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PC Caju

AOS 70 ANOS E VICIADO EM FUTEBOL

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Estou prestes a completar 70 anos e tinha esperanças de ser presenteado nessa bela idade com um Brasil melhor em todos os sentidos. Mas o mundo está de cabeça para baixo. O Rio de Janeiro, nem se fala. Quando o prefeito da cidade compara a tragédia na ciclovia com o Vasco, que vive caindo, é sinal que já atingimos o fundo do poço.

Primeiro porque tiveram vítimas fatais nesse acidente e não há margem para qualquer piada. E segundo porque não se brinca com um clube da grandeza do Vasco da Gama dessa forma. Prefeito, deixe isso para os torcedores e foque na cidade, que está desmoronando.

Fico pensando se não existe um profissional, um ombro amigo, que treine essas pessoas. Algum engraçadinho me enviou um zap sugerindo que Marcelo Crivella e Neymar escrevam um livro “Como piorar o que já está ruim”, Kkkkk!!! Estou rindo para não chorar.

E a coletiva do professor Tite, existe algo mais constrangedor? Chamando Daniel Alves de “Dani”, querendo mostrar uma intimidade de paizão, que desaparece totalmente quando entram em cena as acusações sobre o “adolescente” Neymar. Está chato, tudo muito chato!

Vou fazer 70 anos e sei que a tendência é minha ranzinzice triplicar! Mas o pessoal colabora! Me irrita ouvir a jornalista também tratar Daniel Alves de “Dani”, me irrita o técnico do Tottenham barrar Lucas na final, me irrita o repórter da rádio falar, após o primeiro gol do Flamengo contra o Fortaleza, que “agora é segurar o jogo, garantir o resultado”, me irrita o técnico do Botafogo vibrar porque não está tomando gols, me irrita a quantidade de bobagem ouvida nas mesas redondas e durante as transmissões.

Talvez a culpa seja minha por enxergar o futebol de outra forma. Ontem, por exemplo, recebi uma ligação de Júnior Baiano, figura queridíssima. Após desligar um amigo, ao meu lado, soltou a pérola: “esse foi carniceiro!”.

Claro que Júnior Baiano extrapolou em alguns lances, mas jogou muita bola. Quem entende de futebol pode confirmar. Esse rótulo é muito ruim. Telê foi treinador de Júnior Baiano e sabia de seu potencial. Claro que no passado também ouvia-se baboseiras, como “Moreno é lento”. Queria um time só de lentos como ele contra os velocistas atuais.


O problema é que o futebol é um vício e na beirinha de completar 70 anos continuo ligado em tudo. Também já fui rotulado e briguei com a imprensa durante a vida toda. Desistam, não vou mudar. Meus olhos foram acostumados a ver artistas em campo. E na nossa época não haviam santinhos, frequentávamos a noite, mas eram homens sendo tratados como homens. Hoje assistimos homens sendo tratados como menininhos mimados, pelos familiares, treinador e imprensa.

Saudade de Luisinho Tombo, que nos deixou nessa semana: Aí recebo no zap: “PC, antes do cai cai tínhamos o Tombo, mas era um tombo raiz”.

Kkkk, o que o futebol precisa é exatamente dessa alegria do torcedor!

PRESENTE INESQUECÍVEL

por Rodrigo Remedios


Amigos do Museu,

Escrevo para dizer que recebi minha foto autografada do grande craque Paulo Cézar Caju.

Minha ideia era mandar enquadrar essa relíquia e enviar uma foto já na moldura, mostrando meu cuidado e carinho com essa preciosidade. Mas, ao abrir o pacote, fui surpreendido mais uma vez! Recebi meu autógrafo já num quadro personalizado do Museu da Pelada.

Sendo assim, só me resta agradecer ao Museu e especialmente ao amigo Sérgio Pugliese que, segundo consta, foi quem atendeu o meu inusitado e insistente pedido.

Sérgio, muito obrigado, de coração. Sua gentileza e generosidade fizeram feliz um apaixonado pelo nosso futebol. Agora posso olhar para o meu quadro e me sentir um pouquinho mais próximo dessa lenda do nosso futebol (O cara jogou na maior seleção que já existiu!!!). Por favor, quando tiver a oportunidade, agradeça ao Sr. Paulo Cézar. Diga que adorei meu autógrafo (vibrei como em um gol) e que sou grato a ele por isso.

Um grande abraço, do amigo Rodrigo Remedios.

