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O CORPO, O ELEMENTO, CARREIRAS E DESTINOS

por Eliezer Cunha


Ainda muito jovem, nas minhas peladas rotineiras pelo bairro e nas minhas paixões futebolísticas, sempre assisti ocorrências envolvendo um elemento do Corpo Humano. Denomina-se joelho e toda a sua estrutura responsável em fazer a ligação entre Fêmur e tíbia, além de articular movimentos e amortecer quedas (definição particular).

Não sabia de fato a sua importância para a coordenação dos movimentos atléticos e, o que poderia a sua inoperância provocar para a carreira de um jogador de futebol. Afinal era muito jovem, e quando você é jovem nada te impede, nada te convence a não ser sua vontade. Carreiras futebolísticas foram afetadas por problemas neste elemento.

Falavam muito no joelho do mestre Garrincha, mas, de fato, somente assisti a um sofrimento mais próximo, com meu ídolo Zico e suas idas e vindas para o futebol, pós-cirurgias. Talvez, ou com certeza, perdeu a oportunidade de conquistar uma Copa. Além de ter perdido a oportunidade de ter chegado aos tão sonhados 1000 gols.


Segundo episódio, e segundo carma; Ronaldo, o fenômeno. Este até teve a felicidade de conquistar duas Copas, porém perdeu a oportunidade de concluir os 1000 tentos. Mas vamos aos fatos: o que levaram ambos a este estado? Foram origens diferenciadas? Sim. Zico uma entrada fatal de um “companheiro de trabalho”. Ao Fenômeno, restou só e somente só, o excesso de carga em que o elemento não suportou todo o ímpeto que ele queria propiciar a jogada e veio a se romper, se desligando do organismo corpo humano.

O que me provocou e estimulou relatar esses fatos? A antecipação e a interrupção de duas carreiras que deveriam ser tão mais promissoras, a falta de imponência em seguir uma carreira sem desvios, comprometendo o seu próprio histórico, do clube e de uma nação.


Ainda antes do colapso humano, temos registradas várias arrancadas e jogadas de ambos, partindo de seu campo para a conclusão, ou quase, da jogada em gol. Após os respectivos traumas, era nítida toda a dificuldade em concluir uma jogada, em que antes seria tão simples e lógica.

Como dizem os mais sábios, nem tudo nesta vida é perfeito.

QUEM NÃO QUERIA SER IGUAL AO SIMONAL?

por André Felipe de Lima


Charge: André Felipe de Lima

A seleção brasileira se preparava para ir à Copa do Mundo de 1970. O mês era fevereiro. No Brasil, sofríamos com a ditadura militar, e nos palcos, embora censurados como tudo no país, o destaque popular era o cantor Wilson Simonal ou, como diz o título da série de reportagens sobre ele assinada pelo grande Sérgio Noronha, “aquele cara que todo mundo queria ser”. Arrazoada verdade. Simonal era o showman na crista da onda do final da década de 1960, e entre os seus grandes amigos, um especialíssimo. Um rei. O Rei Pelé I e único. 

Simonal era tão parceiro de Pelé que gravou, em 1967, uma composição (Gosto tanto de você) assinada pelo Rei. A música integra o  LP “Alegria Alegria vol. 2”, lançado pela Odeon. Mas a relação entre os dois estava acima da música. O futebol os uniu no momento que se tornaria o mais importante da história do esporte bretão no Brasil: a Copa do Mundo de 1970, no México.

Simonal foi convidado pelos cartolas da antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos) para acompanhar a delegação na Copa. Evidentemente que o cantor topou na hora. “Simona”, como era carinhosamente chamado pelos amigos, adorava futebol. Cabia ao showman entreter a moçada na concentração. Lucro dele, que estaria perto de alguns dos melhores jogadores do planeta, mas lucro também dos próprios craques, que se deliciariam com o cara que todo mundo queria ser no país.


No documentário “Ninguém sabe o duro que dei”, de Calvito Leal, do “casseta” Cláudio Manoel e de Micael Langer, Pelé confessou o grande carinho que tinha por Simonal e a importância dele na delegação rumo ao “tri”. Os dois eram queijo com goiabada. Combinação perfeita. Cantaram, tocaram violão e alegraram os jogadores. No México, a amizade entre Simonal e Pelé estava devidamente consolidada. 

