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NOVA IMPRENSA ESPORTIVA

15 / novembro / 2016

por Mateus Ribeiro


A Imprensa Esportiva precisa mudar o quanto antes. Todos nós gostamos de falar e ouvir sobre futebol. Todos nós gostamos de discutir os lances do final de semana na mesa do bar, na hora do café . Todos nós gostamos de assistir os debates futebolísticos, de ler o caderno de esportes dos jornais. Bom, ao menos no passado assistir ou ler qualquer coisa relacionada ao futebol era algo construtivo e prazeroso. Hoje em dia, acompanhar o futebol jogado já e uma tarefa das mais difíceis, principalmente pela baixa qualidade dos jogadores, que além de judiar da bola se comportam feito estrelas do rock e se acham a salvação do futebol. Como se não bastasse, a imprensa esportiva virou um circo. Mas não aquele circo que faz rir, que diverte. Virou um circo dos horrores. Comentaristas sem a mínima graça tentando fazer palhaçada, comentarista que inventa boatos, comentaristas de arbitragem, o modelo dos programas, tudo isso virou a cereja do bolo amargo e indigesto que o futebol se tornou.

Os problemas são gritantes. E sabe o pior? Que o modelo engraçadinho de se falar sobre esporte está virando moda. Óbvio que existe público para isso. E esse público só aumenta. O que muitos comunicadores esquecem é que eles formam opinião. E estão ajudando a criar uma geração com opiniões vazias, e na maioria das vezes rasas, plastificadas e sem o mínimo de embasamento. Chega a ser triste saber que já tivemos Tostão falando sobre futebol na hora do almoço, e hoje vemos um show de piadas sem graça para preencher horário.

Dito isso, podemos falar sobre os comentaristas de arbitragem. Partindo do princípio de que muitos lances são interpretativos, é realmente necessária a opinião soberana de alguém? Quando então notamos que essa opinião foi emitida por um árbitro que durante sua carreira acumulou péssimas atuações, tudo fica pior. Apenas para finalizar, a ideia de transformar em alguém fundamental em uma transmissão uma pessoa que precisa analisar um vt para emitir uma opinião está longe de ser uma boa ideia. Afinal, qualquer ser humano que enxergue e saiba o mínimo das regras do futebol pode opinar.

Outro grande problema que assassina a cada dia mais nossa outrora interessante imprensa esportiva é o fato dos baluartes do microfone decidirem quem é craque e quem não é. Eu não sei qual é o critério que usam para blindar alguns e arrebentar com outros. Tampouco sei qual a razão que inventam um craque por dia, mesmo que esse craque jogue uma partida bem e passe o restante do campeonato sumido. Mas numa dessa conseguiram enfiar na cabeça de grande parte dos torcedores que dois caras com nome de ave são craques. Os maiores exemplos disso são dois jogadores com uma boa técnica. Nada além disso. Mas basta um passe ou um gol em meio a um jejum gigantesco e pronto. Temos o novo Maradona. Nasceu o novo Roberto Baggio. Menos pessoal, bem menos. Não precisamos de falsas promessas. Queremos apenas nos informar. O futuro pé nebuloso. Não existe possibilidade concreta de melhora.

Enquanto isso, continuamos a utilizar a opção de mudar de canal, acessar outro site, ou trocar de jornal. Por enquanto temos essa saída. Mas se as coisas não mudarem, poderemos não ter mais saída. Ou teremos: deixar de acompanhar a imprensa esportiva.

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