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Manga

5 / janeiro / 2020

SEM LUVAS, MIL GLÓRIAS

por Paulo Escobar

Como sair do Uruguai sem antes encontrar aquele que parecia sumido, e por que não esquecido?

Antes da volta, um pedido foi feito pelo Museu da Pelada: encontrar um dos maiores goleiros que talvez tenha pisado terra brasileira. Ídolo de tantos clubes, fechou tantos gols e de tantas histórias, podemos dizer que Manga deu suas mãos pelo futebol, quebrou seus dedos, deixou sua vida muitas vezes nos Gramados.

Lembrado por torcedores do Botafogo, Inter, Grêmio e Operário no Brasil, mas esquecido pelas diretorias desses mesmos clubes, Manga é o exemplo clássico de como o Brasil trata seus ídolos e esquece sua história. Nosso goleiro não encontrou portas abertas no momento mais difícil de sua vida.

Foi no Uruguai, mais precisamente alguns torcedores do Nacional, que estenderam a mão. Médicos que o atendem ou o Sr. do mercadinho debaixo do prédio que os torcedores alugam pra ele e sua esposa Cecília. Talvez nesta que seja a missão da sobrevivência a qual ele enfrenta.

Talvez a defesa mais difícil de Manga seja a de sobreviver diante da triste realidade que enfrenta. Mas o futebol levanta pessoas e torcedores que lembram dos seus, e isso é o bonito do esporte, seus apaixonados que são o coração dos times.

Antes de sair, Manga me confessou um último sonho: entrar no Maracanã e ver seu Botafogo mais uma vez sentir o carinho da arquibancada e o grito do seu nome pela torcida da estrela solitária. E num abraço antes de me despedir, chorei com Manga, eu rubro-negro sonhando em ver sua alegria mais uma vez com a torcida do Botafogo.
 

 

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