“Pô, eu chegava no aeroporto e todo mundo pedia autógrafo pra ele [Simonal]. Quer dizer, parecia que ele era um jogador de futebol. Aquela coisa que você sabe, né, de boleiro com cantor. Ele dizendo que era bom de bola, que gostava de bater bola. Eu tinha um [campo de futebol] society lá na minha casa, aí nós brincamos lá. Aí começou nossa amizade. Pô, é impressionante. Todo cantor quer ser jogador e todo jogador quer ser cantor”, declarou Pelé, em depoimento para o filme.


No mesmo filme, o jornalista Nelson Motta confirma a importância do cantor entre os craques de 70: “Simonal foi uma espécie de cantor oficial da delegação [do Brasil, na Copa de 70]. Ele fazia um imenso sucesso no México tanto quanto Pelé”.

Simonal foi mais que o cantor oficial da delegação. Foi a mascote, um querido amigo de todo mundo. O clima descontraído permitiu aos jogadores promoverem uma brincadeira com o cantor. Durante um treino, ele deveria jogar para um leve e descompromissado “teste”. Os craques deixavam o cantor se sentir “jogador”. Simonal passava a bola, conduzia a pelota… só dava o “craque” Simona na pelada dos cobras da seleção. 
No documentário, o humorista Chico Anísio recupera uma história surreal. Zagallo tinha dúvidas se levava para o México o ponta-direita Rogério, do Botafogo, ou o terceiro goleiro, no caso o Leão, do Palmeiras. Carlos Alberto Torres, o “Capita” de 70, emendou a sugestão, naturalmente na maior galhofa: “Zagallo, pra que levar o Rogério se o Simonal está aqui? O ‘Simona’ entende, joga uma bola redonda”. 


Zagallo embarcou na piada do Capita e perguntou ao Simonal: “Você joga, Simonal?”. O treinador do escrete ouviu na lata: “Bato uma bola…”. Um todo prosa Simonal mordeu a isca, e Zagallo o convidou para uma “preparação física pra valer” na manhã do dia seguinte. Tudo à vera, sem “brinca” nem delongas. “Se você estiver bem, eu te inscrevo”. Um confiante Simonal acreditou.

“Ele [Simonal] achava que estava bem, que era atleta e ele falou assim: ‘Pô, vou fazer uns dois toques’, porque a gente fazia brincadeira de dois toques, né? Aí, recreação… ele falou: ‘Vou fazer dois toques com vocês aí’. Aí eu falei: ‘Tá legal’, aí arrumamos pra ele fazer o dois toques. Botou o uniforme, botou a chuteira, tudo. Eu me lembro como se fosse hoje. Aí, ele foi fazer o dois toques. Quinze minutos de aquecimento, pô, ele se sentiu mal. Lá no México é alto, pô, deu um piripaque nele. Aí, ficou lá, teve que vir o doutor dar um oxigênio e tudo pra ele”, recordou Pelé, às gargalhadas, para o documentário do cantor.

Simonal desmaiou. Somente quando acordou é que percebeu que tudo não passava de uma gozação. Até ali, o cantor acreditava piamente ser ele o ponta-direita da seleção na Copa de 70.

Simonal, cujo apelido de “Pilantra” foi uma forma jocosa inspirada no agente 007 interpretado pelo ator Sean Connery, era um camarada tímido e até certo ponto ingênuo. Um dos maiores showman da MPB alegava ter medo de encarar a plateia. Só decidiu enfrentá-la devido à necessidade de ganhar dinheiro. 


