Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Geral

O QUINTO METATARSO

por Zé Roberto Padilha


Por causa da celebração cívica marcada no calendário para Junho, o povo brasileiro irá novamente pintar espontaneamente suas ruas de verde a amarelo. Orgulhosos do seu país, vão fixar bandeirinhas no retrovisor do seu carro e desfilar seu patriotismo até quando durar o sonho de vencer outra Copa do Mundo. Aos seus novos heróis, que vivem distante da sua realidade, mal falam português e ganham salários irreais, preencherão um álbum da Panini com cada figurinha que entrará em campo e mudará a sua vida.

Já por causa da celebração cívica seguinte, em Outubro, cada brasileiro estará se lixando para as ruas. Desgostosos com seus políticos, vão fixar adesivos nos carros com os nomes que os marqueteiros, e o poder econômico, decidirem apoiar nas convenções partidárias.


Céticos e passivos, serão incapazes de preencher um álbum com as figurinhas dos que lhes traíram na reforma trabalhista. E que pela conquista de uma emenda parlamentar fundamental à sua reeleição, venderam anseios da sua comunidade em troca de deixar imune ao julgamento seu mandatário maior e ilegítimo.

Carlos de Souza, 68 anos, caiu da escada de sua casa em Quintino, subúrbio do Rio de Janeiro, na sexta feira passada. Segundo o jornal O Dia, o SAMU só apareceu três horas depois e, quando chegou ao Hospital Getúlio Vargas, foi constatada uma fratura no fêmur. Sem plano de saúde, teve a sua radiografia marcada para a primeira sexta-feira de Abril. Caso precise operar, vai poder assistir a Copa do Mundo em casa, pois na agenda do hospital só tem vaga para a cirurgia daqui a 120 dias. Seu médico? Foi atendido pelo residente e será operado por quem estiver de plantão. Quanto à fisioterapia para sua recuperação, vai depender de sorte. E muita reza.


Enquanto isto, Neymar Jr., a figurinha carimbada das celebrações de Junho, sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito há uma semana. Levou 30 segundos para ser atendido, duas horas para realizar uma ressonância magnética, e só operou uma semana depois por excesso de cuidados e médicos à sua disposição. E que não chegavam a um acordo: fratura ou fissura? Saiu de maca, foi operar de helicóptero, saiu da cirurgia amparado por um séquito de seguranças e embarcou em um jatinho particular onde iniciou, ali mesmo, suas sessões de fisioterapia.

Então, vamos que vamos outra vez naquela corrente Prá Frente Brasil, Salve a Seleção! E que se dane, para todo o sempre, a saúde, o trabalho, oportunidades iguais e a jamais alcançada educação.

LIBERTADORES 20 ANOS – A FESTA

entrevista: Alexandre Perdigão | texto: Matheus Rocha | vídeo: Herbert Cabral |                edição: Daniel Planel

A AGC – Associação Grandes Cruzeirenses fez mais uma grande festa para relembrar seus ídolos, em dezembro de 2017. Desta vez, os homenageados foram os bicampeões da Libertadores de 1997. Como não poderia ser diferente, o Museu da Pelada fez marcação cerrada e esteve por lá.

Foi uma festa no Espaço Meet / Porcão, em Belo Horizonte. Estiveram presentes grandes jogadores daquele time. O evento teve a lembrança de jogo-a-jogo com um documentário feito pela Memória Celeste, com causos e tudo mais.

O Cruzeiro expôs as duas taças Libertadores (1976 e 1997) e ainda a recém-conquistada Copa do Brasil 2017.

O ponto alto da festa foi uma surpresa que não era esperada nem pela AGC. No meio da festa, sem confirmar, apareceu Dida. Não por menos, foi ovacionado no meio da festa. Por volta dos 30 minutos do segundo tempo da final, fez duas defesas incríveis, ainda quando não havia gol no placar. Como disse o Galvão Bueno na transmissão daquele jogo, no momento da defesa: “Se o título vier, metade dele já tem dono, é do goleiro Dida!”. E todo cruzeirense sabe disso.

Daquele time que jogou a final, além do goleiro Dida, também marcaram presença os laterais Vitor e Nonato e o zagueiro Gélson, além dos meio-campistas Fabinho e Elivélton e o atacante Marcelo Ramos. Ainda do elenco, também receberam homenagens os meio-campistas Reginaldo, Léo, Tico e Donizete Amorim e o atacante Da Silva.

O Cruzeiro venceu a Libertadores de 1997 em 13 de agosto daquele ano e o Museu da Pelada lembrou com a data com essa crônica (https://www.museudapelada.com/resenha/um-canhoto-decidindo-de-direita).

 Confira o vídeo da festa!

