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Sávio

19 / janeiro / 2020

ANJO LOIRO DA GÁVEA

por Eduardo Lamas

Sávio é sem dúvida alguma um grande ídolo da torcida rubro-negra, mas se sente em dívida. Queria ter dado mais, muito mais ao Flamengo. No entanto, como negar que a sua tarefa, a de ser o primeiro ídolo do clube após o fim da carreira de Zico e Júnior, era hercúlea? Ainda mais numa época de muitas dívidas, gastos inconsequentes e falta de estrutura na Gávea. O Ninho do Urubu, só que de fácil acesso, festivo, festeiro, era lá.


No nosso papo, logo após ser entrevistado online por Zico, Sávio demonstrou uma certa tristeza por não ter conquistado mais títulos com a camisa rubro-negra. Porém, todos sabemos que nunca será esquecido pelos torcedores do seu clube de coração desde criança. Além do mais, o futebol foi muito generoso com o seu imenso talento, pois além das que viveu no Flamengo, teve ainda mais alegrias no exterior, especialmente na Espanha, no Real Madrid e contra o time da capital espanhola. E hoje, embora diga que não joga mais, até foge das peladas, continua atuando no futebol. Foi a sua empresa que intermediou a ida de Filipe Luis para o Flamengo, por exemplo.

Quem me informou que Sávio estava morando em Florianópolis foi o ex-repórter das TVs Manchete e Bandeirantes Edilson Campos, com quem tive o privilégio de trabalhar no Jornal dos Sports, entre 1990 e 91, e indicado por ele para substituí-lo no Lance Multimídia, na Quarta-Feira de Cinzas de 2001. Pensava eu que vivesse em Vitória ou Vila Velha o Anjo Louro da Gávea (peço perdão, mas sou carioca de tempos idos, quando não se usava o “loiro, loira” que para mim na juventude fazia parte do sotaque paulista). Desde o primeiro contato, por whatsapp, o craque foi receptivo e, após uma viagem que ele fez, marcamos a entrevista para o escritório de sua empresa num shopping da Ilha da Magia, no finzinho de outubro. Encontrei Sávio já não mais louro e agora cultivando uma barba escura, mas com a mesma simpatia e o sorriso dos tempos em que cativava os flamenguistas com seus dribles, passes perfeitos, gols, autógrafos e muita atenção aos fãs. E foi contando a sua história, desde Vila Velha (ES), onde começou, como tantos, nas peladas de rua e campinhos de terra batida. Como nos gramados mundo afora, sem fugir das divididas e das entradas mais duras dos adversários da vida.

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