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Craque das Lentes

O LUXO E O LIXO DA BOLA

Um dos objetivos do Museu da Pelada é montar, no futuro, uma grande exposição fotográfica para reunir todos esses acervos maravilhosos que estamos juntando ao longo desses primeiros anos de existência. E se tem um artista que não pode ficar de fora dessa, esse se chama Alex Ribeiro!

Com um olhar apurado e um talento fora da curva, o fotógrafo nos enviou recentemente verdadeiras obras de arte registradas por sua máquina. Por isso, fizemos questão de marcar uma resenha e saber mais sobre a fera!

– Eu comecei a fotografar muito novo, na marra mesmo! Já fiz muita besteira por não conhecer as máquinas! – revelou.

Se os primeiros passos não saíram como o esperado, os capítulos seguintes foram dignos de aplausos. Referência na área e nosso parceiro de longa data, Guillermo Planel não poupou os elogios ao fotógrafo:

– Ele é de uma nova geração, dessa geração que está na rua, sempre ligada! Atualmente é um dos maiores expoentes do mercado.

Discípulo do renomado Severino Silva, Alex vem construindo uma bela trajetória no mundo da fotografia, sobretudo no quesito peladas. Volta e meia o fotógrafo visita as comunidades em busca da verdadeira essência do futebol brasileiro e o resultado são cliques de cinema.

– O futebol rola em qualquer lugar do Brasil! Nas vielas, nas favelas, no sertão… sempre tem um moleque com a bola no p!é

Confira o vídeo acima e saiba mais sobre a trajetória desse Craque das Lentes!

OBRIGADO, VALENTIM!


Conhecido carinhosamente pelos colegas de profissão como “professor”, o repórter fotográfico Raimundo Valentim morreu na madrugada desta segunda-feira.

Formado na Faculdade de Comunicação Hélio Alonso (FACHA), Valentim iniciou sua carreira em 1979 e, com belos trabalhos nos jornais O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil, Estadão e O Globo, deixou saudades por onde passou. Em Manaus, trabalhou nos jornais A Crítica, Estado do Amazonas, Diário do Amazonas e Em Tempo.

Uma das fotos mais famosas de Valentim registra o exato momento de um lance polêmico que rende resenha até hoje, 19 anos depois. Trata-se do gol de Maurício, após empurrão em Leonardo, que deu o título carioca do Botafogo em 1989.


Assim como os grandes gênios do futebol, o fotógrafo tinha um olhar apurado e parecia antever as jogadas para fazer os mais belos cliques.

CRAQUE DAS LENTES

texto: André Mendonça | fotos: André Durão


André Durão

Depois de um longo tempo, a equipe do Museu da Pelada apresenta mais um “Craque das Lentes”. A fera da vez é André Durão, fotógrafo do portal Globoesporte.com há mais de 10 anos, que, gentilmente, nos enviou uma bela galeria de fotos sobre futebol. Apaixonado pela fotografia desde os 13 anos, André nos contou um pouco sobre a brilhante carreira e a relação com o esporte.

Embora não tenha sido um craque dentro das quatro linhas, o fotógrafo tratou de se destacar na beirada delas. Em 1982, fez sua estreia no Maracanã, ainda como estagiário, auxiliando o fotógrafo Ari Gomes, e se encantou com a atmosfera do estádio. No ano seguinte, começou a carreira profissional no Jornal do Brasil e passou a ganhar destaque por conta dos cliques na beira do gramado.

– Ainda trabalho nos gramados e minha ideia é nunca parar. Se o Globoesporte.com deixar, quero ficar até não conseguir mais fotografar. Espero que esse dia demore muito a chegar!

Aos 13 anos, após muito insistir ao pai, foi matriculado em um curso na Associação Brasileira de Arte Fotográfica (ABAF) e passou a ter dificuldades para conciliar as aulas com as peladas e os treinos de basquete, esporte preferido no qual se destacava na juventude. Federado no esporte da bola laranja por 16 anos, desde a categoria infantil, André precisou tomar uma decisão difícil, e abandonou os treinos do basquete para se dedicar exclusivamente à fotografia.


Apesar de, na época, ter sido um duro golpe para o garoto, não temos dúvida que foi uma decisão extremamente sábia, o que pode ser comprovado pelo vasto currículo de coberturas do fotógrafo: Copa do Mundo, Olimpíadas, Copa das Confederações, Copa América, Mundial de F-1 e mundiais de vários outros esportes pré olímpicos.

– Acho que foi a escolha certa! Me dedico muito ao que faço. Quando saio para fotografar, não vejo como um compromisso e sim como uma oportunidade de brilhar e fazer uma bela foto, que é o que mais gosto – disse André, que também ressalta a importância do respaldo familiar para se alcançar o sucesso.

Estudioso, o fotógrafo revelou que costuma analisar os jogadores antes das partidas para se posicionar da melhor forma possível e fazer os mais belos registros. Admitiu, no entanto, que assim como o bom goleiro, o bom fotógrafo precisa de sorte.

– Vejo qual é o lado que o jogador costuma correr para comemorar, qual jogador chuta de longe, qual faz mais gols de cabeça etc. O resto é ficar prestando atenção na partida e esperar um lance bonito. Só quem adivinha o que vai acontecer é a Mãe Dinah – brincou.

Se as competições em que cobriu já não fossem o bastante para comprovar o êxito na profissão, podemos falar ainda dos estádios que foram palco dos cliques do fotógrafo. Tendo fotografado em quase em todos do Brasil e alguns do exterior, como San Siro, na Itália, o craque elege o palco da estreia como o mais especial.

– O Maracanã, sem dúvidas é meu estádio preferido. Também gosto muito de fotografar jogos da Libertadores fora do Brasil, pois a pressão da torcida deixa você mais ligado nos lances!

No fim, ao ser perguntado se é melhor com a câmera ou com a bola, André foi taxativo:

– Pergunta pra galera do Globoesporte.com. Me chamam todo dia para fotografar, mas para a pelada só fui chamado uma vez! – finalizou, de forma divertida.