UMA TARDE EM SESSENTA E POUCOS

por Ricardo Dias

Tenho um grande amigo, o Celso. Celso é faixa preta de caratê (mas diz que é branca, pois está com o joelho bichado, o que o faz um carateca inútil. Eu não gostaria de experimentar) e ex lateral direito do glorioso Pinheiros Futebol Clube, time de futebol amador do Rio. Mas antes de falar de futebol TENHO que contar uma história de caratê dele:

Sensei, o mestre japonês de 88 anos, um dos pais do esporte no Brasil, fez um retiro de fim de semana para caratecas graduados sobre defesa pessoal. Dois dias de muito treino e estudo. Tudo gente cascuda, o seminário rendeu. Último dia, Sensei reúne todos e pergunta:

– Dez homens querem te bater. O que você faz?

Resposta oral, cada um com sua solução. Sensei ouve todos; ao terminar, balança a cabeça e diz:

– Todos burros! Perdi meu tempo, ninguém aprendeu nada!

Ficam todos surpresos e desconcertados. Ele completa:

– Se dez homens querem te bater, VOCÊ CORRE!


Então, feita a pausa, o avô de Celso morava em Santos. Ele e seus irmãos foram passar férias e, fominhas de futebol, foram direto para a Vila Belmiro (um adendo: anos antes, em 62, meus pais estavam em Santos, justamente visitando a Vila Belmiro, quando dei o primeiro sinal de vida, minha mãe não sabia que estava grávida. Deve ter sido um chute, eu queria me juntar aos meus iguais em categoria). Outro adendo: foram levados pela mãe, dona Irene; uma mãe futebolística, também levou os meninos (dois deles, um estava ocupado) ao Maracanã para assistir ao gol 1000 do Pelé!

Chegaram, fizeram amizade com o porteiro, já graduado nessas visitas, e entraram, conheceram os jogadores, já fim de treino, pegaram autógrafos… Mas Pelé já tinha saído. Voltaram à portaria, e o funcionário disse que Pelé sairia pelo portão X ou Y, sei lá. Parece que a malandragem era dizer o portão errado para o rei poder sair em paz, mas como eles não conheciam nada, acabaram errando o caminho a acertando o portão: uma Mercedes azul com placa final 1000 (ou 0010, as memórias divergem) com alguém dentro, podia ser o chofer. O mais jovem chegou mais perto e gritou:

– PELÉ!!!!!


O cara da Mercedes podia simplesmente ir embora. Estava longe, nem tinham certeza se era ele. Mas ficou, desceu do carro e era o próprio, o rei em pessoa! Vinda não se sabe de onde, uma multidão se formou em volta de sua majestade, que atendeu a todos, totalmente consciente de quem era. Autógrafos, conversas rápidas, os meninos no céu. 

Indo embora, passaram pela portaria novamente, para se despedirem do simpático funcionário. Ele perguntou se estavam satisfeitos, disseram que sim, e muito, mas lamentavam não ter conseguido falar com Edu, que estava machucado. Edu era a nova sensação do Santos, o novo rei. O porteiro pediu um tempo, foi lá dentro, e voltou com um pedaço de papel.

– Toma, é o endereço dele. Vão lá que ele está esperando vocês.

Eles se entreolharam, não acreditando, mas foram, era ali perto, poucas quadras. 

Sobem no elevador (era um tempo sem porteiros), tocam a campainha, aparentemente Edu abre a porta.


– Edu!

Eu disse “aparentemente”. Era Gaspar, irmão gêmeo de Edu, que riu e abriu a porta para os meninos. No sofá, com uma bolsa de gelo, Jonas Eduardo Americo, um dos maiores jogadores da história, sorria para eles.

– E aí, pegaram o autógrafo do Pelé?

– Pegamos!

– Então pra que é que vocês querem o meu?????

E a história acaba aqui, com um sorriso congelado no tempo, como uma foto em preto e branco. Um tempo em que três meninos cariocas – um tricolor, um rubro-negro e um alvinegro – podiam reverenciar ídolos de outros clubes, e eram tratados como o que de fato eram, a verdadeira razão de ser do jogo. Um tempo longínquo, onde reis se comportavam como reis e faziam a alegria de seus súditos.

BANDIDOS COM CAMISA

por Idel Halfen

Quando algum jogo apresenta uma baixa presença de público as discussões sobre as causas giram em torno do preço dos ingressos, do calendário, do horário, da crise econômica, do mau momento do time, da concorrência de outras atividades, da transmissão pela TV, etc. Todas essas razões, sem dúvida, contribuem para o afastamento do público.

De forma proposital não adicionei a violência à relação de causas citadas, e não o fiz por entender ser essa uma variável que envolve muito mais do que ajustes mercadológicos, econômicos ou técnicos. Envolve uma forte política voltada à educação, elaboração de leis severas e um poder judiciário competente que puna com o máximo de rigor àqueles que covardemente se utilizam da violência para depredar patrimônios e saquear ambulantes que tentam subsistir vendendo produtos para os que ali estão para se divertir.

