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Castilho

RELÍQUIAS DE UM HERÓI TRICOLOR

entrevista: Sergio Pugliese | texto: Suellen Napoleão | vídeo e edição: Daniel Planel

Filhos do goleiro Castilho, Carlos Roberto Castilho e Shirley Castilho receberam a equipe do Museu para relembrar histórias do pai e nos entregar o acervo para restaurarmos! Aproveitando a ocasião, resgatamos um texto bacana de Suellen Napoleão sobre a trajetória do herói tricolor!

por Suellen Napoleão

São interessantes os desejos que temos ao longo da vida. Ademir de Menezes pedia insistentemente ao seu técnico do clube do colégio, em Recife, que o colocasse no gol. Queria agarrar de qualquer jeito, talvez para forçar o aumento na estatura a que tanto desejava. Carlos José Castilho, goleiro carioca de qualidade performática e técnica exímia, atuava como ponta-esquerda no Rivoli, em Olaria, e o destino de defender as redes de seu clube veio com uma vontade arrebatadora de, um dia, tornar-se um grande “goalkeeper”.

O pai de Ademir, seu Menezes, foi quem levou Castilho, em 1949, ao Fluminense. Era o “Leiteria” prestes a fazer história.

Família Marques de Menezes e família Castilho. Uma união que originou dois dos maiores e inesquecíveis ídolos do futebol brasileiro e, sobretudo, do Maracanã.

Castilho passou no teste de resistência emocional ao defender, num amistoso, a baliza do Rivoli, que foi alcançada nada mais nada menos que meia dúzia de vezes. Para uma estreia, nada mais frustrante. Mas há pessoas, com qualidades dignas dos deuses, que não desanimam diante dos embates e transformam os percalços em oportunidades de vitórias.

O carioca nascido no dia 27 de novembro de 1927 seguiu para os juvenis do Olaria, em 1945, embolsando um ordenado de 400 cruzeiros entre 1 de setembro de 1946 e 30 de setembro de 1947. Não tardou a proposta de negociação com o Fluminense e os cartolas tricolores pagaram 2 mil cruzeiros ao clube da Rua Bariri para contar com o jogador que valeria por um time inteiro.

Estreou no time de aspirantes das Laranjeiras contra o Fluminense, de Pouso Alegre (MG). Ainda em 1947, assumiu a titularidade no lugar de Robertinho.

Em sua primeira Copa do Mundo, em 1950, no gramado do Maracanã, Castilho foi reserva do goleiro vascaíno Barbosa. No Mundial de 1954, na Suíça, foi titular, mas em 1958, na Suécia, e em 1962, no Chile, foi reserva de Gilmar dos Santos.

Ao goleiro tricolor foram atribuídos apelidos alusivos à boa sorte (“Leiteria”, “Leiteiro”) e para os torcedores que vibravam com suas defesas ele era o ” São Castilho”. Colega de concentração da seleção brasileira na Suécia, em 1958, Garrincha desvirtuou a série de apelidos sortudos e, bem-humorado, apelidou Castilho de “Boris Karloff”, ator famoso que protagonizou inúmeros filmes de terror em Hollywood.

Castilho foi o primeiro a estudar como os cobradores batiam pênaltis. A sorte dele, aliada à capacidade técnica e ao aperfeiçoamento profissional constante, rendeu-lhe, como titular, a conquista do Pan-Americano de Santiago, contra o Uruguai, em 1952. Sofreu 28 gols em 29 partidas pela seleção.

A sina de contundir pela quinta vez o dedo mindinho da mão esquerda, em 1957, não abalou o goleiro. Ao saber que o tratamento o deixaria dois meses “de molho”, Castilho não pensou duas vezes. Optou pela alternativa que o permitiria voltar aos gramados em apenas duas semanas: a amputação do dedo. “Estudaram o caso e resolveram que um enxerto ou correção do eixo seriam medidas aconselháveis. O fato concreto é que, no meu entendimento, meu dedo continuaria imóvel, e isso me roubava a autoconfiança”, disparou o “Leiteria”.