Wilson Simonal contou ao Sérgio Noronha que o estilo malandreado surgiu após assistir a um filme do famoso agente britânico. Quando as luzes do cinema acenderam, ele imaginava a sala de projeção cheia de mulheres devido à fama de galã da personagem. Pelo contrário. Só havia homens. Aí, Simona refletiu: “Como é que é? E comecei a descobrir que o 007 faz aquele gênero que todo homem gostaria de fazer. Ele não é bonito. Pode ser um tipo machão, mas isso não é difícil de ser. Conquista todo mundo, bate a torto e a direito, é polícia mas transgride a lei e ainda leva esculacho. É um irreverente, um irresponsável. Foi lá na Rússia e atacou a embaixatriz, tem reunião ele chega atrasado, com aquela roupa. Os outros de terno azul marinho e camisa branca, e ele chega de azul claro e camisa cor de rosa. Uma pasta diferente, uma ar cínico. Todo mundo se projeta nele, e foi aí que eu senti que dava pé […] e você acaba sendo aquele cara que todo mundo queria ser”.

Simonal foi um mágico da MPB. Encantava até mesmo os mais resistentes ao seu estilo. Impagável vê-lo dando um show de simpatia ao lado da diva do jazz Sarah Vaughan, ambos cantando a célebre e maravilhosa The Shadow of Your Smile. “Por favor, não tumultuem. Repita comigo, Sarah: ‘Vou deixar cair'”. A cantora arrastou o português, repetiu a frase e a plateia cedeu em risos e efusivos aplausos. A diva, certamente, jamais esqueceu do dueto com Simonal, que tem o nome graças ao médico que cuidou de sua mãe, Maria Silvia de Castro, três meses antes do nascimento do futuro cantor: “O médico gostou de mim, só me chamava de ‘Gorda’, e disse que fazia questão que eu botasse o nome dele no meu primeiro filho. Tanto é assim que, quando meu marido veio me ver, depois do nascimento, tinha um papelzinho identificando a criança: Paulo Roberto Simoná, que era o nome do médico todinho. Meu marido não queria, mas ele tinha me tratado tão bem que eu pedi para deixar ao menos um nome dele na criança, e ele voltou com o registro: Wilson Simonal de Castro”.


No mais, a vida de Simonal tem como síntese a letra de “Sá Marina”, composta por Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, uma das mais lindas da MPB, imortalizada na voz do mais deliciosamente malandro da história do showbiz nacional: “Deixando versos na partida/ E só cantigas pra se cantar/ Naquela tarde de domingo/ Fez o povo inteiro chorar”.

O povo chora a falta do querido “pilantra”, mas sorri até hoje ao ouvi-lo cantar.

INTERVENÇÃO NA FEDERAÇÃO DE FUTEBOL

por José Roberto Padilha


A violência contra o futebol transcende as ruas, favelas, presídios e alcança estádios abandonados pelo interior. Com a falta de espaço para desenvolver sua arte, sem oportunidades para mostrar seu talento, milhares de adolescentes, matérias primas do nosso melhor produto de exportação, vagam hoje pelas ruas procurando uma escolinha de futebol. E não encontram. A eles, expostos à ociosidade e ao tráfico de drogas, e são milhares entre os 92 municípios, só resta fazer um teste em Xerém, onde a fila está na subida da serra. Ou comprar um bilhete de loteria e ser sorteado para ter dois minutos para mostrar sua bola na peneira do Ninho do Urubu. Quem sabe um bilhete influente para treinar meio tempo no Vasco? A sorte de conhecer alguém nas divisões de base do Botafogo.

O descaso da Federação de Futebol do Rio de Janeiro é tamanha com o interior do nosso estado, eterno berço dos grandes craques do nosso futebol, como Mané Garrincha, que há uma década dezenas de clubes, sem incentivo ou apoio, fecharam seus departamentos de futebol. Aqui em Três Rios, como em Barra Mansa, Araruama, Teresópolis, amantes e abnegados da bola foram até onde suas prefeituras aguentaram. Isto é, suportar anos de uma terceira divisão que ninguém sabe que existe para alcançar patrocinadores, taxas de arbitragem caríssimas para disputar uma segunda divisão que nenhuma rádio, ou jornal, noticia. Oito anos como secretário de esporte e lazer de Três Rios, e só vi membros da federação por aqui quando de suas reeleições, buscando votos, promovendo jantares. Depois….mal nos recebem. Só enviam taxas, suas e da CBF, e são pródigos a punir, suspender, cassar filiações. Jamais ajudar. Ou estender as mãos.


