Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

GOLEIRO DO TRI

11 / fevereiro / 2025

por Elso Venâncio

Félix foi um dos heróis do tricampeonato mundial da Seleção Brasileira, em 1970, no México. Na época, os goleiros não tinham uma preparação adequada e eram muito criticados. Barbosa, Castilho, Gilmar, Manga, Leão, Taffarel, Marcos, Júlio César, Dida e outros como Félix, que atuaram na mais difícil e desafiadora posição do futebol, merecem ter o seu valor reconhecido.

Com apenas 15 anos, Félix Miélli Venerando já era profissional pelo Juventus da Mooca. Contratado pela Portuguesa de Desportos em 1955, ficou no Canindé por 15 anos e teve quatro convocações para a Seleção Brasileira. Para tirá-lo da Portuguesa, o Fluminense abriu os cofres, pagando 150 milhões de cruzados em julho de 1968. Antes, contratou Samarone, então com 18 anos, da Portuguesa Santista, desembolsando 80 milhões. O Santos tinha adquirido junto ao Fluminense o jovem lateral Carlos Alberto Torres, por 200 milhões, numa transação que foi a maior do futebol brasileiro.

Félix estava com 31 anos quando conquistou o seu primeiro título carioca, em 1969, sob comando do técnico Telê Santana. Na final, seu Fluminense derrotou o Flamengo por 3 a 2, com Flávio Minuano marcando o gol decisivo. Um time vencedor se formava nas Laranjeiras. Não à toa, foi campeão brasileiro em 1970, no campeonato mais difícil da história, com os tricampeões mundiais jogando no país. Era um time tricolor histórico, com Félix; Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Denilson e Didi; Cafuringa, Samarone, Flávio Minuano (Mickey) e Lula. Mostrando sua força, o clube ainda conquistou o Campeonato Carioca em 1971, 1973, 1975 e 1976, e a Taça Guanabara em 1969, 1971 e 1975; além de importantes torneios internacionais, como o de Paris e o Ramón de Carranza.

Ídolo do Fluminense, Félix tinha o apelido de “Papel”, por ser magro e ágil, voando para fazer grandes defesas. Tinha 1,76m de altura, o que dificultava as suas saídas nas bolas altas. Porém, compensava a baixa estatura com coragem e eficiência embaixo do gol. Pelo Brasil, foi uma das feras de João Saldanha na campanha das Eliminatórias para a Copa de 70, sendo mantido por Zagallo, que substituiu Saldanha faltando menos de três meses para o Mundial. 

O esquadrão comandado por Pelé encantou o mundo, vencendo todos os seis jogos disputados. Diante dos ingleses, na época os campeões do mundo, Félix se destacou com defesas arrojadas. Ele e a Seleção Brasileira foram coroados na finalíssima, com vitória por 4 a 1 sobre a Itália, gols de Pelé; Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto. Mais de 100 mil mexicanos presenciaram a história sendo escrita no Estádio Azteca.

Eternizado como um dos grandes do futebol brasileiro, Félix faleceu em agosto de 2012, com 74 anos, em São Paulo, vítima de embolia pulmonar.

TAGS:

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *