por Luis Filipe Chateaubriand

É tema bastante polêmico a qualidade da participação de Zico na Copa do Mundo de 1982, na Espanha.
Para muitos, atuações brilhantes, dignas do craque que era.
Para uns poucos, o “Galinho de Quintino” teria ficado devendo, jogado aquém de sua fama.
A verdade é que Zico fez uma grande Copa.
Mas uma grande Copa, mesmo!
Contra a Escócia, fez um gol de falta magistral.
Contra a Nova Zelândia, um belíssimo gol de meia bicicleta.
Contra a Argentina, um gol de puro oportunismo.
Ainda contra a Argentina, um lançamento esplêndido para gol de Júnior.
Contra a Itália, um passe genial para gol de Sócrates.
Houve um fato, contudo, que atrapalhou a performance do craque, exatamente no momento decisivo!
No jogo contra a Argentina, Zico tomou uma pancada criminosa de Daniel Passarella.
E, com isso, foi para o jogo decisivo, contra a Itália, “baleado”.
No primeiro tempo contra a “Azurra”, não sentiu a contusão, e jogou muito – até ter a camisa puxada, e rasgada, por Gentile, teve.
Mas, no segundo tempo, era visível que as dores se fizeram presentes.
E, machucado, no segundo tempo Zico não pode apresentar o grande futebol que ostentava na Copa até então – o que pode ter sido um dos motivos de nossa eliminação.
Então, aos “sabichões” que insistem em dizer que Zico não fez uma boa Copa, afirma-se que não é verdade.
O cara não tinha como render, no segundo tempo contra a Itália, se foi alvo de um brucutu argentino, no jogo anterior.
E estamos conversados!
Corretíssimo artigo sobre o magistral galinho de Quintino,o brasileiro tem que perder essa mania de escolher um Cristo para explicar as nossas derrotas,esquecendo que o futebol tem 3 possíveis resultados e o adversário não está lá pra bater Palmas.
Zico jogou muito, assisti a um video só com os lances dele contra a Italia, Gentile tinha que ser expulso, seria se fosse hoje. 15 gols do Brasil, 4 do Zico e 4 assistencias espetaculares, 8 participações nos gols!