A violência também é contra o lazer e o entretenimento. Sem ter no cardápio do final de semana uma ida aos estádios, o futebol do interior vai perdendo espaço para o Rugby, para um palco que se arma e recebe a Anitta, monta um Parque de Diversões que estraga sua grama, Rodeios cuja boiada invade a grande área e estraga o gol. Futebol, ao vivo, não tem preço. Tem emoção, tradição e outros ingredientes que o Show do Intervalo jamais conseguirá captar por melhor que seja o seu pacote premiére.

Por isto, em nome dos meus netos, já que meus filhos não tiverem as oportunidades que tive de me tornar um atleta profissional, primeiro defendendo o meu América FC local, peço, como ex-atleta, treinador de futebol e jornalista que seja feita uma intervenção também na FERJ. Que ocupem sua sede, afastem seu presidente como afastaram o Pezão, o Crivella, e espalhem tropas pelos estádios de futebol do interior e lhes devolvem a vida. E a esperança.

Eduardo, Felipe e Gabriel, os meus netos, sonham em jogar no PSG. E no Real Madrid. Mas só poderão fazê-lo no Playstation. Na vida real, só se uma tropa federal lhes reabrir o curso primário, o Estádio Odair Gama, do Entrerriense FC, a preparação secundária, no Estádio Tiezão,do América FC, ambos fechados pelas saudades que temos de Octávio Pinto Guimarães, que era nosso Darcy Ribeiro. E do Dr. Eduardo Augusto Vianna da Silva, o Caixa D água, que era Leonel Brizola. Estes, sim, amavam o interior, acendiam refletores dos CIEPS da bola. Dignificavam o futebol como um todo, não apenas o da capital, e transformavam sonhos dos meninos fluminenses em realidade.

UM PERU EM NOSSAS VIDAS E O ROCK DO MAVERICK COR DE SANGUE

por Marcelo Mendez

Era mais um dia de Copa do Mundo.

Eu já estava me acostumando com o fato de sempre acontecer algo bacana nos dias de jogos do Brasil. Naquele dia não seria diferente e a novidade da vez era a vinda do Paulinho pra buscar eu e meu Pai pra gente ir ver o jogo lá no bairro Campestre, do outro lado da cidade de Santo André

– Mauro, por favor, fala pra aquele doido do seu amigo não correr com aquele carro!

– Calma, Mulher. Paulinho sabe o que faz. É gente boa…

– É um doido! E você é outro! Cuida do teu filho!


Depois dessa rápida prosa com minha mãe, meu pai veio até meu quarto me pegar. Paulinho já buzinava na frente de casa e então partimos. Do quintal, vi aquele carrão vermelho no nosso portão e Paulinho lá encostado no carro. Com uma calça boca de sino verde, uma camisa azul, umas correntes no pescoço e um bombom na mão, me convidou:

– E aí, Marcelo! borá la ver o jogo. Entra aí…

Levantou o banco para ir na parte de trás do seu Maverick vermelho. Íamos novamente para casa de um amigo, ver aquelas cores via aparelho de televisão, em mais um dos jogos do tal torneio o qual eu já começava me simpatizar…

A descoberta do rock and roll

Da janela do carro, via o mundo passar. Era outra cidade.

Santo André em 1978 não tinha muitos carros, muitos viadutos, trânsito stress, nada. Era uma cidade que relutava em ser urbana, que mantinha as coisas de cantinho do interior e andar por suas ruas pouco habitadas era muito legal.

Na parte da frente do carro, enquanto o Paulinho dirigia, meu Pai brigava com ele para abaixar o volume do toca fitas último tipo, que tinha no Maverick:

– Mauro, isso é Bachman Turner Overdrive. Não se ouve em volume baixo…

Hoje eu sei que ouvíamos “Down The Road” e que o BTO é uma bandaça. Mas aos 8 anos aquilo era tão somente uma barulheira deliciosa. Devo ao Paulinho os primeiros rocks da vida, portanto. Mas ele abaixou o volume e então ele e meu Velho passaram a falar do jogo que veríamos logo mais. Eu ouvi.