Contrariando o médico das Laranjeiras que o operou e que o chamou de louco pela decisão, Newton Paes Barreto, e a própria esposa, Castilho comprovou que a sorte andava mesmo ao seu lado. A operação deu certo e, depois disso, conquistou o Bicampeonato Mundial.

As inúmeras contusões no dedo, no nariz, no maxilar e no joelho nunca fizeram de Castilho um derrotado. Isso sem falar no daltonismo que o fazia enxergar as bolas sempre com a cor vermelha. Para o próprio Castilho, o daltonismo seria decisivo (sic) para que fosse tão bom embaixo das traves, embora o problema se acentuasse em jogos noturnos.

Treinava incansavelmente e deu a maior prova de amor que um jogador pode dar a seu clube. Dedicou-se ao Fluminense de corpo, alma e sangue, e no dia 20 de outubro de 2006, ano em que o jogador completaria 60 anos de sua estreia, recebeu da diretoria tricolor um presente digno de sua grandeza de espírito. Um busto de Castilho foi erguido na sede do Clube, com uma placa que diz o seguinte: “Suar a camisa, derramar lágrimas e dar o sangue pelo Fluminense, muitos já fizeram. Sacrificar um pedaço do próprio corpo por amor ao Tricolor, somente um: Castilho.”

Arrebatou os campeonatos cariocas de 1951, 59 e 64 e o torneio Rio-São Paulo de 1957 e 60. Em 1952, conquistou a Taça Rio, organizada no Rio de Janeiro, mas sem o reconhecimento oficial da Fifa. Castilho defendeu ainda o Paysandu, em 1965, quando consagrou-se campeão estadual.

CANAL 100/ FLA-FLU HISTÓRIA DE 1963. SHOW DE CASTILHO

Seguiu em sua trajetória no futebol, treinando o próprio Paysandu, onde conquistou o campeonato paraense em 1967 e 69. Comandou também o Operário do Mato Grosso do Sul e à frente do Santos foi campeão paulista, em 1984. O mesmo Santos que um dia o quis goleiro na Vila Belmiro. Mas não teve conversa. O cartola tricolor Dilson Guedes encerrou: “Castilho é absolutamente inegociável”.

O hércules dos campos não mostrou-se tão forte diante de uma depressão que o levou ao suicídio, quando pulou da cobertura do prédio de sua esposa, em Bonsucesso, no Rio, em 2 de fevereiro de 1987. Nessa época, Castilho comandava a seleção da Arábia Saudita.

Uma frase do filósofo Friedrich Nietzsche define a vida de Castilho, que superou a amputação de uma parte do corpo em prol de seu trabalho digno e fiel: “O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte”.

***

Esta linda narrativa sobre Castilho, que faria 90 anos nesta segunda-feira (27), foi escrita pela jornalista e atriz Suellen Napoleão, minha companheira de jornada e meu grande amor. Tricolor desde tempos imemoriais, Suellen tem Castilho como seu grande ídolo e se dispôs a ajudar-me em um antigo projeto editorial, que não foi publicado, mas que está pronto desde 2010, quando o Estádio do Maracanã completou 60 anos. A obra contaria a vida dos maiores monstros sagrados que pisaram no gramado do “maior estádio do mundo” desde a Copa do Mundo de 1950 e citaria os jogos em que os craques brilharam mais intensamente.

Suellen Napoleão é autora do livro “O JORNALISTA GILBERTO FREYRE: A FUSÃO ENTRE A LITERATURA E A IMPRENSA”, Editora Luminária Academia, de 2015.

 

Renato Sá

O EXTERMINADOR DE INVENCIBILIDADES

entrevista e texto: Eduardo Lamas

O principal responsável pela interrupção das duas maiores invencibilidades do futebol brasileiro me surpreendeu. Não sei exatamente com base no quê, mas imaginava Renato Sá um cara mais introvertido. Que nada, completamente à vontade para contar suas histórias, abriu seu baú de memórias e o coração, fazendo inclusive uma revelação surpreendente sobre o time pelo qual sempre torceu, com exceção, claro, dos tempos em que defendeu outras camisas profissionalmente, e continua torcendo muito.