Os incidentes ocorridos no jogo final da Copa Sul-Americana de 2017 deixaram evidente o processo de degradação da sociedade e as índoles perversas dos marginais.

Isso mesmo, não passam de marginais, e para esses nem vou entrar no mérito de explicar que suas ações afastam público, patrocinadores e interesse da mídia. Idiotas que são não iriam entender, mas para os leitores vale desenvolver o assunto dentro dessas três linhas de receitas citadas acima.


Em relação à não ida ao estádio, a explicação é óbvia: ninguém quer estar numa zona de risco, porém há algo ainda pior, que é o fato de que ao se afastar as famílias se afasta as crianças, o que inibe a renovação da torcida e de fãs da modalidade.

Sobre patrocínio, a história nos mostra algumas situações de empresas que preferiram ficar fora do futebol após verem suas marcas serem expostas não apenas nos editorias esportivos, mas também nas páginas policiais com elementos sendo presos ou brigando de forma covarde. É importante lembrar que a decisão de um patrocínio, por mais evidências de retorno que possam existir, é discutida e questionada frequentemente pelos demais membros do board de uma corporação, sendo que qualquer incidente negativo fortalece a ala que é contra a iniciativa.

Quanto às receitas advindas da mídia é importante entender que essas se formam através do que as emissoras arrecadam com as vendas dos patrocínios das transmissões aos anunciantes, os quais, além de audiência querem ver suas marcas associadas a algo bom. 

Pode até ser que a audiência não sofra muito impacto em um primeiro momento, ainda que a concorrência com outras formas de entretenimento esteja crescendo, porém, com o processo de formação de novos torcedores sendo prejudicado, conforme escrito anteriormente, é de se esperar que no futuro a queda na audiência ocorra. Além disso, a possibilidade de despertar o interesse e transmitir os jogos para o mercado externo, o que aumentaria a audiência, também se torna improvável.


Tal quadro pode levar naturalmente a um menor interesse dos anunciantes por esse tipo de entretenimento, o que afetaria sobremaneira os clubes de futebol.

Diante dessas reflexões, creio que o título do artigo se enquadre perfeitamente aos marginais que causam o mal ao esporte.

O GÊNIO MUSICAL

por Serginho 5Bocas


Duvido alguém me apontar um jogador de futebol ou se preferir um esportista no planeta terra, que tenha sido homenageado com tantas músicas quanto Zico, o “Galinho de Quintino”.

Além de craque com a bola nos pés, ele possuía um enorme talento e uma luz que arrastava multidões aos estádios e inspirava cantores e compositores a criarem músicas que homenageavam a fera.

Zico ainda jovem conheceu Jouber, ex-zagueiro do clube e treinador da base. Ele foi o cara que revelou Zico para o futebol e o maior incentivador do galinho a treinar cobranças de faltas, que acabou se tornando a especialidade da casa.

♫♫ é falta na entrada da área, advinha quem vai bater, ê, ê, ê….é o camisa 10 da Gávea, é o camisa 10 da Gávea….♫♫

Jorge Ben Jor deu a primeira cartada. Ele que já havia composto o hino “Fio Maravilha”, não deixou passar em branco o sucesso do galinho e fez um “Hit” que entrou para a história, uma linda homenagem para o craque que estreou tarde na seleção brasileira. Em 1976, há poucos dias de completar 23 anos, em jogo da seleção contra o Uruguai em Montevidéu, Zico fez o gol da vitória de 2×1 no Estádio Centenário, de falta, é claro, a especialidade da casa.

Alguns anos depois, veio o tricampeonato carioca de 1979, com o último título invicto, e João Nogueira não teve dúvidas em regravar o grande sucesso de Wilson Batista, “samba rubro-negro”, com uma pequena mudança na escalação. Saem Rubens, Dequinha e Pavão e entram os craques do tri daquele ano:

♫♫O mais querido, tem Zico, Adílio e Adão, eu já rezei pra São Jorge, pro Mengo ser tricampeão….♫♫

Época prospera na Gávea, tempos de recorde de invencibilidade de jogos no Brasil, 52 partidas, que desde 1979, divide até hoje com o Botafogo. Época do assédio incansável dos times europeus para levar o Galinho sem sucesso. Deu no JS (Jornal dos Sports) que Zico assinara um contrato de CR$ 100.000.000,00, um absurdo para a época. Tudo por conta de uma engenharia financeira, um “pool” de empresas, coisa moderna para aqueles dias. Coca-Cola, Caixa Econômica Federal, entre outros se uniram para manter o patrimônio nacional jogando nos gramados brasileiros, uma coisa impensável e impossível para os dias de hoje.

