Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Luiz Henrique

SÓ O TITE NÃO VIU

por Zé Roberto Padilha


O treinador da Seleção Brasileira foi assistir aos últimos jogos do Fluminense. E só ele, e sua obsessão por quem atua fora do nosso país, não foi capaz de reconhecer as duas novas pérolas do nosso futebol: Calegari e Luiz Henrique.

Até o Matinelli ele preferiu convocar o similar importado.

Atuando do lado direito, onde nossa seleção tem encontrado sérias dificuldades desde que Cafu se aposentou e Mané Garrincha nos deixou, Calegari e Luiz Henrique tem nos oferecido momentos raros de criação e inspiração.

Um entrosamento que trazem desde as divisões de base. Desde Xerém. Não é todo dia que surgem dois grandes craques assim em nosso futebol.

Um lado direito tão ruim, o da nossa seleção, que Fagner foi titular das últimas Copas do Mundo e Daniel Alves, próximo do seu jogo de despedida, foi convocado para sua milésima participação.

Nem ele aguenta mais apoiar, muito menos Thiago Silva e Marquinhos cobrirem o buraco que ele deixa escancarado às suas costas.

Para nós, que jogamos futebol, a convocação para a seleção brasileira representa um prêmio, um reconhecimento a uma fase esplendorosa da nossa carreira.

Sabe aquele choro do Pelé, saindo do Santos novinho, convocado para defender a seleção do seu país na Suécia? Mais ou menos o que estão sentindo os civis ucranianos, saindo às ruas para defender a sua pátria.

Só que as guerras no futebol são pacíficas, armas de chuteiras, balas de uma bola sintética, que já foi de couro e que não querem destruir ninguém, apenas acertar o gol e impor o talento e a vocação proprios de uma nação.

Calegari e Luiz Henrique mereciam estar na lista, mas não foram jogadores do Corinthians aos quais Tite deve eterna gratidão. Tantas tem demonstrado, que escalou contra a Bélgica, na última Copa do Mundo, Fagner, Paulinho e Renato Augusto.

A Bélgica nos eliminou por 2×1. E ele continuou no cargo a distribuir gratidão, não ao seu país, à sua profissão. Mas aos seus interesses particulares, sensíveis aos assédios dos empresários que rondam à CBF, somados às palestras e preleções de auto-ajuda quem nem o Paulo Coelho aguenta mais.

Fora, Tite !