E boa memória ele tem. Relembrou com detalhes os gols que fez contra o Botafogo, pelo Grêmio, em 1978, e o único, pelo Alvinegro carioca, que derrubou o Flamengo de Zico, Júnior e companhia naquele 3 de junho de 1979; detalhes de sua carreira; das orientações que o técnico Ênio Andrade lhe deu no intervalo da primeira partida da final do Campeonato Brasileiro de 1981, e também algumas histórias impublicáveis, contadas em off, que ficarão guardadas na minha memória, peço desde já desculpas a você, grande fã do Museu da Pelada. São mesmo impublicáveis.

Muitas das recordações estão em quadros e fotos dos times que defendeu com tanta raça e talento bem próximos do Café Carniça, nome bem peculiar da boate que revela seu espírito brincalhão. Enfim, são muitas e ricas histórias de quem não passou a passeio pelos gramados. Espero que você se divirta e rememore grandes momentos do nosso futebol, nos anos 70 e 80.

 

AI, JESUS

por Luis Filipe Chateaubriand


Com a desenvoltura espetacular que o Flamengo vem tendo no segundo semestre de 2019 – virtual campeão brasileiro e provável campeão da Taça Libertadores da América – a pergunta que não quer calar é: seria o seu técnico, o português Jorge Jesus, um técnico de ponta ao nível mundial?

A resposta é não.

Antes do Flamengo, Jorge Jesus foi muito vitorioso, campeão diversas vezes, em Portugal, seu país de origem. Este escriba vive há muitos anos no Brasil, mas nasceu em Portugal. Adora as terras e as gentes lusas, tem uma sensação de pertencimento forte a respeito. 

A despeito disso, o futebol português é, ao nível interno, relativamente fraco. Apenas três clubes são acostumados a ganhar títulos, de expressão local. Assim, ser campeão por Sporting e Benfica não é das tarefas mais difíceis.

Antes do Flamengo, Jorge Jesus não treinou nenhum clube de expressão ao nível mundial, fora de Portugal. Não há Real Madrid, Manchester United, Bayern de Munique, Liverpool, Barcelona, Juventus, etc, para contar a história.

Portanto, Jorge Jesus não está no nível dos técnicos de ponta ao nível mundial, como Ancelotti, Klopp, Guardiola, Mourinho (este mais pelo passado que pelo presente), Pochettino, Zidane ou Sampaoli (este, o único deste nível a atuar no Brasil).

Mas, se o português não é técnico de ponta ao nível mundial, como explicar o seu sucesso no futebol brasileiro?

Porque, independentemente, de ser mediano (o que eu acredito) ou bom (o que muitos acreditam), tem duas virtudes que são admiráveis: é extremamente trabalhador, envolvido com o que faz, comprometido com os grupos que dirige e com os resultados que almeja; gosta de ver seus times atuarem de forma ofensiva, impondo-se ao adversário, propondo o jogo, ocupando os espaços para atacar.

Como se sabe, os técnicos brasileiros são, fora pouquíssimas exceções, defensivistas, retranqueiros, adeptos do futebol covarde, jogam de uma forma padrão sem variações táticas, não têm planos de jogo alternativos (por jogo e durante os jogos), não sabem instruir jogadores para serem multifuncionais. 

O atraso dos locais faz do forasteiro, muito mais competente que eles e contando com excelente elenco, se destacar. 

Em resumo: sem querer desmerecer meu patrício português, que tem virtudes, a expressão “em terra de cego, quem tem um olho é rei” nunca foi tão verdadeira! 

Luis Filipe Chateaubriand acompanha o futebol há 40 anos e é autor da obra “O Calendário dos 256 Principais Clubes do Futebol Brasileiro”. Email: luisfilipechateaubriand@gmail.com.