Como nem tudo foram flores na vida do Galinho: corte da seleção pré-olímpica, demora em se tornar titular do Flamengo, morte do amigo Geraldo, derrota na final do Carioca de 1977, banco na Copa de 1978, até mesmo a sua excelente relação com a torcida do Mengão, deu uma forte estremecida, quando no dia seguinte a final do tri Brasileiro de 1983, frente ao Santos em pleno Maracanã, foi anunciado que Zico estava vendido para o pequeno Udinese da Itália. Aquilo desceu “quadrado”, mas Moraes Moreira fez uma música que resumiu precisamente aquele momento indigesto, prevendo o vazio que nós rubro-negros vivenciaríamos a partir dali:

♫♫E agora como é que eu fico, nas tardes de domingo, sem Zico no Maracanã….♫♫

Lembro bem que a partir daquele marco, passei a torcer pelo Udinese sem o menor pudor. Lia tudo que podia sobre o campeonato italiano e me deliciava com os jogos ao vivo do “Cálcio” que passava pela Rede Bandeirantes do visionário Luciano do Valle. Para se ter uma ideia do que foi Zico na Itália, os torcedores da Udinese diziam que Zico era um motor de Ferrari num fusquinha, tamanha musculatura que ele dera ao pequeno time naquela temporada. Hoje posso confessar que a vida não ficou nada fácil naquele “hiato” proporcionado pela ausência de Zico no Flamengo.

Depois da volta do Galo, da volta dos títulos e da despedida do Galinho em Udine pela seleção e do Flamengo no Maracanã, veio centenário do Flamengo em 1995 e a Escola de Samba Estácio de Sá, homenageou o clube da Gávea e por tabela o Galinho Quintino:

♫♫Será que você lembra, como eu lembro o mundial, que o Zico foi buscar….♫♫

O tempo passou e seu nome ficou gravado nos corações e imortalizado na retina dos torcedores rubro-negros e de tantas outras torcidas que sempre o admiraram, independente das cores dos seus clubes. Zico fez 60 anos e aí choveram homenagens. Arlindo Cruz, o sambista carioca e compositor genial, escreveu algumas linhas magistrais sobre o Rei do Maracanã:

♫♫Vi o gênio jogar, e ao balançar as redes, correr pra geral, ai o Zico….♫♫

Um misto de humildade e de reverência a sua própria torcida. Zico fez história porque não corria para provocar o adversário no lado contrário, fazia exatamente o oposto, corria para comemorar junto a sua torcida, demonstrando respeito e uma postura singular.

♫♫Zico é o rei dos humildes, glória do manto sagrado, Deus do povo rubro-negro, luz que brilhou nos gramados….♫♫

A escola de samba carioca, Imperatriz Leopoldinense também reverenciou Zico, comparando-o ao mítico Rei Artur da távola redonda medieval, com seus cavalheiros Adílio, Tita, Raul, Junior, Leandro, já que na companhia desses fiéis escudeiros iniciava as grandes conquistas aos domingos, no grande templo do Maracanã:

♫♫Com seus cavalheiros. Artur se tornava, o rei do templo sagrado….♫♫

♫♫Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe , ô, o show começou. Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, ô, Um canto de amor

Imperatriz, ô, me faz reviver, Zico faz mais um pra gente ver….♫♫

Alexandre Pires, o mineirinho, ex vocalista do grupo “Só Pra Contrariar”, também fez uma emocionante homenagem, cantando sua relação com o ídolo rubro-negro para o seu filho, que carrega o mesmo nome do gênio:

♫♫Fazia mágica com os seus pés, num tempo em que os jogadores por seus clubes eram fieis…

…A galera explode de emoção Garotinho narra mais um gol, Partiu Galinho de Quintino, atirou , entrou….♫♫

Nesta música, ele conta a relação de fidelidade que havia naquela época entre os ídolos e suas equipes e a emoção de escutar no rádio, um gol do ídolo, narrado pelo trepidante José Carlos Araújo, o garotinho. Alexandre fez Zico disfarçar o choro quando ouviu a música, mas quem viu o vídeo não conseguiu.

Por último, a homenagem séria do humorista Marcelo Marrom, no programa “Altas Horas”, que deixou Zico sem palavras, ao descrever o gênio, que por mais incrível que pareça, mantém a humildade dos sábios, mesmo diante de toda a fama e popularidade:

♫♫Para nós galinho de Quintino, para os japoneses, deus menino. No campo uma lenda e fora dele, um cara normal….♫♫

Não sei se existem mais músicas para homenageá-lo ou tentar descreve-lo, mas sei que para mim, ele nunca precisou de homenagens, Zico foi um divisor de águas rubro-negras em minha vida:

“Nunca fui tão feliz antes, nem depois de Zico jogar”

Parabéns ao Messias Rubro-negro!

E quanto a vocês? Conhecem algum craque que tenha sido tão musical quanto o Galinho? Conta pra nós!