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Mão de Onça

MÃO DE ONÇA

por Wesley Machado, de Campos dos Goytacazes

O número 12 na camisa remete ao ano de fundação de um dos clubes mais tradicionais do Rio de Janeiro, o Goytacaz, de 1912 e que há mais de 20 anos não consegue voltar à elite do futebol carioca. Goytacaz que chegou a disputar a 1ª divisão do Nacional na década de 70. Para Moisés Lima, de 53 anos, o clube sempre estará no coração, pois o ex-goleiro profissional guarda boas lembranças de uma modesta participação com a camisa azul na história que marcou para sempre a sua vida. Afinal, quem nunca teve o sonho de ser um jogador de futebol, de ser saudado pela torcida, de virar figurinha? Mão de Onça, como era chamado, por causa das mãos grandes, começou no futebol profissional quando já tinha 21 anos.


Mão de Onça ainda marca presença nas peladas (Foto: Wesley Machado)

Depois de agarrar em times amadores de bairros da cidade de Campos dos Goytacazes, como o Atlântida e o Rui Barbosa; e no Municipal, este último que chegou a disputar o antigo Campeonato Campista de Profissionais, que fez muito sucesso na época; Mão de Onça foi tentar a sorte no Americano. Mas não gostou do tratamento dado no Alvinegro, o qual muitos consideram como um clube de elite. Sem chances no Americano, foi fazer um teste no Goytacaz, conhecido como o time do povo, e foi acolhido pelo técnico Amadeu Crespo, descobridor de jogadores como Jussiê, revelado pelo Goytacaz, com passagem pelo Cruzeiro e vendido para a França; e Elias, que atuou pelo Botafogo em 2013 e atualmente está no Figueirense.

Mão de Onça ficou no Goytacaz e logo subiu para os profissionais devido à idade estourada. Ficou na reserva do goleiro Claudio. Daí também o significado do 12. No banco durante todo o Campeonato Carioca de 1985, teve a oportunidade de jogar os dez minutos finais da partida contra o Serrano, outro clube que fez história quando Anapolina fez o gol da vitória contra o Flamengo e que ensaia uma volta na Série C do Carioca. Neste jogo que atrapalhou os planos do Flamengo no campeonato, quem fechou o gol foi Acácio, campista que depois seria contratado pelo Vasco e chegaria à seleção brasileira, tendo sido convocado para a Copa de 1990 na Itália.

Acácio se tornou o ídolo de Mão de Onça, que comparado ao goleiro reserva da seleção na Copa de 90, não foi tão expressivo assim. Mas cada qual tem sua história particular, que pode não ser tão importante para a história em geral, mas para a pessoa envolvida fica marcada na memória. Mão de Onça conta que: “reserva não aparece muito”. Realmente, Mão de Onça não aparecia. Apareceu agora. Depois do Goytacaz, jogou ainda pela Desportiva Ferroviária, do estado do Espírito Santo; e pelo Iguaçuense, que disputou a Terceirona do Rio no final da década de 80, início da década de 90. Disputou o Campeonato das Indústrias do Rio de Janeiro pela Perdigão, de Guadalupe; e voltou para Campos para ser campeão de bairros pelo Social. Atualmente disputa aos sábados pela manhã a PeLeiJa, a pelada dos funcionários da Câmara de Vereadores de Campos, na qual trabalha como guarda municipal, concursado em 1997 e cedido ao gabinete da presidência do legislativo municipal.


MÃO DE ONÇA

por Wesley Machado, de Campos dos Goytacazes

O número 12 na camisa remete ao ano de fundação de um dos clubes mais tradicionais do Rio de Janeiro, o Goytacaz, de 1912 e que há mais de 20 anos não consegue voltar à elite do futebol carioca. Goytacaz que chegou a disputar a 1ª divisão do Nacional na década de 70. Para Moisés Lima, de 53 anos, o clube sempre estará no coração, pois o ex-goleiro profissional guarda boas lembranças de uma modesta participação com a camisa azul na história que marcou para sempre a sua vida. Afinal, quem nunca teve o sonho de ser um jogador de futebol, de ser saudado pela torcida, de virar figurinha? Mão de Onça, como era chamado, por causa das mãos grandes, começou no futebol profissional quando já tinha 21 anos.


Mão de Onça ainda marca presença nas peladas (Foto: Wesley Machado)

Depois de agarrar em times amadores de bairros da cidade de Campos dos Goytacazes, como o Atlântida e o Rui Barbosa; e no Municipal, este último que chegou a disputar o antigo Campeonato Campista de Profissionais, que fez muito sucesso na época; Mão de Onça foi tentar a sorte no Americano. Mas não gostou do tratamento dado no Alvinegro, o qual muitos consideram como um clube de elite. Sem chances no Americano, foi fazer um teste no Goytacaz, conhecido como o time do povo, e foi acolhido pelo técnico Amadeu Crespo, descobridor de jogadores como Jussiê, revelado pelo Goytacaz, com passagem pelo Cruzeiro e vendido para a França; e Elias, que atuou pelo Botafogo em 2013 e atualmente está no Figueirense.

Mão de Onça ficou no Goytacaz e logo subiu para os profissionais devido à idade estourada. Ficou na reserva do goleiro Claudio. Daí também o significado do 12. No banco durante todo o Campeonato Carioca de 1985, teve a oportunidade de jogar os dez minutos finais da partida contra o Serrano, outro clube que fez história quando Anapolina fez o gol da vitória contra o Flamengo e que ensaia uma volta na Série C do Carioca. Neste jogo que atrapalhou os planos do Flamengo no campeonato, quem fechou o gol foi Acácio, campista que depois seria contratado pelo Vasco e chegaria à seleção brasileira, tendo sido convocado para a Copa de 1990 na Itália.

Acácio se tornou o ídolo de Mão de Onça, que comparado ao goleiro reserva da seleção na Copa de 90, não foi tão expressivo assim. Mas cada qual tem sua história particular, que pode não ser tão importante para a história em geral, mas para a pessoa envolvida fica marcada na memória. Mão de Onça conta que: “reserva não aparece muito”. Realmente, Mão de Onça não aparecia. Apareceu agora. Depois do Goytacaz, jogou ainda pela Desportiva Ferroviária, do estado do Espírito Santo; e pelo Iguaçuense, que disputou a Terceirona do Rio no final da década de 80, início da década de 90. Disputou o Campeonato das Indústrias do Rio de Janeiro pela Perdigão, de Guadalupe; e voltou para Campos para ser campeão de bairros pelo Social. Atualmente disputa aos sábados pela manhã a PeLeiJa, a pelada dos funcionários da Câmara de Vereadores de Campos, na qual trabalha como guarda municipal, concursado em 1997 e cedido ao gabinete da presidência do legislativo municipal.