O VAR NÃO TEM CREDIBILIDADE


Não aguento mais toda hora alguém me perguntando o que acho do VAR. Vou direto ao ponto. Árbitro de vídeo pode funcionar em países civilizados e o Brasil não se inclui nesse caso. É óbvio que ninguém gosta de perder injustamente, mas se o VAR era para reduzir injustiças e polêmicas, esquece, essa tecnologia piorou tudo. E podem anotar, os tais ajustes que precisam ser feitos não resolverão o problema.

Existe uma briga clara entre as federações e o VAR está nesse fogo cruzado. Os árbitros viraram vedetes e adoram fazer o sinal da tela da tevê e correr apontando para a marca do pênalti ou sei lá para aonde.

Não sei quantos minutos para resolver questões simples, um monte de árbitros dentro de uma cabine para nada. E comemora o gol, e não comemora mais o gol, uma chatice tremenda. Duvido que, desde a instalação do VAR, outros goleiros não tenham se antecipado na batida do pênalti.

Faltam critérios, regras claras e, acima de tudo, credibilidade. Se muitos ministros do Superior Tribunal de Justiça perderam a credibilidade, imagine uma máquina cercada por pessoas nem sempre bem intencionadas. Se fosse apenas a máquina eu até confiaria, kkkk!!! Mas é assim que tudo funciona no Brasil.


Normalmente a tecnologia e os robôs são usados para reduzirem custos. Basta pegar o exemplo de várias fábricas automotivas. Claro que não sou a favor do desemprego, mas no caso do VAR o número de técnicos foi quadruplicado. Qual o custo disso?

Deveriam investir esse dinheiro em educação. Dessa forma, talvez o diretor do Flamengo, totalmente despreparado, não falasse o que falou. Uma coisa é a pessoa escrever errado pelas condições proporcionadas pela vida e a outra é não ter educação, postura e sensibilidade. Tratar a torcida do Flamengo de analfabeta é nauseante.

Os clubes estão se lixando para a educação de seus jogadores e é muito comum assistirmos erros grosseiros de português durante as coletivas. Os erros acabam virando chacota nas redes sociais e nenhum dirigente toma uma atitude. Falam errado usando a camisa do clube e a marca do patrocinador, mas educar para quê se já já ele vai para outro clube? Os empresários também não estão nem aí, o que importa é o dinheiro no bolso.

O Brasil é o país das mutretas, do incêndio no CT, do balcão de negócios. Como querem o VAR funcionando em um país onde os dirigentes fecham os olhos o tempo todo?

Sobre a decisão do Tite, nada mudou! Escolheu Daniel Alves para ser o novo capitão da Seleção Brasileira porque ele é da patota do Neymar. Ou seja, não evoluímos nada! Que venha a Copa América e as atuações “empolgantes” dos comandados do Tite!

QUE RENOVAÇÃO É ESSA, CBF?

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Tenho vários amigos que adoram me provocar, não podem me ver quieto. Exatamente um desses espíritos de porco me enviou um zap com um trecho da fala do Tite durante sua última coletiva quando ele revela não ter conseguido dormir na véspera da convocação. O motivo? A dúvida na escolha entre Casemiro, Fernandinho e Fabinho, Kkkkkk!!!

Peraí, estão brincando com a gente! Isso é sério? Será que o novo presidente da CBF enxerga renovação dessa forma? Fagner e Daniel Alves??? Thiago Silva, Miranda e Marquinhos? Filipe Luís? Se bem que para ganhar desses amistosos marcados não é preciso muito esforço. Acho que o time de pelada dos meus amigos veteranos do Costa Brava venceria.

Será que o novo presidente da CBF não vê um desgaste gigante com Tite, seu discurso chatíssimo e sua comissão técnica? Desse jeito, com essa insistência, o Fagner acaba recebendo uma proposta da Europa. Se bem que ele trouxe o Paulinho da China….Renato Augusto também veio de um país desses.

Nosso futebol precisa de uma arejada. Ninguém aguenta mais ver essa turma. Paquetá começou outro dia e já até agrediu árbitro, se acha estrela. Será que o exemplo veio de Neymar? Será que o Tite já não ganhou o suficiente para ir cuidar de fazendas e deixar o futebol de lado? E o pior é que se ele sair já existe uma campanha pela volta do Felipão. Ou do Mano. Peraí, com todo respeito aos gaúchos, mas essa escola já deu.

O pior é que a imprensa elege os seus queridinhos. Grande parte vibrou com a goleada sofrida pelo Santos. O Sampaoli foi teimoso, poupou jogadores e perdeu feio. Isso basta para Felipão voltar a ser herói, mas isso é pensar pequeno.


Essa má vontade nota-se claramente com o retorno de Luxemburgo ao mercado. “Suas mexidas não surtiram efeito”, disse a “especialista” do canal. Aí o Vasco vai lá e faz 1×0 e, por acaso, não amplia para 2×0. Claro que a “especialista” deve ter vibrado com o empate. Questões pessoais recheiam esses comentários e isso é covardia.

O Luxemburgo tem uma semana de trabalho e vem uma pessoa que não sabe nada de bola com suas opiniões formadas. Vou deixar bem claro que não sou advogado de defesa de ninguém, mas me irritam esses achismos.

Pelo menos Guardiola continua fazendo bonito e conquistou o título da Copa da Inglaterra. Dessa forma, o Manchester City se tornou o primeiro clube a conquistar os três títulos nacionais da temporada. Viva o futebol!!! Mas essa “especialista” deve ter alguma coisa contra ele.

“PC, por que o futebol inglês evoluiu tanto?”, me perguntou o mesmo espírito de porco que me enviou a fala do Tite. Poderia me alongar na resposta, mas ando preguiçoso para o futebol atual e sugeri que ele conferisse todas as fotos das seleções inglesas desde 1966 e me respondesse quantos negros haviam nas do passado e quantos existem na atual. Evolução no futebol para mim é isso, simples assim.           

 

 

 

POR UM DEBATE SAUDÁVEL

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Quem me conhece sabe que minha relação com a imprensa sempre foi de amor e ódio. Pouco amor, diga-se de passagem, Kkkk!!! Me irrita ouvir comentários de quem não entende nada sobre futebol. E as mesas-redondas estão cheias desses personagens. Para mim é o mesmo caso de treinadores que nunca chutaram uma bola.

Um debate na tevê não é a mesma coisa de uma resenha na pelada. Os torcedores tem uma forma de se expressar, xingam, passam dos limites, invadem o campo, picham muro, mas também te carregam no colo e fazem juras de amor.

Os comentaristas, principalmente os aventureiros, devem se portar de forma diferente. Não posso admitir ler uma matéria em que o jornalista deboche da forma de falar, da língua presa, de Vanderlei Luxemburgo. E é “profexô” pra cá, “profexô” pra lá, uma falta de respeito e de educação que contamina qualquer relação.

Em 1973, liderei com Marinho Chagas e Piazza, o que a imprensa batizou de “Manifesto de Glasgow”. Vários jornalistas acompanharam a excursão da seleção brasileira à Europa e as matérias publicadas eram mais de fofoca do que outra coisa, algumas totalmente mentirosas e descabidas. Cláudio Coutinho escreveu o manifesto e todos jogadores assinaram. Ficamos um período sem dar entrevistas.

Sou totalmente a favor da liberdade de expressão, mas odeio mentiras e jornalistas que se aproveitam do cargo para atacarem “desafetos” sem qualquer critério. Os grandes veículos não podem agir como os anônimos das redes sociais e nem cair em arapucas como a que levou o goleiro Sidão a ser eleito o melhor da partida mesmo após ter uma atuação desastrosa. A torcida gritar “frangueiro” é uma coisa, mas a imprensa aderir ao deboche é bem diferente. Imaginam o goleiro Júlio César recebendo o troféu de melhor da partida após a goleada de 7×1 para a Alemanha? E o que o goleiro Muralha sofreu? Chegaram a publicar que a partir de suas falhas nunca mais o chamariam pelo apelido. Se o jornal for de humor, ok, cada um no seu quadrado.


Não passo a mão na cabeça de ninguém em minhas colunas, falo que determinados jogadores não tem condições de vestir a amarelinha, que a escola gaúcha destruiu o futebol, que os professores de Educação Física não podem tomar o lugar dos ex-jogadores e blá blá blá. Todos os temas podem gerar um debate saudável. E e é apenas a minha opinião.

O que não gera debate, mas suscita a ira é ironizar a língua presa do técnico e a estatura de um jogador, por exemplo. Criticar que o Maxi Lopez está acima do peso é totalmente compreensível porque ele é um ídolo e deve dar o exemplo. São casos e casos até porque odeio mimimi, mas educação é bom e eu gosto. A impressão que dá ao zapear os canais e ver as mesas-redondas é que as emissoras estão em busca de perfis polêmicos e isso não favorece o debate saudável. Pelo contrário, empobrece.

Também não me interessa ver jornalistas desenhando estratégias em quadros. Da mesma forma que prezamos um futebol bonito, audacioso, ofensivo, com a bola rolando, como Sampaoli vem fazendo com o Santos, também gostamos de assistir uma resenha de qualidade, sem bobalhões querendo ser engraçadinhos, mas com troca de ideias, informações exclusivas e conteúdo relevante.

O futebol merece, nós merecemos.