido.

Apesar de todo esse imbróglio, sorte a nossa desse gol ter sido a origem dessa grande música.

2 – “Forza SGE” – Tankard: O grupo alemão de Thrash Metal Tankard é apaixonado por cerveja e pelo Eintracht Frankfurt, tradicional clube alemão, que já chegou a ser vice campeão da atual Liga dos Campeões da Europa em 1960, e tem uma Copa da Uefa em seu currículo.

A música é uma declaração de amor ao time, e o clipe mostra bem isso, de forma desconstraída e apaixonada. Se você não conhece o trabalho da banda, essa é uma boa oportunidade!

3 – “O Futebol” – Chico Buarque: Uma música que, dentre outras coisas, narra uma jogada imaginária entre Pelé, Pagão, Didi e Garrincha não poderia ser menos que genial. Chico Buarque, apaixonado pelo futebol, não decepcionou, e gravou uma obra, tão bela quanto essa jogada entre esses quatro monstros.

4 – “É Uma Partida de Futebol” – Skank: Se você tem mais de vinte anos, e não passou os últimos anos do Século Passado na Lua, já ouviu essa música.

O clip da música traz cenas de um Cruzeiro x Atlético Mineiro, um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. Já a letra fala sobre toda a emoção que uma partida de futebol proporciona. Destaque para o trecho “…que emocionante é uma partida de futebol…”. Bom, tá certo que naqueles dias, o futebol era muito mais interessante, né? Mas vale ouvir a música como forma de relembrar aqueles dias melhores.

5 – “The Beautiful Game” – New Model Army:  Em 2014, a banda Inglesa gravou uma música em parceria com a ONG Spirit Of Football, que visa aproximar as pessoas através do esporte mais popular do mundo.

Uma grande música, e um vídeo muito bacana, ambos com belas mensagens!

6 – “BiCampeão Mundial” – Tião Carreiro e Pardinho: A maior dupla de violeiros do Brasil não poderia ficar de fora.

A música, como o título diz, fala sobre a campanha do Brasil na Copa de 1962, quando a Canarinho conquistou pela segunda vez o título Mundial. É dar o play e viajar no tempo.

7 – “Vexamão” – Elis Regina & Pelé: A música não fala exatamente sobre futebol. Mas um encontro entre uma das maiores vozes femininas do nosso Brasil e o Rei do Futebol não poderia passar em branco.

Vale lembrar que a inesquecível Elis Regina ainda gravou “Aqui é o país do futebol”, no disco Transversal do Tempo (1978). A música, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, fala muito bem sobre a relação que o torcedor tem com o futebol, e como o futebol afeta (ou afetava) a vida do brasileiro. Vale ouvir ambas!

8 – “Ponta de Lança Africano” (Umbabarauma) – Soulfly: Max Cavalera é um grande fã de futebol, e invariavelmente é visto com camisas de algum clube. Uma das provas de seu amor pelo futebol é a regravação da música “Ponta de Lança Africano”, composta por Jorge Ben Jor (olha ele aí de novo).

A canção, que faz parte do disco de estreia do Soulfly, mistura a música pesada com muitas influências variadas, características sempre presentes no trabalho de Max.

9 – “Camisa Dez” – Luiz Américo: Escrita tempos depois do tri mundial, questionava quem seria o substituto de Pelé como o camisa dez da Seleção.

Mal sabia o sambista que décadas depois, a camisa dez estaria quase morta e enterrada…

10 – “Replay” – Grupo Esperança: A última da lista é especial demais, e me faz lembrar quem me inspirou a escrever o texto.

Ouvir futebol no rádio é uma das coisas mais emocionantes na vida de um ser humano. E quem nunca chorou ao ouvir o gol de seu time com o maravilhoso refrão “é gol, que felicidade…” ao fundo?

Agradeço ao Trio Esperança, formado pelos irmãos Mário, Regina e Evinha, que gravou essa maravilha. A música narra um gol fictício de PC Caju, o monstro que além de ter inspirado esse texto, é uma das pessoas que eu mais admiro na arte de escrever sobre futebol.

Muita coisa boa ficou de fora, mas por questão de espaço, resolvi listar só dez. E você, quais músicas sobre futebol te despertam mais emoções?

Até a próxima, pessoal. Um abraço!

 

 

 

 

CONSISTÊNCIA ZERO

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


(Foto: Nana Moraes)

A “consistência de carreira” foi o critério adotado pelo “professor” Tite para a convocação dos jogadores. Antes escolhia-se pelo futebol… Mas Tite vive buscando esses termos em seu dicionário “Chatês”.

É uma tentativa de dar peso a um grupo sem carisma, sem sal e zero de identificação com grande parte do torcedor. Mas fazer o quê? É a globalização, nesse caso, como tem bola no meio, é a globolização…. Antes a base da seleção era o Botafogo, o Santos, o Cruzeiro. Hoje é o Manchester City, o Shakhtar Donetsk.

Do Brasil, Cássio e Fágner, claro do Corinthians, para agradar a massa. “Mas Tite, o Grêmio está atropelando, não vai levar nenhum de lá?”, deve ter alertado algum assessor. E entre o craque Luan e Geromel, mais um zagueiro comum, é óbvio que ele optou por um defensor.

Sem qualquer saudosismo, mas essa seleção e a do 10×1 são as piores da nossa história em Copas do Mundo. Qualquer uma das outras, mesmo as que não conquistaram o caneco, deixariam esses convocados na roda.


“Mas, Caju, você não gosta de ninguém?”. Já disse mil vezes e repito: Marcelo, Philippe Coutinho, Neymar e William são craques! Mas o conjunto da obra é ruim, bem ruim. E se é o que temos para hoje que repensem o nosso futebol e não venham com essa balela de “consistência de carreira”.

Resumindo, se essa seleção fosse um filme e eu um crítico de cinema, o meu bonequinho seria aquele indo embora da sala. E no meu caso xingando uns bons palavrões!  

ALÔ, SAMSUNG!!!

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


(Foto: Nana Moraes)

Essa história de marketing funciona mesmo, impressionante! Tem gente que cai de primeira, compra livro por causa da capa bonita, chora em anúncio.

Por falar em anúncio a Samsung bem que poderia se lembrar do negão aqui, hein, Kkkkk!!! Quem não chora, não mama! É mais ou menos assim que funciona. Ou vocês acham que o Alisson é melhor do que o Jefferson? Nos últimos dois jogos levou um caminhão de gols, mas ninguém fala nada. Moleque estiloso, galazão! Acham que isso não ajuda? Ajuda e muito!!!

O Jefferson foi barrado escandalosamente pelo Dunga e ficou de bico calado. Deveria ter se posicionado!!! Por que nunca foi para a Europa? O Júlio César, nada contra, levou 10 gols nos últimos dois jogos da Copa mas foi homenageado com uma bela festa de despedida pela torcida do Flamengo. Garoto bonzinho, gente fina, merece. Mas e o Barbosa, outro negro abandonado pelos marqueteiros?


Homenagens sempre são bem-vindas e ninguém deve carregar cruz durante a vida toda. Mas que elas sejam para todos! Quem teve mais marketing na carreira, Kaká ou Rivaldo? Os sem mídia devem cortar um dobrado para serem reconhecidos.

Vejam o caso do Salah. Ouço muita gente falar que chegou no ônibus agora e já quer se sentar na janela. Peraí, o Salah há três anos já vem merecendo essa chance. Mas é egípcio, não tira a camisa e mostra a barriga tanquinho, não é um produto de marketing. O Salah faz um trabalho social magnífico, de verdade. Porque até isso é modismo, montar institutos para ficar com fama de bom moço. Tudo por orientação dos mil assessores e empresários. Entendam, tem que ser legítimo!!!


O Neymar outro dia apareceu em uma propaganda de cerveja. Sinceramente, vocês acham que ele bebe aquela cerveja? Então, por que deixar que usem sua imagem desse jeito? Digo deixar que usem porque também é trabalho dos empresários que só pensam nos cifrões. Ele só vai lá e grava, não sabe nem do que se trata.

Eu é que sou burro, com esse jeito contestador não me convidam para nada! Alô, Samsung, lancem uma tevê que cuspa fogo e me chamem para ser garoto-propaganda, afinal o O Caju precisa brilhar!!!!  

CADÊ O LUXA?

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


(Foto: Nana Moraes)

Tem um tema que me persegue nas ruas: se todo treinador deveria ter sido jogador. Acho fundamental, sim! Claro que eles devem se preparar, se atualizar, porque nunca é demais estudar, observar, ler, enfim, aprender. Isso é obrigação de todos, inclusive dos jogadores.

Agora, os professores de educação física, que nunca pegaram em uma bola, vai ser difícil aprenderem de um dia para o outro a fazer três embaixadinhas. Com o futebol de hoje poderiam contratar o Usain Bolt!!! Por sinal, ele assinou com o Dortmund, da Alemanha, mas como jogador, Kkkkkk!!! Sinal dos tempos!

Fico me perguntando por onde anda o Vanderlei Luxemburgo. Pelo que sei, conquistou cinco Brasileiros, oito Paulistas e uma penca de outros títulos. Será que ele desaprendeu ou é o futebol que anda muito estranho? Cadê o Luxa, Jayme, Gaúcho, Jair Pereira, Joel Santana? Ah, estão ultrapassados, não se prepararam para esse novo momento…mas qual é esse novo momento que eu não consigo enxergar???


Luxemburgo, Evaristo e Falcão ficaram pouquíssimo tempo na seleção, foram usados e descartados. Ah, mas não são gestores de pessoas, como pede o cenário atual….me engana que eu gosto!!!

A imprensa transforma muitos em personagens caricatos. Talvez o terno do Tite seja de uma grife melhor do que o usado pelo Luxa, talvez hoje seja necessário um gumex na cabeleira, falar em tom professoral, ter curso de Psicologia, RH, Administração, Fonoaudiologia, Cinema para ficar fazendo caras e bocas à beira do campo, Moda, boas maneiras, isso para os professores.

Os jogadores hoje investem em maquiagem, tatuagem, dancinha e artes marciais. E o futebol? Ah, esquece, alguém se importa com futebol?