A partida seria contra um time que tinha nome de frango de Natal: Peru. Eu anotava mais um lugar do mundo que a Copa me apresentava, agora esse; Peru. Eles falavam de um time muito bom, que tinha uns jogadores de nomes estranhos, Oblitas, Chumpitaz, Manso e um outro, que segundo eles, era um craque de bola, Cubillas.

Concluí que seria um jogo complicado, que mais uma vez meu Pai ficaria nervoso, fumaria um cigarro atrás do outro, mas não foi o que houve. Pelo menos não por conta do jogo…

A queda…

A casa do Paulinho estava lotada. Ele trabalhava com meu Velho na mesma firma, gostava de rock, de cerveja, tinha cabelão comprido e falava muito de umas pessoas que já não estavam mais conosco, que por alguma razão meu Pai evitava falar comigo;

– Pai, cadê fulano?

– Ele foi viajar, já já volta!

Minha mãe, ao contrário do meu pai, dizia que essas pessoas estavam sumidas e eu não entendia o porquê… Seja como for, o jogo rolava.


Ao contrário do que meu pai e Paulinho falavam no carro, o tal Cubillas, pelo menos naquele jogo, não jogou nada. No Brasil, ao contrário da expectativa de ter Rivellino, de Zico sair jogando, de Reinaldo voltar como titular, quem arrebentou com o jogo foi um cara de nome Dirceu.

Um canhoto magrinho, cabeludo, esperto, que batia na bola como poucos. Foi Dirceu quem carregou o time do Brasil para o 3×0 final daquele jogo. Mas sentia que naquela casa cheia, algo não estava lá muito alegre. Piorou com a notícia que alguém na casa contou para todos:

– Fulano caiu!

Na minha cabeça de menino de 8 anos, pensei que as pessoas ficaram chateadas, talvez por conta de o tal fulano ter se machucado com a queda, eu mesmo, vivia caindo lá nas peladas da rua. Meu pai era um dos tristes, então eu decidi dar esse alento a ele:

– Pai, num fica assim; A gente cai mesmo, depois a mãe passa mercúrio e sara!

De olho marejado de água, meu pai me fez um afago no rosto e me abraçou. Eu retribuí e depois o Paulinho nos levou embora. Ao contrário da alegria da ida, na volta, não teve rock, não teve prosa, não teve nenhuma festa. O Brasil seguia vendo os seus caírem e nada era feito com relação a isso. No carro, Paulinho tenta quebrar o gelo:

– Esse Peru, hein? Que time estranho, Mauro.

– Pois é, não entendi a partida que eles fizeram.

O Peru seguiria em nossas vidas naquela Copa, de uma outra maneira mais estranha ainda. Mas isso é uma outra história…

OBRIGADO, DOUTOR!

por André Felipe de Lima


Assim, certa vez, contou Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira: “Sou introvertido. Por isso, quando garoto, punha apelido em todos os meus colegas. Era defesa para ninguém notar minha timidez”.

Obrigado, Doutor Sócrates, pela sua “timidez”. Obrigado, Doutor, pela sua história. Obrigado, Doutor, por ser nosso ídolo “Souza”, “Vieira”, “Oliveira”. Ídolo de todos os Silvas em cada canto de nosso Brasil, um país que você tão bem respeitava.

Obrigado, Doutor, por ser Brasileiro no nome, no sobrenome, no Sampaio, no raio e na alma.

Obrigado, Doutor, por ser eterno em nossos corações tão apaixonados pelo futebol-arte que desata o nó do angustiante dia a dia do Brasileiro torcedor.

“Se as pessoas não tiverem o poder de dizer as coisas, eu vou dizer por elas. Quando eu era jogador, minhas pernas amplificavam a minha voz.”

Falarás sempre, Doutor… e o escutaremos, sempre também.

Nosso Sócrates faria anos nesta segunda-feira, 19 de fevereiro. 
A merecida reverência a um monstro sagrado do futebol em todos os tempos.

Veja alguns vídeos sobre Sócrates: