Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

A MÁQUINA

23 / janeiro / 2025

por Zé Roberto Padilha

Deus tem nos preservado, e como agradeço por essa bênção, que me permitiu estudar Comunicação Social e permanecer lúcido – ou quase – para descrever capítulos de uma história sobre uma Máquina de jogar futebol.

Já publiquei alguns livros e escrevi diversas crônicas sobre o privilégio de ter sido testemunha, de chuteiras nos pés, ao lado de uma genialidade reunida em torno de uma equipe inesquecível.

Assim como o Flamengo de 81, o São Paulo de Telê Santana e o Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo, igualmente memoráveis, era necessário registrar, além dos gols, jogadas e títulos, os bastidores. Os sons do vestiário.

No meu caso, consegui, em parte, descrever a saga de Rivellino, PC e companhia. Só faltava mesmo convencer meus filhos de que fiz parte dela. Afinal, não fazia gols, realizava poucas assistências e passava noites procurando uma imagem minha no Baú do Esporte. Mas nada encontrava, além de ser o primeiro a abraçar o Gil.

Antes de pensar em procurar um psicólogo, fui salvo pela Mercedes de Lewis Hamilton. Lá em casa, somos apaixonados por Fórmula 1 desde Emerson e José Carlos Pace. Quando o carro prateado rasgou a reta oposta de Interlagos, senti um alívio. Ali estava o segredo de a camisa 11 estar comigo.

Não era o bico do carro, que pertencia ao Manfrini. Nem os pneus, que tinham Toninho e Gil de um lado, Marco Antônio e Paulo César do outro. No volante sentava Rivellino, e da suspensão cuidava o equilíbrio de Zé Mário.

Eu era o motor. E o motor nunca é visto.

Ufa!

TAGS:

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *