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Vitor

9 / dezembro / 2018

O PAPA-TÍTULOS

entrevista: Sergio Pugliese | texto: André Mendonça | fotos e vídeo: Daniel Planel 

Se jogar nos quatro grandes do Rio é um privilégio que poucos atletas têm, levantar a taça em todos eles é quase igual ganhar na loteria. Se já não fosse o bastante, o craque Vitor ainda teve uma passagem pelo Atlético-MG, onde também soltou o grito de “É Campeão!”.

Por isso, assim que recebemos o convite do botafoguense Adílson Bastos Tangerina para cobrir e prestigiar um jogo em homenagem ao papa-títulos, não pensamos duas vezes antes de aceitar e colocar o Pelada Móvel na estrada para Miguel Pereira, onde Vitor começou sua trajetória.


– Sou nascido e criado aqui! Aos 16 anos, o América-RJ veio fazer um amistoso contra o Portela e o Loureiro Neto me perguntou se eu não queria treinar no Rio com o Mecão.

A partir daquele momento, a carreira de Vitor deslanchou. Em pouco tempo se transferiu para o Flamengo e se profissionalizou pelo rubro-negro no final dos anos 70. A concorrência naquele timaço da Gávea era fortíssima e o jovem brigava por posição com ninguém menos que Andrade.

No Flamengo, foi bicampeão carioca, tricampeão brasileiro, campeão da Libertadores e do Munidal Interclubes. Um fato curioso é que mesmo sem ser titular, foi convocado diversas vezes por Telê Santana e por muito pouco não fez parte do elenco que viajou para Copa do Mundo de 1982.

– O Telê dizia que eu tinha um estilo parecido com o do Beckenbauer! – lembrou.

Depois de vestir a camisa rubro-negra, se transferiu para o Atlético-MG e conquistou o Estadual de 1984. No ano seguinte, foi contratado pelo Vasco e levantou a taça do Brasileirão de 1987. No Botafogo não foi diferente e, em 1989, acabou com um longo jejum de títulos do clube ao se sagrar campeão carioca em cima do Flamengo.

Apesar de ter vestido a camisa de tantos clubes de expressão e a amarelinha, Vitor não esquece as raízes. Antes do apito inicial para a pelada em sua homenagem, no campo do Estádio Fructuoso Fernandes, fez questão de agradecer:


– É uma alegria muito grande por vocês terem vindo na minha cidade. É um orgulho ser Portelense. Ser homenageado pelo Museu da Pelada e pelo Botafogo, na minha cidade, é motivo de muito orgulho para nós.

Ainda tivemos o privilégio de visitar a casa de Vitor e conhecer seu vasto acervo, com matérias da Revista Placar, Jornal dos Sports, fotos históricas e até mesmo a bola da despedida de Carlos Alberto Torres do Cosmos.

– Ficaria imensamente satisfeito se o Museu ajudasse a revitalizar o meu acervo. Alguns quadros estão perdendo a cor. Isso para mim tem um valor sentimental muito grande, pois era meu pai que guardava isso tudo. Era o meu melhor amigo!

Recebemos o pedido como uma ordem e nos disponibilizamos a revitalizar e eternizar mais um acervo de um grande ídolo do passado!

Valeu, Vitor!
 

 

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