CLUBE EMPRESA

texto: Wesley Machado | fotos: Agência Check


O Club de Deportes Cobreloa, do Chile, é famoso por ter sido o time que fez a final da Libertadores de 1981 vencida pelo Flamengo. Mas o Cobreloa do Chile não é só isto. Os Zorros do Deserto, como são chamados, já revelaram grandes jogadores para o futebol mundial, como Alexis Sánches, Eduardo Vargas e Charles Aránguiz.

E em Campos dos Goytacazes-RJ existe um núcleo do Cobreloa do Chile. O Centro de Treinamento do Cobreloa Campos funciona no estádio do Municipal, no bairro do Capão. O Cobreloa Escola Brasil conta com uma grande estrutura, incluindo alojamento de concentração para atletas no bairro do IPS, academia, caixa de areia para trabalho funcional, fisioterapeuta, osteopata, preparador físico, nutricionista e quatro treinadores.

O Cobreloa Brasil Escola em Campos é uma parceria das empresas Vandi G6, Neto Sports e da Escola de Goleiro Construindo Paredões. O Cobreloa Brasil Escola em Campos tem um perfil de clube empresa e tem o objetivo de formar atletas.

– Recebemos recentemente a visita do vice presidente do Cobreloa do Chile, Adrian León. Somos um clube intermediário credenciado junto à FERJ e à CBF. Já temos muitos contatos Brasil afora. Temos uma parceria com o empresário Rodrigo Pitta. Já temos atletas no Sub 20 do Cobreloa do Chile, no Sub 17 e Sub 13 do Cruzeiro, no Sub 16 do Vasco e no Sub 12 do Botafogo – informou Neto, empresário do Cobreloa Escola Brasil em Campos.

O Cobreloa Brasil Escola em Campos foi fundado em maio de 2018 a partir da passagem do empresário Vandinho pelo time chileno de 2015 a 2017. 

– Meu sonho era criar esta escola de futebolpara dar oportunidades que eu não tive como atleta quando jovem! – comentou Vandinho.


A esposa de Vandinho, Eveline Pessanha, é a coordenadora geral do Cobreloa Brasil Escola em Campos. Ela fala sobre o trabalho que é desenvolvido no clube empresa.

– Atualmente temos cerca de 150 atletas. Nós aqui oferecemos toda a estrutura para o atleta, coisas que muitos craques do passado não tiveram, desde alojamento, passando por material esportivo, até a parte social, onde acompanhamos o desenvolvimento do atleta. Hoje nós temos a chance de acompanhar a evolução do futebol, onde o atleta não precisa estar num clube propriamente dito para este atleta ser revelado. Os clubes tradicionais não querem ter o trabalho de desenvolver o atleta, já o querem pronto. Mas nós aqui trabalhamos o atleta. Quem tiver interesse em fazer uma avaliação no Cobreloa deve procurar a secretaria no estádio Municipal – informou Eveline.

Um desses atletas trabalhados no Cobreloa Brasil Escola em Campos foi o meia atacante Rayan, de 14 anos, que foi descoberto jogando bola na rua e não chegou a fazer as categorias de base. Rayan foi o destaque do treino da equipe Sub 15 do Cobreloa Escola Brasil em Campos na tarde desta quarta-feira. Ele fez três gols e mostrou muito talento.

– O Cobreloa me ajudou a desenvolver meu futebol. Passei a ter mais vontade de jogar. Quando entro em campo tento esquecer todos os problemas. Minha família passa por dificuldades financeiras e meu sonho é me tornar um grande atleta para poder ajudar minha família a sair desta situação – disse Rayan, que está no 8º ano escolar, é morador do Parque Aurora, filho de uma faxineira e de um entregador de bebidas e tem quatro irmãos.

Outro atleta de destaque do Cobreloa é o meia Nicolas, de 19 anos, que irá para o México. Ele fala da expectativa de jogar fora do Brasil.


– Minha expectativa é das melhores possíveis, de fazer o que eu gosto, que é jogar futebol. Passei por muitos clubes e nenhum me deu a oportunidade que o Cobreloa está me dando. Por isto quero aproveitar ao máximo – comentou Nicolas.

