por Zé Roberto Padilha
Ele nunca realizou grandes jogadas. Não é um exímio driblador, muito menos um excelente pivô. Assistências? Raríssimas. German Cano sempre superou toda essa carência de fundamentos colocando, em sua maneira instantânea e competente de decidir, a bola no fundo das redes adversárias.
Calava, com os gols, os comentários que se avolumam perante sua costumeira falta de participação coletiva.
Porém, quando a bola não chega porque o Arias está na Copa América e o Ganso não tem mais pernas para alcançar a grande área, Cano é menos um. Fica parecendo que o Fluminense teve um jogador expulso.
Com sua garra e determinação, volta para ajudar a defesa sem saber defender. Recua para armar o jogo sem saber armar as jogadas. Nesse momento difícil, que todos os jogadores passam, o de viver uma fase ruim, melhor deixá-lo no banco de reservas.
Tanto quanto um treinador, o Fluminense precisa urgente de um centroavante.
Principalmente quando esse sinal, sua marca registrada com os dois dedos, deixa de se tornar uma homenagem para parecer indicar o número da divisão que caminhamos para disputar.
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