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MEU MUNDO NÃO EXISTE MAIS

8 / março / 2022

:::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::


Não há dúvida, sou um dinossauro, meu mundo não existe mais. Corrupção, ganância, dinheiro, pandemia, guerra, descontrole total. Preciso de paz, amor e justiça para sobreviver. “PC, viu que o VAR beneficiou o Flamengo novamente?”. Tô fora! A tecnologia é necessária, mas afasta. As tevês, lá atrás, ajudaram a esvaziar os estádios e, hoje, é isso que está aí.

Sou um dinossauro, um sobrevivente. E por coincidência, entre os milhares de zaps que recebo me encantei com o vídeo de um dinossauro, justamente um “parceiro” meu, que invade o Congresso para discursar sobre as atrocidades desse mundo atual e lembrar como sua espécie foi extinta. Mas não aprendemos e continuamos nos matando.

Sigo em busca do amor e da pureza. Tenho buscado abrigo, sossego, e volta e meia descubro microcosmos de felicidade habitados por velhos companheiros, heróis da resistência, que já fizeram a alegria do povo, lotaram estádios e fizeram pulsar os corações de milhares de pessoas. Me emocionei no Verzul, em Moneró, na Ilha do Governador, aniversário do excelente zagueiro Gaúcho, dos bons tempos do Vasco. A felicidade estava ali, naquela resenha, com peixe, pirão e pé de galinha.

O Verzul foi fundado por Brito e Nilton Santos, vejam só que coisa linda! É um espaço simples, com um campinho de terra batida. Falei com Brito pelo celular e me emocionei quando vi chegar meu compadre, o lateral Marco Antonio, campeão de 70. O compositor Canário, cantava, Baiano, da Portuguesa, batucava, e eu me sentia abrigado em minha caverna intransponível, cercado de dinossauros e tiranossauros rex, e com a certeza que a simplicidade é a salvação do mundo.

Pérola da semana: “O time joga com as linhas altas, torcendo por uma segunda bola viva, para implementar um futebol consistente, resgatar a intensidade e encontrar a identidade do jogo”.

TAGS: Geral | PC Caju

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