O técnico Índio, que está no Cobreloa desde o início do projeto, considera que a estrutura que o Cobreloa oferece nenhum clube de Campos tem. Além da estrutura e a parte social, o clube empresa de Campos se preocupa com a alimentação dos atletas, oferecendo um cardápio balanceado com frutas e repositores energéticos.

O Cobreloa Brasil Escola em Campos fará amistosos em Belo Horizonte no mês de novembro com o Cruzeiro e o América Mineiro. Antes, nesta sexta-feira (01/11) terá um amistoso às 9h30 contra o Goytacaz no Aryzão. A equipe já foi convidada para disputar torneios no México em 2020. É o crescimento do primeiro clube empresa de Campos, que tem o lema da agremiação do Chile: “Não somos grandes, somos gigantes”.

A REVERÊNCIA AOS MEDÍOCRES

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Há anos não tinha notícias de Dudu, com quem dividi o meio-campo do Vasco com Pintinho e Guina. Dudu Dentão, figura doce e um jogadorzaço, alternava o jogo com uma facilidade tremenda e tinha um chute certeiro de fora da área. Depois foi para Portugal e virou ídolo do Belenenses.

Me colocaram na linha com ele e lembramos nossos bons tempos, rimos e nos emocionamos. Falei com Dudu na sexta-feira, antes de começar a rodada do Brasileirão. Quando perguntei se tem acompanhado os jogos resumiu: ‘Tá ruim de ver’.

E está mesmo. Difícil encontrar um jogador como Dudu no futebol atual. Tinha problemas com o peso, engordava fácil, mas, hoje, mesmo gordinho, teria vaga em qualquer time brasileiro.

Fui assistir Fluminense x Chapecoense levado por um amigo. Seria amigo mesmo, Kkkkk!!! Que coisa feia! Marcão não está aproveitando a chance. Na verdade, os “novos” treinadores não estão se atualizando, não trazem qualquer novidade, não ousam.

Vamos ver como Zé Ricardo se sairá no Inter. Ganhou de 3×2 do Bahia, mas já deve ser o seu terceiro clube nesse ano. Dessa vez foi levado pelo amigo Rodrigo Caetano, gerente de futebol do Inter. Como dizia minha avó, quem tem padrinho não morre pagão.

Mas o que importa é que os astros continuam atormentando a vida dos retranqueiros e abençoando os que pregam um futebol ofensivo. Fernando Diniz ganhou mais uma e para frustração dos “especialistas das bancadas” Sampaoli continua no alto da tabela. Rogério Ceni, mesmo fora de casa, não se intimidou com o Cruzeiro, de Abelão. O goleiro Diego Alves mais uma vez salvou o Flamengo e o Palmeiras, de Mano, aos trancos e barrancos, VAR para lá, VAR para cá, venceu do Avaí.

Por falar em VAR, ele foi para lá de polêmico no jogo do Vasco. Tudo bem que o Raul não pode tentar um lençol na entrada da área, afinal ele não é um Dudu, Kkkk!!! Mas aí entra o pessoal da cabine mostrando que a marcação do lance é feita em 3D, Linha Vermelha, Linha Amarela, Kkkk, só falta ter tiroteio também, Kkkk!!! Gosto do Luxemburgo, mas insisto que precisa treinar os fundamentos da equipe.

“E seu Fogão, hein PC?”, me provocou o rapaz do quiosque onde sempre troco ideias com Fagner, Paulinho Pereira, Guinga e Armando Kfuri. Para dizer a verdade nem vi e só depois soube do massacre. Não falo nem sobre futebol, qualidade, mas esse time precisa fugir do marasmo, ter alma, alegria.

Entendem porque sinto saudade quando relembro de um Dudu? Quem viu, sabe. Dudu Dentão, obrigado por me lembrar desses dias felizes. Dividir um meio-campo com você foi um orgulho. Hoje reverenciam-se os medíocres, batem palma para maluco e, com tinturas de cabelo e tatuagens, criam-se falsos ídolos, mas quem preza pelo controle de qualidade, e conviveu com a simplicidade de um Dudu, nunca será iludido por essa máquina de criar falsos ídolos que virou o nosso futebol.